quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Reportaji do oji e as intenções (inclusive as minhas)

Este otário é um eterno desconfiado. Está sempre pensando que há alguma intenção por trás das coisas. Ainda bem que se trata apenas de intenção. Por exemplo: sempre que vejo uma mulher bonita de minissaia, penso que está interessada em mim e que usa a roupinha pra me chamar a atenção. Bastará eu pedir o telefone pra ela dar. Mas eu não costumo pedir telefone porque daí a minha fatura vai às alturas e a minha mulher é indigesta, pode descobrir e isso me daria uma azia daquelas. Viram? Sou desconfiado dos desejos da usuária da roupa mínima e das consequências de eu levar a diante o assunto.
Por conta dessa disconfiança é que costumo acreditar em conspirações. Pra mim, tudo é conspiração. Tudo que acontece é consequência de um plano bem arquitetado pra me fazer acreditar que tudo é bem arquitetado pra me fazer acreditar... vamos a um exemplo concreto.
Não sou muito de assistir noticiário em tv, muito menos ouvir no rádio. Não tenho estômago. Mas de vez em quando (e muito de vez em quando) acabo assistindo ou ouvindo. Numa dessas, percebi o óbvio: existe um plano pra fazer com que eu acredite que existe um plano (e assim sucessivamente) que eu acredite que estejam forçando o indivíduo (no geral, não apenas eu, acho eu) a ficar recluso no recanto do lar. Imagino isso como única explicação lógica pro fato de se mostrar tanta notícia de violência contra as pessoas. Pra ter uma ideia, hoje o jornáu oje apresentou uma reportaji assustadora: "Em SP, uma pessoa é assaltada a cada 6 minutos", seguido de "uma mulher foi assaltada por um 'malabarista' num semáforo em SP". Ainda explicavam que "no final do ano, com o 13°, os assaltos saltam nas estatísticas" (troca-troca-dilho meu. Acho que os editores da emissora Marinho não conseguiriam criar algo assim, tão idiota). Qual o efeito disso? Nessa dúvida fico eu, viajando na maionese e pensando as minhas azneiras.E respondo: as pessoas passam a não querer carregar mais dinheiro na rua por medo de serem assaltadas. Isso beneficia a quem? A quem? A quem? (desculpem, mas o disco o disco o disco parece ter arran arran arranhado). Essa eu deixo pros leitores. Mas, muito antes de carregar o dinheiro na rua, as pessoas já temem sair à rua. A quem interessa isso? isso? isso? Duas respostas por meio de questionamento: o que as pessoas fazem quando estão em casa? De que forma as pessoas farão algumas coisas quando estiverem no aconchego do xilindró doméstico, como compras? Agora ficou fácil o leitor ver os meus devaneios. Existem outras viagens minhas, mas não vou encher os leitores com isso. Deixa pra depois. Até porque, do jeito repe-ti-ti-ti-ti-tivo que estou escrevendo, o post irá se alongar. Acho que com isso eu deixo os leitores desconfiados e achando que eu é que tenho uma intenção por trás dessa conversa toda, o que não é verdade!

Um comentário:

Profano disse...

Na verdade existem dois planos muito simples para não ser assaltado em São Paulo:
1º) Nunca ir a São Paulo;
2º) Se a ida for inevitável, esperar que alguém seja assaltado e permanecer apenas seis minutos na rua. Assim, consegue-se vencer a estatística.