quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Em defesa da verdadeira liberdade

Meus leitores têm a oportunidade agora de assistir um curta interessante. Dialoga escancaradamente com o filme mais importante que já assisti, "Ilha das Flores", do genial Jorge Furtado. O que o amigo assistirá foi chupado do Cloaca e trata de um assunto já tratado neste blog, exatamente aqui e aqui. Quem tiver um tempinho livre, sugiro que assista o Ilha das Flores primeiro, depois o que está abaixo e, finalmente, clique nos dois links acima. É interessante pra se entender um pouco do funcionamento da mídia...
No mais, um bom final de ano, se a gente não se ver...

Micropoema retirado de um cartaz grudado em um poste

Onde foram parar nossos animaizinhos do presépio?
- Estão come-morando um mundo de canibalismo?
- Não! No natal eles beberam, dançaram e se atiraram na Lagoa de brasas de um certo Capitão Rodrigo e Freitas de alimento pra cristão. Morreram de gula.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Reportaji do oji e as intenções (inclusive as minhas)

Este otário é um eterno desconfiado. Está sempre pensando que há alguma intenção por trás das coisas. Ainda bem que se trata apenas de intenção. Por exemplo: sempre que vejo uma mulher bonita de minissaia, penso que está interessada em mim e que usa a roupinha pra me chamar a atenção. Bastará eu pedir o telefone pra ela dar. Mas eu não costumo pedir telefone porque daí a minha fatura vai às alturas e a minha mulher é indigesta, pode descobrir e isso me daria uma azia daquelas. Viram? Sou desconfiado dos desejos da usuária da roupa mínima e das consequências de eu levar a diante o assunto.
Por conta dessa disconfiança é que costumo acreditar em conspirações. Pra mim, tudo é conspiração. Tudo que acontece é consequência de um plano bem arquitetado pra me fazer acreditar que tudo é bem arquitetado pra me fazer acreditar... vamos a um exemplo concreto.
Não sou muito de assistir noticiário em tv, muito menos ouvir no rádio. Não tenho estômago. Mas de vez em quando (e muito de vez em quando) acabo assistindo ou ouvindo. Numa dessas, percebi o óbvio: existe um plano pra fazer com que eu acredite que existe um plano (e assim sucessivamente) que eu acredite que estejam forçando o indivíduo (no geral, não apenas eu, acho eu) a ficar recluso no recanto do lar. Imagino isso como única explicação lógica pro fato de se mostrar tanta notícia de violência contra as pessoas. Pra ter uma ideia, hoje o jornáu oje apresentou uma reportaji assustadora: "Em SP, uma pessoa é assaltada a cada 6 minutos", seguido de "uma mulher foi assaltada por um 'malabarista' num semáforo em SP". Ainda explicavam que "no final do ano, com o 13°, os assaltos saltam nas estatísticas" (troca-troca-dilho meu. Acho que os editores da emissora Marinho não conseguiriam criar algo assim, tão idiota). Qual o efeito disso? Nessa dúvida fico eu, viajando na maionese e pensando as minhas azneiras.E respondo: as pessoas passam a não querer carregar mais dinheiro na rua por medo de serem assaltadas. Isso beneficia a quem? A quem? A quem? (desculpem, mas o disco o disco o disco parece ter arran arran arranhado). Essa eu deixo pros leitores. Mas, muito antes de carregar o dinheiro na rua, as pessoas já temem sair à rua. A quem interessa isso? isso? isso? Duas respostas por meio de questionamento: o que as pessoas fazem quando estão em casa? De que forma as pessoas farão algumas coisas quando estiverem no aconchego do xilindró doméstico, como compras? Agora ficou fácil o leitor ver os meus devaneios. Existem outras viagens minhas, mas não vou encher os leitores com isso. Deixa pra depois. Até porque, do jeito repe-ti-ti-ti-ti-tivo que estou escrevendo, o post irá se alongar. Acho que com isso eu deixo os leitores desconfiados e achando que eu é que tenho uma intenção por trás dessa conversa toda, o que não é verdade!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Uma historinha lindinha

Abaixo, uma historinha engraçadinha. Basta clicar e vêr. Eu ri muito e acredito que os meus leitores também rirão.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Mil e duas

Dizem por aí que Sherazade, quando sentia coceira na garganta, amarrava um pedacinho de bombril numa linha de nylon, engolia e puxava de volta.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Elocubrações¹ e ilações conjecturais da efeméride *

Pelo sim, pelo não, é preferível imaginar que estão sempre gravando a nossa conversa. Assim, nos respeitamos mais, falaremos com mais propriedade e evitamos surpresas.


¹ Loucas elucubrações/ Elo-elucubrações (quando a gente precisa explicar é porque não está bom. Na próxima, passarei a usar elucrubação ou elo-cu-bração)
* Tradução: pensamento do dia.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Mez da grippe e outras histórias mentidas

Na falta de assunto mais interessante, tenho dado uma olhada nos relatórios do contador de visitas deste blog. Reparei hoje que tem um número interessante de leitores que chegam aqui por mecanismos de pesquisa. O velho Guglão (colega da Constância no google) tem sido um excelente portal pra chegarem até o outro-otario.blogspot.com. Isso significa que o dinheiro que paguei a eles está dando resultados. Se pensarmos que investi vários galhos de arruda plantados nos pés de várias cruzius, vemos que isso dá resultado. E quem tem Arruda e Cruzius sempre se dá bem.
Mas o motivo deste post não é ficar falando de sorte. É que reparei que um grande número de leitures (mais ou menos três), chegam mensalmente a este blog pesquisando sobre "O mez da grippe", do Valêncio Xavier. O pior é que geralmente chegam procurando ajuda pra escrever algo sobre o livro e chegam a um comentário que nada tem de importância. Por conta disso, resolvi escrever este texto, mesmo que vagabundo e sem significância, significado ou significação pra concentrar todas as postagens em que citei o livro, direta ou indiretamente. Assim, quem chegar até aqui, ou desistirá de ler este blog ou o bloqueará de vez. Pra conhecer bem as postagens sobre a obra de Valêncio Xavier, pode clicar aqui e aqui.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Elocubrações e ilações conjecturais da efeméride *

Muito sugestivo o dingol (tem certeza que não é assim que se escreve?) de campanha da RBS TV: "pra fazer a tv que você vê, a gente faz muita coisa que você não vê".


* Tradução: pensamento do dia.
** Post corrigido.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Que coisa, não!?

Morro de velho e não vejo tudo. Por isso, quero ser enterrado com a cabeça de fora pra continuar vendo as coisas e não acreditando. Acabo de ver no CloacaNews (sim, sempre no Cloaca!) que tem empresário doando dinheiro ao tribunal de justiça do estado que maltrata o ecossistema e diz que "o clima castiga o estado...". O irônico não foi ler isso no CN e sim ver que isso foi noticiado no maior panfletário do grupo RBS.
O Cloaca comentou que irá pesquisar os processos judiciais contra o grupo empresarial envolvido, mas eu ainda fico pensando que tem mais coisas por trás disso, tipo a possibilidade de aliviar o lado dos políticos que recebem doações da famigerada empresa. Mais um trabalho pro Palhaço da Justiça.
Meu leitor poderá clicar e ver com seus próprios olhos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A menas a meni dades

Antes de nada, peço desculpas aos meus leitores. Tenho me ausentado diariamente. Não tem passado um dia em que eu não deixe de postar novidades. Mas isso pode trazer algo de positivo. Pode ser bom pra que eu busque novas ideias recicle meu modo de pensar e escrever. Pena que não é o que acontece. Sou sempre o mesmo. Este blog também.
A boa notícia é que este espaço já ultrapassa a histórica marca dos cinco acessos diários. Cheguei a ter picos de dez, mas, creio que com minha recente ausência, tive uma queda. Mas o importante é que não fui abandonado pela Constância. Pra quem não sabe, Constância é uma mulher que não conheço pessoalmente, mas que manipula os mecanismos de busca do google e isso faz com que qualquer pesquisa que se faça no site, um dos primeiros resultados a aparecer é este blog.
Continuando o pedido de desculpas, tenho estado afastado por falta de tempo. São muitas atividades acumuladas e acabo tendo que escolher entre trabalhar na escola, trabalhar em casa ou escrever minha monografia. Isso deixa quase nada de espaço no meu tempo pra me comunicar com os amigos.
Como as notícias já estão passadas e emboloradas, não vou tocar muito. Só deixo aqui minha admiração com a capacidade dos assembléicos da Praça da Matriz, aquela cheia de tuneis misteriosos, em comer pizza. Acho que seria trabalho pro Palhaço da Justiça. A Mulher Tocha conseguiu se safar. Agora é o Homem Arruda quem parece estar conseguindo preservar os galhos. Aliás, já é questão ecológica: os parlamentares do Detrito Fedoral (ah, um trocadilho óbvio também precisa ser feito!) estão lutando pela preservação da Arruda. Faz sentido: os odoríferos precisam lutar juntos. Além do mais, como vão abortar as crias da sacanagem do Pranarto sem o devido chá de Arruda? Mas isso, pra mim, já está passado. E já está condenado até quem fez a denúncia, é claro. A mídia faz dessas coisas: deputado flagrado recebendo propina denuncia mensalão e vira herói. Herói não. Erói. Nada mais justo se, quando for conveniente e se tratar de denúncia contra algum queridinho, o denunciante seja desmoralizado. Mesmo que tenha sido por iniciativa própria. Deixa isso pra lá. Já está tudo feito.
Nada disso importa, na realidade. Quero falar de coisas pessoais e intransferíveis.
Retomo o papo sobre meus leitores. Já notaram que de cinco em cinco já estou chegando aos mil? E ainda têm aqueles que recebem por e-mail e não acessam o blog.
Não sou jogador de futebol polêmico, daqueles que não pagam pensão alimentícia, nem que tenta se eleger, mas estou chegando aos mil. A diferença é que eu faço com as mãos. Daqui a pouco vou exigir um joguinho festivo.

* post corrigido

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Negro é negro, mesmo!

Hoje é dia consagrado à consciência negra. Para homenagear os irmãos de rica melanina, resolvi retomar certas bobagens que andam falando por aí (e fugir das discussões babacas tipo "quando é o dia do branco?").
Olfato, digo, o fato é que ouvi, por duas vezes, em escolas diferentes, diga-se de passagem, que a legislação proíbe de se chamar um negro de negro. Muito menos os derivados populares: nego, neguinho, negão, negrão e por aí vai (segundo o pensamento tosco de uma verdadeira massa de manobra dos gigolôs da Embrafilme da vida, por aí não pode ir...). Chegou o cúmulo de uma pessoa dizer: tu vê, só. Agora chamar um negro de negro dá cadeia! Fiquei procurando mentalmente se lembrava de ter lido algo sobre isso. Não encontrei. Pesquisei no bom e velho google. Bingo! Encontrei algumas citações à legislação. Nenhuma delas deixa claro de que "não se pode caracterizar fisicamente alguém pela cor da pele" (resumo da intenção das colegas e-duca-doras ao afirmar tamanha imbecilidade). A legislação apenas indica que não se pode utilizar elementos étnicos, como cor da pele, pra criar algum tipo de discriminação ou desvalorizar alguém. Ou seja, dizer que um negro é um negro não é ilegal, imoral, muito menos engorda. Por outro lado, se alguém usar o fato do sujeito ser negro como fator de menosprezo ou discriminação, aí, sim, estará sendo preconceituoso e merecerá punição, no que eu concordo plenamente.
Depois disso, fiquei pensando o objetivo de gente com tamanha mediocridade em repetir tanta besteira. Só achei um: perpetuar o preconceito. Tentativa de incitação à revolta contra quem sofreu um verdadeiro holocausto durante os períodos colonial e imperial.
De tanto puxar pela memória, lembrei de um amigo que veio de Angola estudar aqui. Era africano dos pés à cabeça, com direito a cabelo pixaim. Um colega se aproximou dele e o chamou de moreno. Em resposta, meu amigo disse: "Moreno é a puta que te pariu. Eu sou africano! Sou negão!"
E, só pra lembrar, um dia já citei alguém que não conheço (aliás, não sei nem quem é o autor da frase) que disse que Hitler só é considerado o maior monstro da história por ter feito a brancos o que sempre foi permitido apenas fazer contra negros e índios. Pelo jeito, tem muita gente que poderia sentar ao lado do ditador nazista...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ex-porádica

Outro dia, dei uma olhada nuns vídeos sobre stand up comedy, no youtube. Tudo a mesma coisa de sempre. Piadinhas de sempre, com raras excessões. Mas me chamou a atenção uma expressão que é usada pela maioria esmagadora dos tais comediantes: "eu não entendo...". Sempre tem uma piadinha tipo: "uma coisa que não entendo é o motivo de a gente perder tempo tomando cerveja. A gente mal termina de tomar e já tem que correr ao banheiro. Seria melhor despejar a bebida direto no sanitário...". São coisas nesse nível (sem graça e forçado). Mas resolvi homenagear esses "novos" humoristas com uma piadinha tão sem graça quanto as deles e com o mesmo jargão. Segue:
Uma coisa que não entendo é a crasse média brasileira. Não falo em classe média, aquela que está no meio da pirâmide e que vive do trabalho. Falo da crasse mesmo. Aquela que é composta por pessoas que, por ganharem um pouco mais, se julgam no direito de superioridade. Pensam que são eu. São aquelas pessoas que julgam que, por saberem conjugar o verbo ter na terceira pessoa do plural sem usar o "a gente" ou o "nóis", são cultos e escrevem tudo corretamente. Aquelas pessonhas que são capazes de estacionar em fila dupra e, quando abordados por um agente de trânsito, dizem: "pode multar que eu tenho dinheiro pra pagar a multa!". Também são capazes de deixar uma mangueira escorrendo água rua a fora e, ao vizinho comentar que a terra ficará seca num futuro próximo, fala a mesma coisa sobre ter dinheiro pra pagar. São aqueles que julgam que sustentam o país. Geralmente são aqueles que mamam nas tetas da república, de um jeito ou de outro.
O que não entendo nessa gente, não são as características que falei. Não entendo é a maneira como ficam fazendo piadinhas sobre o bolsa família. Não sou muito simpático à ideia de dar dinheiro às pessoas, assim, do nada. Mas tenho tutano o suficiente pra tentar saber como a coisa realmente funciona pra depois sair macaqueando o imbecil do Anal do Jabor, aquele que enriqueceu recebendo dinheiro da ditadura pra fazer filme boboca. Pra tentar entender, vou contar um causo.
Voltava, eu, de uma viagem longa, a uma cidade distante uns 700 Km da minha casa. Vinha de uma série de reuniões sobre saúde (antes de resolver enlouquecer de vez) e um cidadão que acompanhava sua esposa, minha colega de trabalho (infelizmente), resolveu contar uma experiência que teve numa certa viagem a uma determinada cidade do interior de Mato Grosso, se não me engano. Contou que estava com vontade de ir para a tal da cidade porque lá todos viviam de uma fabulosa grana que recebiam do tal de bolsa família. Segundo ele, todos recebiam mais de 2 mil reais mensais com o benefício. Isso me impressionou. Conheço uma família que há pouco tempo recebia R$ 90,00 por ter dois filhos na escola. Fico imaginando a quantidade de filhos que precisa ter pra se ganhar dois mil real, ou reais como diriam os medianos. Meu pau diria dois pai. Perdão pela troca, meu pai é quem diria dois pau. Acho mais legal falar como meu pai. Tipo, falar que na era Vargas era Getúlio... isso deixa pra outra hora. O importante é eu ficar sem entender como alguém pode acreditar numa bobagem de que "sustenta, com seus suados impostos, uma cambada de vagabundos que ganham fábulas da tal bolsa". Realmente, não entendo.

Depois de pensar sobre isso, comecei a entender os motivos da expulsão da universitária pobre. Aliás, antes de expulsá-la, deram um jeito de apedrejar e dizer que "o tecido da saia dela subia, não é como o meu que é feito com os fios extraídos do bixo da seda...". Não se pode permitir que uma pobre frequente um espaço destinado aos ricos. É isso que entendi sobre o pensamento da crasse média.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

De volta à cena

Pois é bom a gente se afastar um pouco das atividades bloguísticas. Assim, dá tempo pra se procurar novos ares, novos pensamentos e renovar o vocabulário. Mas isso não aconteceu com este otário. Realmente eu não sou muito adepto às mudanças. Principalmente de pensamento. Não é que eu não goste das inovações, mas é porque eu não sei lidar com elas. Por exemplo: não sei lidar com a presença da mYeda no palhaço, digo, palaço do Pira-pira. Não consigo me acostumar com a ideia de olhar pro noticiário e lá está a Mulher Tocha, sufocando o funcionalismo e barbarizando o estado que pensa que ainda é uma província (eu sei, eu sei, essa eu já usei, mas não há como resistir). O pior de tudo é a glória dos apresentadores do jornal do almoço, aquele bom pra perder peso porque a gente perde a fome ao assistir. E é por não saber conviver com as mudanças que continuo postando da mesma forma.
Mas muito se engana quem acha que eu só vim pra discutir notícia requentada. Não, não e não!

Na verdade, o que me motiva a postar hoje é uma discussão que, provavelmente, pode mecher com uma casa de marimbondos sem ferrão. Quero discutir o indiscutível nesse estado acrítico que está em estado crítico. E não quero dizer que pago a pensão com a pensão que o estado me paga pelo meu estado. Não sou o Campos de Carvalho. Mas retomemos a discussão do tradicionalismo. Afirmo: a música tradicional do Rio Grande do Sul é o Rock e as suas vertentes(ou o samba, mas este somente nas cidades de maior índice populacional). O resto (aquele folclórico) é um estilo artificial, que precisou de festivais específicos, programas de tv direcionados e um batalhão de professores formados pela ditadura militar. Assim se estabeleceu a tal "cultura gaúcha". Iniciou lá pelos anos 60. Basta comparar a aceitação dessa musi caga úcha no restante do país em relação aos ritmos nordestinos. Enquanto isso, o rock se consolidou apenas pelo gosto da juventude e pela prática. Por si só já é uma cultura simpática e cativante, mesmo se pensarmos nos casos do punk e do metal. É raro encontrar no RS um adolescente que não goste de ao menos uma meia dúzia de músicas da cena rockeira. Olhando o contrário, precisamos procurar atentamente pra encontrar pessoas que realmente tenham prazer em escutar o folclórico. Mesmo em CTGs (Centros de Tradições Gaúcha), os adeptos ao falso regionalismo, na maioria, são pessoas que apenas "cultivam as tradições", simplesmente por cultivar e achar que assim é que é certo. Não há exatamente uma relação de identidade e de empatia. Além disso, o tradicionalismo guasca também é uma maneira de continuar a contar as mentiras históricas de heroísmo de um povo formado por gente comum e liderada por gente covarde.
A verdadeira música tradicional do Rio Grande do Sul é, definitivamente, o rock.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Encino de concelho: o profeçor e suas ideias

Estou pensando em mudar o nome do blog e passar a chamá-lo de "o semanário do otário". Pensando bem, como sou otário mesmo, vou continuar postando semanalmente num blog denominado diário. Se os grandes jornais podem, por que este que vos escreve estas mal traçadas linhas não poderia? Na dúvida, vou dar alguns pitacos, que não sou de ferro. Talvez de alumínio ou chumbo que entortam facilmente, mas ferro mesmo, não.

A primeira delas é coisa particular. Ouvi muita atrocidade durante o período dos chamados "conselhos de classe", muito bem descrito como "concelho" numa das escolas que trabalho, num cartaz posto por uma coordenadora pedagógica. Como a remorfa não atingiu o uso do s e do c, presumi que se tratava de uma genial escrita de duplo sentido. Mas isso é irrelevante. O que tenho pra ressaltar são as lucuras ouvidas, não os eventuais erros ortográficos (aliás, eu também tenho os meus). E não falo de loucuras em termos linguísticos (que vontade de voltar a usar trema!).
Uma das lucuras é referente a um professor que, ao saber que uma colega teve o carro riscado por alunos, disparou: "se tu tá armado e mata um desses, todos dizem que são coitadinhos. A Zero Hora tá fazendo uma série de reportagens...". Aí, fiz questão de não ouvir mais. Mas não adiantou. Ouvi a criatura dizer que "depois vem o governo dizer que o professor é importante para a formação de uma nação... tudo propaganda... e a rbs tá mostrando que não é assim...". Fiquei pensando: será que ele quis dizer que mataria o cara que riscou o carro? Ele quis dizer que a reporcagem da zh, como bem chama o Cloaca News, tá certa quando diz que o professor deve abandonar o magistério e o último que sair apaga a luz? Mas a melhor é que me dei conta que ele se agarrou aos argumentos dos Sirotzky com unhas e dentes. "Se a tv fala é porque é verdade", deve ter pensado. Também fiquei imaginando os motivos que mantém o noble colega na área... dinheiro não pode ser.
Outra bandalheira sem tamanho eu ouvi diz respeito à religião. Uma das minhas turmas (não tive participação nisso, juro!) reclamou que o ensino religioso está se baseando apenas na crença da professora, o que, inclusive, é ilegal. Isso gerou perplexidade nos meus colegas. Chegaram a declarar que "vocês estudam a bíblia e ela engloba todas as religiões". Fiquei imaginando que os rabinos devem deixar o torah de lado, os muçulmanos desprezam o alcorão e os budistas nem chegam perto dos sutras. Sem falar nas religiões afro-brasileiras. Que nada! Todos eles têm uma bíblia nos seus templos! Não acreditei no que ouvi. Mas os alunos continuarão a ser obrigados a ouvir algo que não acreditam. Creio que isso é, de certa forma, uma metáfora para o modelo educacional atual.

Agora, falando de outros assuntos da semana, ontem foi o dia (leia essas tês últimas palavras várias vezes, cada vez mais rápido) do professor. Quanta alegria, mais de mil palhaços no salão... muitas homenagens (claro, em abraços e tapinhas nas costas que nem folga do trabalho tivemos). Temos muito a comemorar. Estarmos vivos, por exemplo. Convivemos só com gente inteligentíssima. Fazemos parte de uma das classes mais unidas que existe. Somos campeões em muitas coisas. A principal delas é o índice de afastamento do trabalho por doença. Vamos pra próxima olimpíada com tudo. Melhor: pra próxima paraolimpíada. Obrigado pelas congratulações, caso o leitor pensou em cometer esse engano.

Ontem, também, foi um dia especial aos blogueiros responsáveis. Foi o blog action day 2009. É um dia para que os blogueiros que têm um mínimo de responsabilidade socioambiental falem no assunto. Como fiquei devendo, mas não queria deixar em branco, faço minhas as palavras do blog cidades verdes, com as importantes dicas de como reduzir a sua pegada ecológica e que a sua existência tenha um menor impacto pra vida no planeta.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Futebol

Hoje eu não quero falar das aventuras da Mulher Tocha. Não adianta ficarem insistindo que eu não vou falar que estão conseguindo empurrar uma sugeirinha pra baixo do topete, digo, tapete na Assembréia Lejislativa do estado que cultua ladrões como heróis. Não mesmo! Não falarei que estão tentando amorcegar a CPI do gogoverno Yeda/Feijó. Aliás, nem do incrível caso da falsa heroína que processou o seu vice prodígio. Nem pensar! Vou falar de futebol.
Li hoje no Correio do Polvo, digo, Povo, que a maravilhosa, magnífica, estupenda, fantástica, incrível, monumental arena de esportes do Grêmio Fooooooootbaallll Porto-alegrense já está em obras. Que orgulho ao polvo gaúcho! A obra iniciou sem a liberação da Prefeitura de Fogaça, digo, Porto Alegre. Não tem licença ambiental, nem alvará. Isso é que eu chamo de seriedade! Isso é o que eu chamo de responsabilidade com o futuro!
Duas escolas serão transferidas do local. Uma delas, inclusive, irá pro outro extremo da cidade. Que luxo! E os alunos que, usando a linguagem do futebol, se fodam!
Isso não é novidade no esporte bretão daqui do RS. Tem clubes no interior que avançaram as obras dos estádios sobre as calçadas. Tem até, pasmem os leitores, um deles (infelizmente o que me faz sofrer) que avançou até um terço da pista de automóveis! Lei pra quê? Fiscalização pra quê?
Tem muita gente, muita mesmo, que considera licenciamento ambiental apenas uma formalidade. E depois o otário sou eu!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Heróis de quadrinhos I



Sempre achei que o Brasil deveria produzir heróis em quadrinhos, assim como os EUA o fazem. Lá,tem o Superman, Homem Aranha, Mulher Maravilha, Homem Tocha e o Capitão América. Aqui, até agora, nenhum de relevância popular. Eu falei até agora? Pois olha que já temos os nossos primeiros heróis? E para orgulho dos gaúchos, os dois primeiros foram criados aqui, inspirados em figuras da políti caga úcha. O primeiro deles, o qual tratarei em post posterior, é o Homem Sunguinha. O segundo, ou melhor, a segunda, é a Mulher Tocha.
Ao contrário da versão masculina estadunidense, a Mulher Tocha não é exatamente uma heroína. Aliás, a única semelhança com heroína, é com relação aos efeitos que a droga extraída da papoula pode causar ao usuário. Já o outro sentido da palavra fica longe. Pois bem, não é uma heroína porque no lugar de combater o crime, ela é o próprio crime. Em determinadas situações, entra em combustão. Quando não está em chamas, se mistura com as pessoas da região usanto sua típica pantalha.
O último grande feito da Mulher Tocha é exatamente o de processar um blogueiro por "publicação de fotografia em que aparecem as crianças, sem que houvesse qualquer autorização por parte dos genitores". O nome do blogueiro, que também é jornalista, é Marco Aurélio Weissheimer e o blog para o qual escreve é o RS Urgente. Ele publicou a foto mimosa da Mulher Tocha com umas plaquinhas nas mãos e, ao lado, netinhos da paladina que "queriam" ir pra escola. Fico pensando: muito esperta a MT. Conseguirá que a foto seja mais vista ainda.
Para que o leitor tenha ideia, no topo do post tem duas fotos: a da esquerda é reprodução da Folha de SP (a mesma que se envolveu no escândalo do ENEM) e a da direita mais ou menos como deveria ser publicada, segundo os argumentos dos adevogados da MT.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cem posts sem vergonhas

É com muito falso orgulho que este otário anuncia o centésimo post. Aliás, anuncia não, escreve. Passemos a ele.

Hoje assisti algo hilário na tv. O vice-rei do estado que acampa na casa do inimigo está fazendo campanha contra o antegoverno gaúcho. O leitor pode perguntar: e o que que tem? Eu respondo: nada. Principalmente se pensarmos que o Feijó foi eleito juntamente com a levantadora de placas. Não é estranho? Podemos comparar isso a um sujeito que compra um carro, toma um porre junto com a mulher, ela dirige com ele no carona, batem o carro porque estão na manguaça e o cidadão acusa a companheira de beber e dirigir. Ora, o vice bebeu junto com a dona Rorato e agora que o carro bateu e foram pegos no flagra ele quer empurrar tudo pra cima da dona do palacete? Ora, têm que dividir alegrias e tristeza! Isso, na minha terra, é chamado de tirar o respectivo traseiro da reta. Imagino que isso seja porque ela deve ter levado mais do que ele. Mas o representante do Demo pampeano não precisa ficar tão nervosinho porque ainda tem boas relações com os reitores da universidade misteriosamente falida.

domingo, 27 de setembro de 2009

Prognósticos pros gnósticos

Iniciando uma nova semana, este blog, como está meio que sem assunto, resolve apenas filosofar sobre coisas corriqueiras. Iniciando pelo seguinte: é incrível, mas 2009 já está entrando nos momentos derradeiros! Faltam apenas noventa dias pra chegada de 2010, um ano curioso em que, se repararmos bem, o vinte vem antes do dez quando escrevemos e não é contagem regressiva. Além disso, será um ano cheio, com copa do mundo de futebol e eleições. Podemos, por causa disso, nos preparar pra dar-nos um feliz 2011, já que iniciamos com carnaval, em junho tem o torneio máximo do futebol internacional e em outubro teremos o pleito. Passaremos o ano todo preocupados com a escola de samba que será campeã, se a seleção da Branca de Neve ganhará em África e se os candidatos preferidos chegarão na frente. Nisso, o ano que vem não renderá pra mais nada. Os eventos citados serão cercados por outros de menor grau de visibilidade, tipo, o surgimento de mais escândalos políticos (vão querer derrubar candidato que não tá no mapa) e discutir a escalação do time dos contos de fábula. Podemos dizer, portanto, que faltam quinze meses pra 2011. Esse, sim, vai bombá!
Outra reflexão que este blog resolve fazer (o autor nada tem a ver com isso!) é relacionado à primeira. Trata da questão da política gaúcha (essa cacofonia é boa, mas fica melhor em música gaúcha). Será que teremos tentativa de reeleição da queridinha do Lasier (o estranho é que ninguém sabe bem ao certo se é Lasier ou Lazier, nem o próprio grupo RBD, digo, RBS)? (outra coisa que este blog sempre fica na dúvida é se a pontuação fica bem depois de parênteses). Aposto nela buscar a reeleição. Aposto, também, que aparecerá um candidado desconhecido e que não esteja na grande mija e que será eleito novo desgovernador do estado perdido no tempo e no espaço. Aposto que será alguém que vem com a conversa de que é preciso renoir, digo, renovar e que tem uma fórmula mágica pra resolver os problemas e todos cairão no papo furado do cidadão. Não convém ficar apostando em nomes, mas que esse blog desconfia, isso desconfia.

Deixando de lado essa bobageira toda, este otário está escrevendo um livro que se chamará "O nada ser". É um livro com mais de quinhentas páginas de papel feito de eucalipto da monocultura sulriograndense,tudo em branco. Minha intenção é inovar e receber diversos prêmios em dinheiro e muita fama, depois entrar pra Academia Brasileira de Letras e conselho estadual de meio ambiente.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Briga feia

Uma briga interessante é a de um blog contra um império. Quem tem interesse em ver isso de perto, poderá clicar aqui e conhecer a briga do Cloaca News (tá bem, não vou chupar mais de lá, apenas apontar) contra o Império. Basta o Império atacar que o Cloaca contrataca.E o pior é que o Império está ruindo nessa peleja.

Opiniões dos outros

Como hoje estou com pouca paciência pra discorrer sobre os assuntos que julguei assuntantes, resolvi fazer uma soupa de retalhos. São algumas coisas patéticas do comportamento humano que faço questão de mostrar. Dentre elas, escrever em blog quando a moda é o tal de tuíter. Aliás, isso é um assunto que merece atenção especial, o que levará em breve.
Então, serei breve e não farei comentários alongados, daqueles que quem lê acaba perdendo o mio da fiada e men se dá conta que tem um motne de letras trodacas no meio e que faz com que o produtor desse texto pace a herrar na hortographia de tãoto escrever, escrever, escrever...

Um assunto que me aflige agora é o quanto uma professora pode ser tão malvada. Pô, ela não se dá conta que pixador é o filho dos outros? O meu quer apenas se comunicar e não tem meios de expressão! Só por isso é que ele escreve o apelido na parede, próximo à carteira (na minha terra se diz classe...) e a ditadora já faz o mimoso guri pintar toda a escola. Não se faz mais professores permissivos como antigamente! Professora, vou repetir: pixador é o filho dos outros! O meu, já até contratei um adevogado, é apenas um incompreendido!

Outra coisa que me irrita são os ecochatos. Pô, não conseguem perceber que estamos preparando a terra pras futuras gerações? Ora, sabemos que a terra tem uma população assustadora e que cresce (a população, não a terra) rapidamente. Por isso é que tem uma quantidade enorme de cientistas trabalhando pra gerar mais lixo plástico. Assim, vamos ampliando o continente flutuante e preparando ele pra receber nossos netos. Com isso teremos espaço pra todos. É a ciência colaborando com o futuro.
Pensei nisso quando um amigo meu comentou comigo que essa história dos garrafões de água mineral têm vida útil de 3 anos. Ele teve a cara de pau de me olhar e falar em tom de sarcasmo: "e quanto tempo de vida inútil?". E terminou sugerindo que deveríamos adotar o vidro pra envazar os líquidos. Nem respondi.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Século XXI, novo canto de liberdade!

Como a Aurora, insestuosa
e seus divinos faróis de milha acesos
junto com os vinte e sete membros
fui precursor da sua liberdade

Mostrai teu valor, Constância
nesta cama - qual teu nome de guerra?
sirva-nos, nos faça tudo, não te acanhas
demodê é quem não se entrega

Mas não te basta, Gertudes, pra ser liberto
ir pro norte, ter morrido, ler algo do Olavo
de novo se não te veem virtude
fingimos a revolução dos cravos

Cobrai teu valor, Constância
puta na cama, dama na mesa - e o nome de guerra?
sirva-nos, nos faça tudo, não te acanhas
demodê àquem se esfrega.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Elocubrações e ilações conjecturais da efeméride *

Certas pessoas, quando sentem uma vontade incontrolável de falar qualquer coisa, deveriam ir ao banheiro. Isso porque muitas vezes confundem o encéfalo com o intestino.





* Tradução: pensamento do dia.

Voltando a chupar da Cloaca

Depois de mais uma pequena pausa nas postagens, este blog retorna e retorna fazendo uma coisa que gosta muito: chupar da Cloaca News. Dessa vez, resolvi chupar tudo, tudinho mesmo. Não deixei nada que pudesse ficar de fora dessa cuninlingua informativa.
Não poderia deixar passar a informação. É um escândalo o que a Brigada Militar está fazendo com um grupo de sem-terras (semterras?senterras?) em São Gabriel. Aliás, eis uma cidade muito estranha em se tratar de agricultura. Mas deixamos pra depois. Leiam o que chupei do Cloaca:

"GENOCÍDIO IMINENTE: YEDA MANDA POLÍCIA ISOLAR FAMÍLIAS DE SEM-TERRA


De acordo com postagem do Diário Gauche, um grupo de 450 trabalhadores rurais sem-terra acampados no munícipio de São Gabriel, interior do RS, está sendo impedido de ter acesso a qualquer espécie de gênero alimentício, graças a uma barreira formada pela Brigada Militar. O bloqueio à comida imposto pela polícia tucana já estaria provocando casos de inanição entre as crianças. Diz mais o relato: "Os policiais também dificultam a saída de pessoas doentes do acampamento. As poucas pessoas que, depois de muita insistência, conseguem ir ao hospital da cidade, ainda passam por interrogatório exaustivo pelos policiais no próprio hospital. As famílias estão em um verdadeiro presídio a céu aberto".É grande o temor por uma nova carnificina na região. No último dia 21 de agosto, em uma ação brutal de reintegração de posse, no mesmo município, o agricultor Elton Brum da Silva foi fuzilado com um tiro nas costas pela mesma Brigada Militar. Até agora, o nome do assassino não foi divulgado pelo governo da ré tucana Yeda Crusius."

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sete de Setembro

Ou ficar a Pátria livre
ou morrer pelo Brasil

As belas palavras acima tentam sintetizar o sentimento nacional no dia mais importante pra uma nação tão desgrudunhada. Mas quem se atreveria a morrer por uma pátria insoberana e mórbida, incapaz de assegurar os poderes da maioria? Uma pátria que se pretende livre quando ainda se organiza em torno da obediência ao clero e aos favorecidos e não aceita que se reparta um punhado e se deixa as braçadas no domínio de quase ninguém! Que pátria! Que pátria! Que pátria!
Ao que parece, apenas os moribundos são patriotas. Apenas os mendigos são patriotas. Apenas os sequestrados são patriotas. Apenas os esfomeados são patriotas. Apenas as putas são patriotas. Os negros favelados são patriotas. Os assaltados são patriotas. Os atropelados do trânsito. Afogados. Drogados. Apenas esses são patriotas porque são os que morrem pelo Brasil. E a maioria esmagadora deles não tem a mínima ideia do que quer dizer a palavra pátria, muito menos consegue ser enganado pelo significado da palavra liberdade!
Que pátria!
Que pátria!
Que pátria!

sábado, 5 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A semana lavada e passada a ferro limpo (por partes)

Os últimos dias foram de muita polêmica polissêmica: teve professora dançarina, que, embora não seja exatamente uma professora de dança, dançou num show baiano e dançou porque dançou; teve, finalmente, o retorno às aulas da rede pública gaúcha (essa cacofonia só não supera a da música gaúcha), depois de um longo período de parada para dar uma segurada na gripe; tivemos os anúncios do pré-sal (pena não podermos dizer pressal! as palavras novas poderiam ter entrado na remorfa e deixado as antigas como estavam...). Tudo isso em pleno período cívico, que por sinal, também é uma palavra que, em determinada letra, é só puxar uma perninha...
Destes assuntos, vou me ater primeiro ao primeiro. Aos fatos.
A professorinha que todo aluno heterossexual adolescente pediu a Deus, dava aulas de matemática. Ao que parece, resolveu mostrar os produtos dos meios e comprovar que eram equivalentes ao dos extremos. Foi num show de pagode, ou de axé, não sei bem ao certo diferenciar algumas coisas nessas horas. O vogalista (sim, alguém que canta "aê, aê, aê... eô, eô, eô..." só poderia ser chamado assim) chamou interessadas em dançar no palco. A prof resolveu se apresentar e dar seu próprio showzinho. Mostrou a hipotenusa sem sair pela tangente. Foi filmada por alguns celulares (provavelmente algum coleguinha sacana que botou pilha pra que ela subisse e depois sacaneou, num mau sentido, é claro). Tudo foi parar no youtube e pra tv foi um pulinho, ou uma descidinha, não sei bem.
Tudo isso é tratado como um escândalo, tanto que acabou dançando, também, na escola que trabalhava. Eu, particularmente, não considero a atitude escandalosa, porém, vejo a demissão como correta. Explico.
A prof cometeu um erro gravíssimo sim. Tá bem, foram dois, porque a escolha do estilo musical na qual ela resolveu dançar também deve ser considerado. O pecado nem chega a ser na exposição da figura, como diriam os noveleiros antigos. O problema, mesmo, é ela ainda culpar a bebida alcoólica. E ainda tem muito pai apontando o dedo pra ela em sinal de desabono, mas olhando o youtube e a desejando. Ao mesmo tempo, tem muita mãe maldizendo a dita e invejando o fato de ela ter um corpo bonito. E as colegas de carreira, então, nem se fala. E não estou falando das dançarinas, me refiro às demais professoras. Estão apedrejando-a porque cometeu um erro. Engraçado, mas se ela estivesse desfilando numa escola de samba durante o carnaval carioca, mesmo que seminua, seria motivo de orgulho pra categoria. Mas acho que a escola teve suas razões na demissão. Seria um perigo a professora continuar nas aulas. Imagino a correria dos adolescentes ao banheiro na hora do recreio. Por outro lado, não creio que o caso seja do apedrejamento doentio da moça porque fez o que fez. Alguém, algum dia, disse que ser professor não é profissão, é sacerdócio. No que eu discordo: ser professor é um castigo. Não podemos enrolar um aluno como um advogado maldoso pode fazê-lo com um cliente ingênuo, não podemos distorcer fatos como um jornalista vendido o faria, muito menos um erro nosso será contornado e abafado por um colega, como acontece com alguns médicos. Mas temos o dever de sermos os cidadãos perfeitos numa sociedade completamente retorcida. Tá, tá, cansei de tanta conversa fiada. Vejam o vídeo da professorinha e tirem suas próprias conclusões.
Só digo que fica um ensinamento disso tudo: antes de subir num palco pra dançar, certifique-se de que está usando uma roupa íntima que não machuque os catetos.

Bem, acho que o leitor já está cansado desse post. Vou deixar a volta às aulas, o pré-sal e o período cívico patriótico pra amanhã. Assim dá tempo pra vocês descansarem um pouco.

Caso tenha interesse, pode conhecer o vídeo clicando aqui.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Concha de talhos (no blog)

Segue, abaixo, a classificação atualizada do Brasileirão 2009.
Ando sem muitas ideias pra escrever, mas tendo muito assunto importante. Cheguei, realmente, a planejar postar algo como a tabela do campeonato mais fajuto da história do futebol mundial, mas fiquei pensando nos conselhos de uma amiga que diz que em boca fechada não entra moscas, então, resolvi ficar de boca fechada. Mas, em respeito aos meus leitores, ainda que poucos, resolvi postar apenas algumas referências aqui. Ando com humor fraco também. Não consigo fazer piadinhas sobre a macaca do Serra e do dedo do Lula. Então, vou pedir paciência ao caro amigo pra que acesse os blogs que referencio. Valem a pena.
O primeiro deles é o Zero Fora (na verdade, o primeiro já foi referenciado com link acima, mas esse aqui é o primeiro que tinha planejado pra essa listagem). Traz um texto importante sobre o projeto que queria (e ainda quer) roubar a orla do Guaíba dos porto-alegrenses (a reforma continua me confundindo). Além disso, também trata um pouco do assunto"sem-terra assassinado" e de como isso foi tratado pela grande mija do estado que ainda pensa que é província.
O segundo é o Cloaca News, do qual já tive a honra de chupar bastante coisa. Meus leitores devem estar lembrados que já inaugurei (este blog é igual a político"progressista" em época de eleição) uma sessão chamada Chupando da Cloaca. É exatamente disso que estou falando. Podem dar uma olhada nesse blog todo que vale a pena. Tem até filme pornô, mas tudo com um bom gosto (fiquei tentado em escrever bom-gosto, só pra confundir o leitor).
Bem, hoje, realmente, estou sem muita ideia pra escrever. Acessem as referências e depois me digam.
Quanto à tabela e classificação do campeonato brasileiro, podem ficar sossegados os meus leitores que provavelmente um time será campeão, juntar-se-á a outros 3 e ambos irão para a Copa Libertadores, aquela que homenageia quem os dirigentes do futebol mais odeiam...
Ah, também cairão 4 para a série B.
Mas, como ninguém é de ferro, segue um videozinho:

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Além de terrorista, ladrão...


Vou quebrar uma promessa hoje. Havia dito que tão cedo não falaria em política, muito menos na queridinha da família Sirotsky. Mas, como ando sem muito o que falar ultimamente, resolvi dar o ar da graça no assunto novamente.
Mentira minha. Na verdade, me senti ofendido pela dama das placas. Já havia me chamado de terrorista, o que eu rebati, mas engoli. Afinal, o que a grande mídia nomeia de terrorista, em muitos casos, são pessoas que só têm uma maneira de lutar. Mas agora passou dos limites. Ela disse que a culpa pelo desgoverno no estado que planta o que não se come é dos blogs. Isso mesmo! Segundo a visão dela, quem roubou o dinheiro do DETRAN foram os blogs. É só seguir o raciocínio:
A crise do estado está posta porque houve a operação Rodin, quando descobriram uma quadrilha que desviou aquela mixaria do DETRAN. Logo, quem criou a crise foi quem roubou. Quem diz que a culpa pela crise é dos blogs, está dizendo que quem roubou foram os blogueiros. Fiquei ofendido na pequena parte que me toca.
Diante disso, pensei em processar a ex-governadora, mas recuei. Decidi fazer algo pior. Vou mandar uma carta anônima a ela dizendo que ou ela me repassa a parte que me toca, ou vou usar meu blog pra roubar a casa dela e impedir os netinhos dela a irem à escola.


Fonte da imagem: Revista Caras / Edição 785 - Ano 15 - Número 47
Embora não seja muito aconselhável a leitura...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

otário desespero

Se aproxima a segunda época mais enfadonha do ano: a campanha "Criança Esperança".
Devido ao sucesso do show grobal, lançarei aqui a campanha "otário desespero", no qual eu me desespero em saber que muita gente entra na conversa fiada da emissora e faz doações que caberiam muito melhor no bolso da empregada. E o que é pior: os mesmos que doam pro (mal)dito fundo, são os que vivem arrotando contra os programas sociais. Não gostam do Bolsa Família que o governo federal dá e preferem colaborar com o Bolsa IR.
Então, convido o leitor a fazer parte da minha campanha e a enviar R$ 100,00 pra minha conta (tenho um pouco menos leitores do que a grobo tem em expectorantes) e ficar desesperado comigo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Miniconto

Este blog está se especializando em inaugurar coisas. Desta vez, inauguro a sessão Miniconto, onde eu escrevo alguma historinha que não pretendo publicar em livro. É uma forma de exercitar a capacidade de criação.
Este miniconto eu escrevi em 1970*, logo após a vitória brasileira contra a Itália na Copa do México. É incrível como isso ganhou sentido agora.
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Uma história de merda

Estava eu, um velho homem de 78 anos, sentado num banco de praça e lendo o caderno de esportes de um jornal local, enquanto observava um pouco o que acontecia na minha volta. Minha visão era um tanto parva e só conseguia perceber bem o que estava na minha frente e muito próximo, por isso, me concentrava mais na leitura do que no que estava acontecendo na praça. Em compensação, talvez infelizmente, minha audição era perfeita. Diziam que eu tinha ouvidos de tuberculoso, título que ainda tenho, passada uma semana do fato...
Minha leitura era atrapalhada pelo discurso de dois cidadãos que estavam atrás de mim. Um tentava desmoralizar o outro, com palavras sujas. Depois de algum tempo, senti algo estranho bater nas minhas costas, seguido de um cheiro insuportável de merda. Fui obrigado a dobrar o jornal e me virei pra olhar o que tinha me lançado o enfeite.
Avistei os dois cidadãos que debatiam numa cena... o da direita, usava um terno preto, camisa azul e gravata vermelha com estrelinhas brancas. Um chapéu vistoso lhe cobria a cabeça. Enquanto o da esquerda usava uma calça social preta, camisa azul clara levemente arremangada e gravata também preta. Não usava chapeu, mas gritava auto e esbravejava palavras bíblicas distorcidas. Ambos estavam com grandes baldes de merda de diversas origens. Tudo fedia. Enquanto eu pensava que estavam apenas debatendo e discutindo, estavam é fazendo uma guerrinha de merda. Teve uma hora em que aconteceu uma coisa engraçada: o da direita atirou um monte com as duas mãos e atirou no da esquerda, pegando-lhe num bóton que usava que acho que era de alguma igreja. Este ficou furioso pegou a bosta do fundo do balde, a mais fedorenta, e atirou no chapéu do da direita, derrubando-lhe o adorno da cabeça e expondo uma outra coisa que tinha em baixo, da qual eu não consegui identificar direito. Mas eu, como velho e vivido que sou, não quis ficar ali, aguardando chegar mais merda na minha roupa limpinha. Eu não queria feder como aqueles dois. Dei um jeito de trocar de praça e deixar os fedorentos de lado.
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*Em tempo: o autor deste conto é mentiroso. Diz ter escrito em 1970, mas nasceu em 1975. Não acredite numa só palavra dele.

domingo, 9 de agosto de 2009

TV otário distraindo leitores

Hoje me deu vontade de deixar um pouco de lado esse negócio de querer mandar aquela mulher embora. Pensando bem, não tenho vontade de falar de outras coisas também. Não sei nem por que eu continuo escrevendo isso. Acho melhor deixar de papo e apenas postar um videozinho pra entreter meus leitores com amenidades. Aí vai o vídeo:

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

TFP e o IR: PQP



É curioso o que algumas instituições de caridade precisam fazer pra sobreviver. Isso realmente me deixa triste de saber que gente que sempre foi boa pra nação, como a TFP, precisa até se esconder atrás de um grupo religioso e, além de tudo, ficar enviando correspondências estranhas às pessoas que sequer conhecem.
A imagem acima é de um boleto bancário que a minha mãe recebeu dias atrás, junto com um rosário e uma carta.
Fiquei emocionado em saber que "um deputado federal não-cristão" estaria pretendendo retirar o título de pradoeira do Brasil, ocupado por Nossa Senhora Aparecida, e que tem um grupo interessado em divulgar o nome de Nossa Senhora do Rosário por causa disso. É claro que fiquei curioso em saber por que divulgar o nome de uma santa se outra é que esta sendo "prejudicada" e, além disso, por que alguém envia um pedido de auxílio financeiro a um necessitado justamente com o propósito de ajudar um necessitado. Isso é equivalente a pedir dinheiro a um mendigo pra dar esmola a outro mendigo.
Depois de uma rápida lida, resolvi enviar um e-mail ao sujeito chamado João Sérgio Guimarães, o qual assina a correspondência, pedindo alguns esclarecimentos sobre o assunto (de onde saiu o endereço da minha mãe, por que pedir dinheiro pra quem não tem com o pretexto de dar a quem não tem). Pedi que me respondesse em curto prazo, afirmando (é claro) que assim poderíamos contribuir mais rápido. Enviei há 8 dias e ainda não recebi resposta.
Talvez eu tivesse conseguido resposta caso houvesse perguntado se a contribuição serviria pra manter uma entidade que apoiou a ditadura militar, serviu de X9 dos milicos e que defende, dentre outras coisas, que é justo que pouquíssimos detenham grandes propriedades (sem o mínimo pudor disso) enquanto outros não sabem se poderão tomar café da manhã.
Mas curioso, mesmo, é a observação que tem lá na faixa azul superior da imagem: "o abatimento do IR, previsto no decreto... não se aplica a esta contribuição". Fiquei pensando que isso é óbvio: em geral, as pessoas que são convidadas a contribuir são de baixíssimo poder aquisitivo e já são isentas de IR. A não ser que eu não tenha entendido algo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A saúde!


Dia desses tive uma conversa com um professor da minha graduação e falávamos do circo armado sobre a tal da nova gripe. Chegamos a uma conclusão velha e esfarrapada que Charles de Gaulle, expresidente (maldita reforma!) francês, assim o disse: o Brasil não é um país sério.
Chegamos a tal afirmação depois de observar que foram transferidos os inícios das aulas da rede pública de ensino em uma quantidade enorme de escolas municipais e estaduais, sem falar em universidades, e se deixou o comércio aberto, ônibus superlotando, jogos de futebol com arquibancadas lotadas...
Diante disso, fica duas possibilidades: ou a gripe é uma marolinha, ou as otoridades são estúpidas o suficiente pra deixar que o interesse econômico decida. Estou desconfiado de que ambas são verdadeiras.


Outra coisa que me faz pensar que esse país não é sério é o caso da Monsanto conseguir proibir, por meio judicial, a circulação de uma cartilha sobre alimentos orgânicos, publicadas pelo Ministério da Saude (argh! maldita reforma!). Como eu não fui notificado e a proibição não é direcionada a mim, vou postar uma cópia que tenho. É só clicar aqui, baixar e repassar por e-mail às listas de contato. Se tiver interesse, pode imprimir e distribuir aos amigos.
Caso não consiga fazer o download, deixa o endereço de e-mail nos recados que repassarei o arquivo.

Elegendo a desgovernadora

Em tempos de democracia, resolvi deixar o leitor escolher a forma definitiva que este blog tratará a desgovernadora do estado que mais deixa a gripe engrupir o povo. É só dar uma olhadinha no lado esquerdo e escolher dentre as opções. Não precisa de título.

sábado, 1 de agosto de 2009

A ironia e a (en)cobertura

Hoje acordei e, depois de ouvir algumas notícias no rádio e na tv, tive mais uma ideia pra mostrar aos meus alunos sobre o que é ironia. A seguinte notícia foi o mote:
O presidente da Câmara de Vereadores de um pequeno município gaúcho foi morto durante um assalto a banco. Segundo algumas testemunhas, o citado representante do povo, ao saber da ocorrência do assalto, deu de mão no seu oitão, pegou o automóvel (ia chamá-lo de bat-móvel, mas a nova ortografia e o hábito de se respeitar um falecido me fizeram deixar por automóvel) e foi fazer justiça pelas próprias mãos.
Veja bem o meu leitor que está longe de mim desrespeitar alguém que morreu tragicamente, mas não posso deixar passar a atitude tão comum a algumas otoridades da dita omanidade. Pois bem, deixamos o machadiano de lado. Voltemos ao caso.
Ao chegar no local do crime, o dito edil foi avistado por um dos policiais que certamente não o reconheceu e julgou suspeito que um sujeito chegue portando uma arma e conduzindo um carro preto até os vidros em um local onde ocorre um grande assalto. O que fez o servidor da segurança de tolerância zero da gobernanta? Mandou bala no político, num ato que seria simbólico caso fosse em algum determinado deputado federal, governador ou senador. Mas era um pobre vereador de um pequeno município. Esquecendo meu sentimentalismo barato de lado, lembro que era um pobre vereador armado. Aí eu chego onde queria: o que leva um sujeito a crer que ajudará numa situação dessas? Por que o cidadão resolveu ir de pistola em punho a um local de um crime?
O que matou esse vereador foi justamente o direito dele de andar armado. Foi a crença de que poderia resolver algo ou ajudar a resolver por ser otoridade e por andar armado. Foi, também, o imaginário coletivo da famosa "tolerância zero" em que diz que se tiveres uma arma, nada te acontecerá e, ao mesmo tempo, que se a polícia suspeitar de ti, poderá abrir fogo e perguntar depois. Aí que está a ironia. A sociedade assistiu de camarote o quanto aquilo que defende poderá se voltar contra. Não é um perfeito exemplo?
Mas esse post não acabou.

Depois de tudo isso, além do exemplo de ironia, ainda posso mostrar aos meus alunos como se comporta a mídia. Ao mostrar a morte do vereador, deixou passar muitos questionamentos. Vou postar alguns que pretendo levar aos meus alunos um dia:
1. Se fosse um cidadão comum com uma arma na mão?
2. O que o vereador tinha que ter ido ao local? Aliás, o que ele fazia armado?
3. Mesmo tendo sido um tanto precipitado, o policial não teve razão?
4. Por que o Lasier não comentou isso?
5. Por que a mídia gaúcha continua procurando fatos isolados pra encobrir os fatos interligados de corrupção e má administração do desgoverno Yeda/Feijó?
6. Esse espaço eu deixo ao próprio leitor que faça sua indagação.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Chupando da Cloaca

Calma, gente. Não é isso que vocês estão pensando. É que acabo de criar o momento "Chupando da Cloaca", no qual eu chupo algum texto do blog Cloaca News. Até porque, pra diferenciar bem, usei a contração "da" e não o artigo "a".
Como foi algo postado nos comentários por alguém anônimo, fiquei na dúvida se postaria aqui ou não. Decidi postar, com a ressalva de que estou apenas reproduzindo algo que já está publicado e que faz parte de muitos rumores a cerca do assunto. Tem um link pra outra fonte no final.
Segue o texto e o leitor que tire suas próprias conclusões precipitadas.

"
Anônimo disse...

Gripe suína - Jornalista austríaca acusa OMS de genocídio

Jane Bürgermeister, jornalista austríaca, recentemente apresentou acusações criminais junto ao FBI contra a Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização das Nações Unidas (ONU), e vários altos funcionários governamentais e empresariais relativos bioterrorismo.

Jane criou um dossie, entregue ao FBI, que mostra as evidencias de que o virus da gripe suína foi criado em laboratório e usado para exterminar parte da populacao e forcar lei marcial.
"Evidencias de que um sindicato internacional de criminosos corporativos, que se anexaram com altos oficiais do governo dentro dos Estados Unidos, estao levando adiante um genocídio em massa contra as pessoas dos Estados Unidos usando um vírus pandemico artificialmente (geneticamente) modificado, e um programa de vacinacao para causar morte em massa, ferimentos e despovoar os EUA de forma a trasferir o controle dos EUA para a OMS, a ONU e suas forcas afiliadas de seguranca (Tropas da UN e OTAN)"


Uma das acusacoes é contra a Baxter, que enviou 12 kilos de vírus da Austria para vários países, como se fosse vacina. Jane cita também vários atos do governo e leis da ONU que dao poder ao governo, FEMA e a ONU para forcar vacinacao em massa, lei marcial e aprisionamento.

Jane foi despedida do seu emprego de correspondente européia para o site de energia renovável.
Fontes:

Dossie (em ingles)
Bidflu666 - Blog de Jane
Infowars - Jornalista é despedida

http://mathaba.net/news/?x=621102
http://www.youtube.com/watch?v=wHxHmHa9qvs
http://www.torontosun.com/news/canada/2009/02/27/8560781.html
http://www.examiner.com/x-6495-US-Intelligence-Examiner~y2009m7d10-CBS-60-Minutes-300-death-claims-from-1976-swine-flu-vaccine-only-one-death-from-flu

notícia fonte
Uma Nova Ordem Mundial"

A preocupação com a educação em primeiro lugar. A educação em último.

É engraçado de ver como os políticos desse país lidam com a educação. Sempre dizem que é prioridade, mas não fazem com que a gente acredite. Aliás, parece que estudar não é um verbo bem conjugado pela crasse política. Tem quem, durante a campanha eleitoral, use uma linguagem bem popular, estigmatizada e coitadizada, com o intuito de se aproximar do povão. Isso não dá muito certo, porque se um candidato a presidente for tentar falar uma linguagem aproximada do que fala o povo do país vai acabar dizendo "Oxi, tchê! Tâmo aí nas treta, tá ligado mermão? O bixinho é da muléstia pacarai, porra!". Vai começar a falar com sotaque baiano, passando por expressões gaúchas, com toques paulistanos e cariocas, e embolando tudo com algumas palavras nordestinas. O negócio é ser realmente simples e demonstrar que se deve estudar pra dominar a língua de forma que todos entendam, se quiser tentar ser presidente.
Mas o caso de os políticos não demonstrarem concretamente que dão prioridade à educação vai além do terrorismo da gogovernadoira sulina com os prefessores. Tem gente que não tem ensino fundamental e quer ser eleito. Não julgo que sejam incapazes de administrar algo (acho até que o atual previdente, com um bocado de ressalvas, tem sido melhor do que os mais letrados) mas penso no valor que foi dado por eles à própria educação formal. E isso ainda não é o pior.
O pior de tudo isso, mesmo, é ver um provável candidato ao maior cago, digo, cargo da nação não tem registro da profissão que exerce. Falo do criador de crateras do estado de São Paulo, José Serra, que não tem registro no conselho regional de economia. Li isso no blog do Paulo Henrique Amorim. O Conversa Afiada chega a questionar se o cidadão tem diploma de ciências econômicas. Isso sim é demonstrar interesse na educação.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Extra! Extra! Religiosos e políticos corruptos presos

Li uma matéria da BBC Brasil em que mais de 40 líderes religiosos e políticos foram presos. Calma, gente. Não foram senadores, foram prefeitos. Não foram padres pedófilos nem pastores com dinheiro não declarado (coisas do imaginário coletivo...), foram rabinos. E não foi no Brasil, foi nos EUA. Querem saber mais? Cliquem no primeiro link deste post.
Em pensar que fiquei espantado com o Sobel...

Ôh, posição!

Coisa boa é gozar férias. Depois de muito trabalhar, depois de tando problema pra resolver e tanta gente incomodando, nada como dar um tempo pra descansar. A gente cansa de quem não quer nada com nada e só fica enchendo o saco. Só dando um time, mesmo.
Não, eu não estou falando do recesso escolar de meio de ano (as famosas férias do Julio). Estou falando da aprendiz de ditadora que está dando um tempo pras acusações levianas da oposição. Isso mesmo: O Lair Farst era da oposição, assim como o Marcelo "Gostoso" Cavalcanti e o Ministério Público Federal. Parece que o aprendiz de golpista Paulo Feijó (esse aprendeu alguns truques com o atual prefeito de Pelotas) também é da oposição radical petista-psolista-pstuista-marxista-stalinista-greenpeassista. Isso é que deve estar estressando a grande governadora do estado que vende os verdadeiros heróis. Por isso é que dou razão à ilustríssima progenitora da Tarcila (essa não apenas pinta, mas borda também) e acho que o melhor é se afastar desse bando de gente que não sabe se comportar e ficar quieto.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Desatualizando

Acabo de atualizar o post "A viuvinha" para "A viuvinha do João Gostoso", com algumas alterações textuais, além do título, é claro.

Na verdade, o título deste post seria "atualizando", mas como fui levar as referências ainda para um passado mais distante, para um pretérito mais que perfeito, me dei conta que estava me distanciando da atualidade.

Pensando bem, fiz o mesmo que a moça das placas aos professores está fazendo com o estado que comemora empate em guerra: pego algo atrasado e levo ainda mais pra trás.
De qualquer forma, isso tudo serve pra dizer ao leitor que releia o post citado.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O negócio é botar o lixo no lixo

A gente percebe a ascensão e a decadência de uma sociedade pelo comércio. Quem compra muitos aparelhos de informática, provavelmente tem interesse em melhorar as comunicações. Quem compra muitos livros, certamente pretende qualificar a construção cultural e educacional do país. Se alguma nação costuma comprar muito petróleo ou outra fonte de energia, é sinal de que o transporte e/ou a indústria está(ão) se desenvolvendo.
Agora, o que dizer de um país que importa merda?
Isso mesmo. O Brasil está importando merda. Dias atrás, chegou aos portos de Santos e Rio Grande grandes conteiners de lixo de diversos tipos. Dentre eles, absorventes íntimos femininos e fraldas descartáveis devidamente descartados, além de outros de menor importância como lixo hospitalar e outros resíduos tóxicos. Nossas otoridades fazem questão de negociar a devolução. Coisa mais lógica. A merda e o chico devem estar vencidos, então, precisam negociar e discutir com algum órgão internacional equivalente ao Procon a possibilidade de mandar de volta o lixo. Um leitor do Correio do Povo chegou a sugerir trocarmos os degetos pelos nossos políticos, coisa que eu não concordo. O resultado do trabalho dos políticos por lá pode ser mais resíduo tóxico pra nós. Eu tenho sugestões:já pensaram em procurar os responsáveis por importar a porcaria e botar no xilindró? E parece que tem empresa que se denomina "socialmente responsável", justamente por reciclar lixo, envolvida nisso. Ou seja: estão sendo socialmente responsáveis com o lixo dos outros. No reciclador brasileiro é refresco. Já pensaram em botar tudo de volta no contêiner e enviar, sem aviso, sem dó e piedade (foi assim que veio parar aqui) de volta ao país de origem?

Terrorista, eu?

Terroristas!
Esses professores da rede estadual de ensino são uns insensíveis terroristas. Onde já se viu não deixar os filhinhos da desgovernadora do estado que pede emprestado pra pagar dívidas irem à escola! Onde já se viu!
Além disso, torturam crianças! Lembro da tortura que foi pra mim a conclusão do ensino fundamental e médio. Fico imaginando a tortura que é pros meus alunos ficarem sabendo quantas mentiras ela já emitiu. Realmente, torturamos! Mudei de pessoa? A desgovernadora é que me fez mudar!
Mas, por outro lado, percebi que a digníssima proprietária da casinha de sapê me acusou de fazer justamente o que gente próxima dela fez durante 30 anos: torturar. Disso, não tenho dúvidas que ela entende.
Mas não quero me prender nessa praga da educação que são os professores. Essa corja só quer saber de ganhar mais. Que petulância! Ficar achando que os R$ 600,00, um verdadeiro roubo aos cofres do estado, são insuficientes pra comer, beber, dormir, vestir, divertir, comprar livros, se qualificar e torturar. Ora, a engovernadora tem razão. Somos todos petulantes. Onde já se viu, fazer curso de pobre como as licenciaturas e não se contentar com um salário estratosférico desses!
Justo, mesmo, seria que os aplicadores de prova do Detran fizessem greve. Justo, mesmo, seria se o secretário da transparência (sic) fizesse alguma manifestação pública. Opa!, isso todos os que passaram a pasta o fizeram.
Agora, o que a chocadora de gestão (quem promove choque de gestão é o quê?) não diz o é o nome que se dá a quem chama a polícia pra reprimir manifestações populares com violência. Também não fala sobre o que significa ameaçar retirar direitos, inclusive com demissão. Quem é terrorista, a final?
Que me perdoem os leitores por não manter a seriedade que me é peculiar e ficar contando piadas de mau gosto. Isso é consequência do terrorismo que venho sofrendo.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Efeméride

Não poderia deixar de passar o dia de hoje em branco. É o dia internacional do rock. Essa velha música que ensiste em se julgar jovem. A revolução mais tradicional que a juventude sempre igual já bolou.
Já foi o tempo em que ser rockeiro era ouvir algo transgressor e capaz de impulsionar atitudes revolucionárias. Hoje, um típico ouvinte desse tipo de música é aquele que não sabe sequer ler o tamanho do arquivo que baixou em mp3, parafraseando Frank Zappa, o Tom Zé do hemisfério norte.
Mas ainda há quem tente dar a tijolada no telhado de vidro dos coleguinhas pagadores de jabá e que adoram imitar as bandinhas xexelentas que rodaram na mídia nacional durante os anos 90. Um deles chama-se Jupter Apple, ou Júpter Maçã, aos menos avisados. Não é tão genial quanto o Tom Zé. É um imitador barato dos Beatles (alguém ainda lembra?) que vive contrariando a corrente e ainda faz algo muito importante desde que o rock iniciou em Parintins: humor! Soma-se a isso o fato de o músico ter feito o caminho inverso da desgovernadora do estado que gosta de mentira: sau do RS pra fazer festa em SP.
Pra não me estender muito, deixo um videozinho aos leitores deitarem e rolarem.
Ah, resta dizer que, assim como o Tom Zé e os Mutantes, o Jupter é muito mais reconhecido na Europa do que no Brasil (se é que isso signifique grandes coisas).

http://www.youtube.com/watch?v=3-Jx-084dH0

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Elocubrações e ilações conjecturais da efeméride *

Pena de morte:
Sugiro pena de morte a todos que matam. Assim, quando ocorrer o primeiro assassinato, o culpado seja sumariamente executado. O carrasco, como também matou, deve ser executado logo a seguir. Isso deve ser adotado na sequência, ao algoz do carrasco, ao carrasco do algoz e assim sussessivamente, até que a humanidade seja eliminada em cascata, livrando o planeta de todos os seus malfeitores, os homo (non) sapiens.

* tradução: pensamento do dia

A viuvinha do João Gostoso

Hoje li algo inusitado: um sujeito aparece boiando no Lago Paranoá, em Brasília, e é tratado como provável suicídio. Fiquei pensando: será que o cara planejou algo do tipo "vou botar fora meu celular e depois mergulho no Paranoá até morrer afogado". Aliás, parece que antes ele saiu do barraco sem número em que morava, foi tomar umas num boteco, bebeu, dançou e depois se atirou na Lag, digo, no Paranoá. Pois é isso mesmo. Estão tentando provar que o Marcelo Cavalcante se suicidou e ainda se deu o trabalho de sumir com o próprio celular pra incriminar alguém. Que canalha!
Aliás, acho provável que a desgovernadora do estado que não se entrega pros home mas se entrega pras multinacionais tenha, junto com um dirigente tucano, convencido de que Marcelo era um sujeito muito mau. Deve ter ficado deprimido com isso e resolveu beber pra afogar a memória. Bebeu muita água do lago e acabou afogando a si mesmo, numa espécie de autossuicídio de próprio.

Mas parece que a viúva do Marcelo, uma espécie de Porcina, resolveu reagir e já está dando com a língua nos dentes. Trouxe anotações importantes. Não sei se foi uma lista de compras de supermercado, já que a capital gaúcha é uma verdadeira ode ao consumismo shopingcenteriano. Pode ter sido um rascunho de algo que o Marcelo sabia e iria contar à justiça. Parece que a casa da engovernadora vai cair. Literalmente.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Da semiótica sem ótica nem ética ou estética


Longe de mim querer fazer aqui um trabalho estético tão bem construído a partir de periódicos, assim como faz a Bianca Araújo. Aliás, meu trabalho neste post passa longe da pretensão estética. Quero mesmo é deixar que a imagem fale por si só, mas somente pelo caráter histórico. Então, meu leitor fica a vontade em fazer as conjecturas. E se sobrar algum tempinho e tiver interesse em questões estéticas, dá uma passadinha no blog da Bianca. Vale a pena.

Assuntos que não quero falar

Não quero falar aqui da polêmica do astro pop que morreu ou não morreu, das polêmicas do Senado (aliás, tenho uma imagem a publicar no próximo post. O leitor não deve perder) e não quero falar da gripe que ganhou status de popstar e ganhou proporções polêmicas que lembram os escândalos políticos. Na verdade, até quero, mas prefiro falar de algo mais produtivo: a Ana Maria Braga!
Uma manhã dessas, assisti uma entrevista que a apresentadora de culinária fez com um diretor da ANVISA sobre a tal gripe e a transmissão que poderia vir da Argentina, dentre outras pérolas da imitadora de mulher gato ou do zorro, não sei bem. Vou apenas mostrar, mais ou menos, conforme minha memória permitir, alguns trechos da raridade. Um verdadeiro show de condução jornalística. Até já comecei a defender que os jornalistas não tenham diploma de jornalismo, mas de culinarista ou gourmet, que foi o que deu certo com a Namaria.
A primeira pergunta que vi ela fazendo foi algo do tipo "estive há pouco na Argentina (...) a gente chega no aeroporto e tem diversos cuidados (aquele circo todo de quem quer parecer que está fazendo algo - comentário meu) (...) a Argentina está muito mais preocupada do que o Brasil com a entrada da GRIPE SUÍNA (sim, ela continua botando a culpa no porco). O que a ANVISA está fazendo?" e o diretor citou claramente as medidas adotadas e inclusive falou sobre o monitoramento nos aeroportos e a criação de referências, preparando e informando os profissionais e a população, sem alarde. Falou que a Argentina está aparentando maior preocupação (...) não proibimos o pouso de voos provenientes do México". Teve a descência de não lançar críticas, como "se a Argentina está tão preocupada assim, como é que a doença chegou e se alastrou muito mais rápido lá?" (pergunta minha). A aprendiz de cozinheira logo retrucou dizendo "não era isso que eu estava perguntando, o Sr está desviando do assunto (...) eu perguntei como é que está a situação da GRIPE SUÍNA na Argentina..." e aí eu perdi a paciência com a garota-propaganda de clínica geriátrica e resolvi retornar à aula e apenas lamentei o tempo que o diretor da ANVISA perdeu. Se ele tinha interesse em aprender a cozinhar, poderia fazer um cursinho de cheff e deixar figura jovial da Namaria Draga de fora disso.
Pensando bem, eu também perdi um grande tempo que poderia ter dedicado a escrever sobre a morte do popstar ou sobre os escândalos de Sir Ney (como define Millôr). Sinceramente, acharia mais justo se pudéssemos inverter esses fatos.

domingo, 28 de junho de 2009

Água a vista!

Não costumo assistir tv, como meus leitores bem sabem. Não tenho paciência pra esperar um momento interessante em intermináveis programas chatos e babacas. Mas, em alguns momentos, dá vontade de dar uma olhada, só por puro mazoquismo. Foi num desses momentos que eu acabei por ver uma reportagem no Esporte Especular, digo, Espetacular, da grobo. Estavam mostrando algo sobre uma regata internacional, em que um barco de um certo país nórdigo é capitaneado por um brasileiro. Antes de falar da tal polo, ou melhor, regata (confundo as camisas de vez em quando), mostraram um barco vicking que está num museu do tal certo país. O repórter mostrou alguns detalhes do navio, que realmente impressionam. Mas isso não tem tanta importância pra o que eu quero falar. O interessante é a história da construção do barco. Foi construído no século XIX. O Rei queria colocar o maior poder bélico possível e resolveu que seriam colocados dois andares de canhões nas laterais. Os engenheiros do haw... essa piada já não tem mais graça, deixa pra lá, os engenheiros reais alertaram: o navio perderia a estabilidade. O Rei provavelmente disse: "não perguntei se perderia ou não a estabilidade, mandei botar os canhões e pronto!". Então, cumpriram a ordem real. Realmente impressiona a disposição dos canhões. Mas, voltando ao caso, o navio naufragou já ao ser posto na água. Justamente aconteceu o que os especialistas haviam previsto: a embarcação perdeu estabilidade, fez água pelas escotilhas e afundou no mesmo momento em que foi posto no mar. O resto da reportagem não tem a mínima importância. Usei apenas pra enfeitar e dizer de onde tirei a informação. Então, quem quiser questionar as informações, que procure o jornalismo sem diploma da grobo.
Mas contei essa história do barquinho e do Rei pra mostrar como a ignorância, a ganância e a burrância de um líder pode trazer consequências absurdas. Acho que o leitor já consegue imaginar a relação que estou fazendo. Isso mesmo: a questão ambiental no Brasil.
Começamos a olhar pelo que acontece no estado da desgovernadora que briga com o vice golpista. As instituições sérias e os movimentos sociais interessados na construção de uma política realmente sustentável do ponto de vista ambiental que o digam. Todos dizendo que não é possível se adotar uma monocultura de eucalipto e alertando que isso traria consequencias graves. A dama de ferro, aquela que ferra com os professores, resolveu que seria do jeito dela e ponto final. Resultado: os agricultores que apostaram no eucalipto já estão vivendo uma crise sem precedentes. O barco deles só não está fazendo água porque o eucalipto secou tudo. Mas já afundaram-lhes as esperanças e já não se sabe o que será feito com o deserto verde. Quem quiser questionar esse argumento, procure ao menos 5 agricultores que plantam eucalipto no estado e questione. Depois do eucalipto, ainda temos a cana-de-açúcar e a coisa continuará.
Depois, ainda vem O Cara e diz que somos mentirosos. Faz de conta que veta alguns artigos da MP da grilagem e entrega tudo a possibilidade da especulação ser ainda maior. Os detentores das maiores terras terão 20 anos pra pagar e em 3 anos poderão negociar a terra. Quantas vezes poderão ser revendidas as propriedades até terminarem de pagar? Além disso, aposto minha integridade moral (se é que tenho) que o dinheiro pra pagar isso sairá do BNDS em forma de empréstimo que jamais será pago. Isso lembra o caso das privatizações do FHC que, por outro lado, lembrava o período da dita dura que começou a fomentar isso tudo. São umas gracinhas. Enquanto isso, os ambientalistas (na maioria sociólogos de verdade, biólogos, arquitetos e cientistas de diversas áreas) continuam avisando que o navio vai naufragar quando for posto na água. Mas parece que o Rei já bateu o cetro e não quer voltar atrás. Bem como diz o ditado: a mentira não tem perna curta. Falta-lhe um dedo. Pobre Ministro!

domingo, 21 de junho de 2009

São ou não são umas gracinhas?

O Iluftríffimo Fenhor Previdente chamou os ambientalistas de mentirosos. Agora é pessoal.
Eu que me considero ambientalista de final de semana já me ofendo e parto pro contra-ataque. Primeiro, falo um pouco da bobagem (parece que "o cara", como disse Barak, está se especializando em falar bobagens publicamente. Isso não está relacionado ao folclórico idiota que os antipetistas vivem babaqueando, mas sim pelas afirmativas frágeis...) dita pelo Nosso Senhor Luiz Ignácio (é igneo mesmo).
Primeiro, diz que os ambientalistas não falam a verdade quando afirmam que a MP 458 favorece os grileiros. Isso me faz lembrar a Irmã Dorothy. Lembram do caso da Irmã Dorothy? Só pra ter uma ideia, caso a tal MP estivesse em vigor na época do crime, os assassinos da religiosa seriam penalizados com o direito à propriedade das terras que eram defendidas pela Irmã. Pensando bem, acho que entendi a posição do Previdente: quer evitar novos assassinatos. Como? Simples. Vai doar de uma vez as terras aos especuladores e grileiros (ou vender por preços simbólicos) pra evitar a disputa com essa gente chata e mentirosa que são os ambientalistas. A Irmã Dorothy poderia estar viva. Talvez tivesse perdido o gosto pela vida, mas estaria viva.
Também lembro de um cara chamado Francisco. Lembram do Francisco? O Mendes. Desculpa, esqueci de dizer que ele era mais conhecido pelo apelido. Chico Mendes. Pois esse também morreu mentindo. Também teria seus assassinos premiados com terras a devastar e a encher de gado de corte.
Por outro lado, percebi no primeiro mandatário da nação uma certa veia humorística. Ele disse que a MP vai proteger a floresta. Confesso que estou rolando de rir. Só falta dizer que pra evitar o desmatamento é preciso derrubar muitas árvores.
O que vai nos salvar é a repercussão internacional de tudo isso. Os mercados já anunciam que não comprarão nada produzido naquela região. Vão exigir saber da procedência. Até alguns grupos de supermercados "nacionais" anunciam o boi-cote. Quero ver onde isso vai chegar... aliás, quero ver até onde vai esse texto também.
Mas não perdendo o foco do post, queria retomar o contra-ataque anunciado lá no topo. Não preciso muito pra isso. Vou apenas lançar um apelo ao Previdente: por favor, Previdente, tente nos ensinar a ser sinceros. Comece sendo sincero, porque aprendemos melhor pelo exemplo.

E por falar em político que gosta dum traguinho (e todos têm esse direito, desde que depois não resolvam fazer fiasco em público ou ser sincero), assisti há pouco, na Record, o prefeito de uma cidade gaúcha que tomou uma jarra de vinho e saiu a passear na capital. Bateu num taxi. Achei uma graça quando entrevistaram alguns eleitores da cidade dele e ouvi algumas pérolas: "não fica bem porque é gente nossa". Quer dizer que fosse gente de outro lugar poderia. "Acontece com qualquer um". Esse já é confesso e deveria ser levado pra mesma jaula do prefeito. E a pior: "Dá vergonha (...) foi fazer fiasco justamente na capital". Quer dizer que em outro lugar poderia? O prefeito fez um fiasco incrível, mas os eleitores entrevistados superaram seu líder. Importante dizer que o político ainda tem a desculpa de ter feito tudo sob o efeito do álcool.

São ou não são umas gracinhas?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O mez da grippe

E o mez da grippe continua me castigando. Este otário não consegue desenvolver ponto e vírgula de útil. Na verdade, esse posto é só pra não abandonar meus (poucos) leitores. Mas os próximos dias prometem. Aguardem!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Santa intelectualidade

Veja que beleza
em diversas cores, veja que beleza
em vários sabores
a burrice está na mesa

Refinada poliglota
anda na esquerda anda na direita
mas a consagração foi o advento da televisão

Ensinada nas Escolas
Universidades e principalmente
Nas academias de louros e letras
Ela está presente

O texto em epígrafe é um resumo (se é que alguém tem direito a resumir alguma obra de arte) da letra de uma música do Tom Zé, o Frank Zappa do hemisfério sul. Na verdade, fico na dúvida se o Frank não é o Tom Zé ianque. De qualquer maneira, esse post não tem a intenção de comparar os dois e tentar descobrir qual é mais relevante. O fato é que um é tão inovador, irreverente e ácido quanto o outro. Mas quero me ater ao trecho citado acima.
A música leva o inteligente título de Burrice, algo na moda atualmente. É só olhar pros lados que já se encontra alguém tentando imitar essa moda. É engraçado, mas isso não nos abandona há séculos. A burrice já foi venerada desde os primórdios da civilização ocidental no Egito, passando pela Grécia, chegando à Roma Antiga e chegou aos dias atuais tão atuais quanto os próprios dias atuais.
Cada vez que acessamos algum meio de comunicação, seja em massa como um telejornal ou boca-a-boca público como os sites de relacionamentos (leia-se orkut, hi5 e outros) que logo nos deparamos com a tal.
Por que trago toda essa conversa aqui pro blog? Já conto.
Dia desses, ao participar de uma comunidade do orkut, me deparei com um debate sobre separatismo no estado do vice-governador golpista e mui amigo da universidade religiosa. Não resisti e fui olhar os argumentos.
Eram uns 4 elementos argumentando favoravelmente a que o estado da revolução de mentira se emancipasse do país da ecologia de faz-de-conta. Primeiro diziam que temos uma cultura diferente do restante. Nisso eu concordo. Da mesma forma que entre dois bairros de uma mesma cidade existem grandes diferenças. Falaram que a língua era completamente diferente. Lembrei que quando morei em Porto Alegre, percebi que quem morava no Bonfim, por exemplo, falava bem diferente de quem morava no morro Santa Tereza. Não lembro de o pessoal do morro ter se julgado capacitado pra criar um novo país. Depois, retomando a diferença cultural, disseram que os gaúchos, que nada mais são do que argentinos que não falam espanhol direito, eram de uma cultura superior em relação aos demais estados. Foi aí que lembrei do Tom Zé. Procurei alguém capaz de ser comparado a ele e não encontrei. Mas não quis entrar no debate, ainda. Sempre lembrando que o TZ é baiano, logo do estado mais estigmatizado. Fui adiante na minha leitura. Cheguei ao argumento da economia. Diziam os culturalmente superiores que se fosse criado um novo país, esse teria uma economia forte. Foi quando resolvi entrar na discussão. Não vou estender muito meus argumentos aqui, porque os próprios leitores já imaginam. Já deixei clara a relação do que foi defendido pelos separatistas com a letra da música do Tom Zé. Só vou falar dos últimos posts, de maneira resumida. Primeiro ataquei à superioridade cultural que vem da famosa Revolução Farroupilha, aquela que já citei várias vezes como de mentira ou empatada. Falei da mentira histórica sobre a tal revolta, principalmente o tratamento que os iluminados líderes deram aos escravos que lutaram pela liberdade. Depois ataquei o argumento econômico. Disse que seria um retrocesso, levando em conta que os países estão se reunindo em blocos econômicos justamente pra lhes dar condições de concorrer com os que têm maior territorio. Citei, inclusive, o exemplo da Comunidade Europeia, que já adotou moeda comum e tem parlamento próprio. Falei que há uma tendência a que o Velho Continente construam uma espécie de estado. Me rebateram, dizendo que eu deveria falar com os europeus. Quando eu falei que tenho contato com europeus e com brasileiros ou africanos que moram na região e que na maioria das opiniões desses conhecidos essa hipótese se confirmava, recebi uma resposta extremamente inteligente, tipo: "sempre tem um cara metido a saber dos segredos do universo..." ou "que cara metido... conhecedor e guardião dos segredos..." e tem um lá que disse, depois de muito admitir a própria ignorância sobre tudo que eu tava falando, que eu deveria fazer trabalhos braçais. Fiquei tão triste.
Fiquei triste em saber que um grupo que julga que mora num estado de cultura superior não consegue sustentar um debate um pouco menos achista. E olha que só falei em coisas publicadas na imprensa, como a coluna do Juremir, do Correio do Povo.
Precisei encerrar o debate. Agradeci pelo reconhecimento e comentei que não é todo dia que alguém reconhece a própria ignorância e assume que um debatedor é culturalmente superior. Depois disso, não tive mais vontade de acessar o debate. Desde então, a música do Tom Zé não me sai da cabeça.