terça-feira, 25 de agosto de 2009

Concha de talhos (no blog)

Segue, abaixo, a classificação atualizada do Brasileirão 2009.
Ando sem muitas ideias pra escrever, mas tendo muito assunto importante. Cheguei, realmente, a planejar postar algo como a tabela do campeonato mais fajuto da história do futebol mundial, mas fiquei pensando nos conselhos de uma amiga que diz que em boca fechada não entra moscas, então, resolvi ficar de boca fechada. Mas, em respeito aos meus leitores, ainda que poucos, resolvi postar apenas algumas referências aqui. Ando com humor fraco também. Não consigo fazer piadinhas sobre a macaca do Serra e do dedo do Lula. Então, vou pedir paciência ao caro amigo pra que acesse os blogs que referencio. Valem a pena.
O primeiro deles é o Zero Fora (na verdade, o primeiro já foi referenciado com link acima, mas esse aqui é o primeiro que tinha planejado pra essa listagem). Traz um texto importante sobre o projeto que queria (e ainda quer) roubar a orla do Guaíba dos porto-alegrenses (a reforma continua me confundindo). Além disso, também trata um pouco do assunto"sem-terra assassinado" e de como isso foi tratado pela grande mija do estado que ainda pensa que é província.
O segundo é o Cloaca News, do qual já tive a honra de chupar bastante coisa. Meus leitores devem estar lembrados que já inaugurei (este blog é igual a político"progressista" em época de eleição) uma sessão chamada Chupando da Cloaca. É exatamente disso que estou falando. Podem dar uma olhada nesse blog todo que vale a pena. Tem até filme pornô, mas tudo com um bom gosto (fiquei tentado em escrever bom-gosto, só pra confundir o leitor).
Bem, hoje, realmente, estou sem muita ideia pra escrever. Acessem as referências e depois me digam.
Quanto à tabela e classificação do campeonato brasileiro, podem ficar sossegados os meus leitores que provavelmente um time será campeão, juntar-se-á a outros 3 e ambos irão para a Copa Libertadores, aquela que homenageia quem os dirigentes do futebol mais odeiam...
Ah, também cairão 4 para a série B.
Mas, como ninguém é de ferro, segue um videozinho:

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Além de terrorista, ladrão...


Vou quebrar uma promessa hoje. Havia dito que tão cedo não falaria em política, muito menos na queridinha da família Sirotsky. Mas, como ando sem muito o que falar ultimamente, resolvi dar o ar da graça no assunto novamente.
Mentira minha. Na verdade, me senti ofendido pela dama das placas. Já havia me chamado de terrorista, o que eu rebati, mas engoli. Afinal, o que a grande mídia nomeia de terrorista, em muitos casos, são pessoas que só têm uma maneira de lutar. Mas agora passou dos limites. Ela disse que a culpa pelo desgoverno no estado que planta o que não se come é dos blogs. Isso mesmo! Segundo a visão dela, quem roubou o dinheiro do DETRAN foram os blogs. É só seguir o raciocínio:
A crise do estado está posta porque houve a operação Rodin, quando descobriram uma quadrilha que desviou aquela mixaria do DETRAN. Logo, quem criou a crise foi quem roubou. Quem diz que a culpa pela crise é dos blogs, está dizendo que quem roubou foram os blogueiros. Fiquei ofendido na pequena parte que me toca.
Diante disso, pensei em processar a ex-governadora, mas recuei. Decidi fazer algo pior. Vou mandar uma carta anônima a ela dizendo que ou ela me repassa a parte que me toca, ou vou usar meu blog pra roubar a casa dela e impedir os netinhos dela a irem à escola.


Fonte da imagem: Revista Caras / Edição 785 - Ano 15 - Número 47
Embora não seja muito aconselhável a leitura...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

otário desespero

Se aproxima a segunda época mais enfadonha do ano: a campanha "Criança Esperança".
Devido ao sucesso do show grobal, lançarei aqui a campanha "otário desespero", no qual eu me desespero em saber que muita gente entra na conversa fiada da emissora e faz doações que caberiam muito melhor no bolso da empregada. E o que é pior: os mesmos que doam pro (mal)dito fundo, são os que vivem arrotando contra os programas sociais. Não gostam do Bolsa Família que o governo federal dá e preferem colaborar com o Bolsa IR.
Então, convido o leitor a fazer parte da minha campanha e a enviar R$ 100,00 pra minha conta (tenho um pouco menos leitores do que a grobo tem em expectorantes) e ficar desesperado comigo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Miniconto

Este blog está se especializando em inaugurar coisas. Desta vez, inauguro a sessão Miniconto, onde eu escrevo alguma historinha que não pretendo publicar em livro. É uma forma de exercitar a capacidade de criação.
Este miniconto eu escrevi em 1970*, logo após a vitória brasileira contra a Itália na Copa do México. É incrível como isso ganhou sentido agora.
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Uma história de merda

Estava eu, um velho homem de 78 anos, sentado num banco de praça e lendo o caderno de esportes de um jornal local, enquanto observava um pouco o que acontecia na minha volta. Minha visão era um tanto parva e só conseguia perceber bem o que estava na minha frente e muito próximo, por isso, me concentrava mais na leitura do que no que estava acontecendo na praça. Em compensação, talvez infelizmente, minha audição era perfeita. Diziam que eu tinha ouvidos de tuberculoso, título que ainda tenho, passada uma semana do fato...
Minha leitura era atrapalhada pelo discurso de dois cidadãos que estavam atrás de mim. Um tentava desmoralizar o outro, com palavras sujas. Depois de algum tempo, senti algo estranho bater nas minhas costas, seguido de um cheiro insuportável de merda. Fui obrigado a dobrar o jornal e me virei pra olhar o que tinha me lançado o enfeite.
Avistei os dois cidadãos que debatiam numa cena... o da direita, usava um terno preto, camisa azul e gravata vermelha com estrelinhas brancas. Um chapéu vistoso lhe cobria a cabeça. Enquanto o da esquerda usava uma calça social preta, camisa azul clara levemente arremangada e gravata também preta. Não usava chapeu, mas gritava auto e esbravejava palavras bíblicas distorcidas. Ambos estavam com grandes baldes de merda de diversas origens. Tudo fedia. Enquanto eu pensava que estavam apenas debatendo e discutindo, estavam é fazendo uma guerrinha de merda. Teve uma hora em que aconteceu uma coisa engraçada: o da direita atirou um monte com as duas mãos e atirou no da esquerda, pegando-lhe num bóton que usava que acho que era de alguma igreja. Este ficou furioso pegou a bosta do fundo do balde, a mais fedorenta, e atirou no chapéu do da direita, derrubando-lhe o adorno da cabeça e expondo uma outra coisa que tinha em baixo, da qual eu não consegui identificar direito. Mas eu, como velho e vivido que sou, não quis ficar ali, aguardando chegar mais merda na minha roupa limpinha. Eu não queria feder como aqueles dois. Dei um jeito de trocar de praça e deixar os fedorentos de lado.
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*Em tempo: o autor deste conto é mentiroso. Diz ter escrito em 1970, mas nasceu em 1975. Não acredite numa só palavra dele.

domingo, 9 de agosto de 2009

TV otário distraindo leitores

Hoje me deu vontade de deixar um pouco de lado esse negócio de querer mandar aquela mulher embora. Pensando bem, não tenho vontade de falar de outras coisas também. Não sei nem por que eu continuo escrevendo isso. Acho melhor deixar de papo e apenas postar um videozinho pra entreter meus leitores com amenidades. Aí vai o vídeo:

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

TFP e o IR: PQP



É curioso o que algumas instituições de caridade precisam fazer pra sobreviver. Isso realmente me deixa triste de saber que gente que sempre foi boa pra nação, como a TFP, precisa até se esconder atrás de um grupo religioso e, além de tudo, ficar enviando correspondências estranhas às pessoas que sequer conhecem.
A imagem acima é de um boleto bancário que a minha mãe recebeu dias atrás, junto com um rosário e uma carta.
Fiquei emocionado em saber que "um deputado federal não-cristão" estaria pretendendo retirar o título de pradoeira do Brasil, ocupado por Nossa Senhora Aparecida, e que tem um grupo interessado em divulgar o nome de Nossa Senhora do Rosário por causa disso. É claro que fiquei curioso em saber por que divulgar o nome de uma santa se outra é que esta sendo "prejudicada" e, além disso, por que alguém envia um pedido de auxílio financeiro a um necessitado justamente com o propósito de ajudar um necessitado. Isso é equivalente a pedir dinheiro a um mendigo pra dar esmola a outro mendigo.
Depois de uma rápida lida, resolvi enviar um e-mail ao sujeito chamado João Sérgio Guimarães, o qual assina a correspondência, pedindo alguns esclarecimentos sobre o assunto (de onde saiu o endereço da minha mãe, por que pedir dinheiro pra quem não tem com o pretexto de dar a quem não tem). Pedi que me respondesse em curto prazo, afirmando (é claro) que assim poderíamos contribuir mais rápido. Enviei há 8 dias e ainda não recebi resposta.
Talvez eu tivesse conseguido resposta caso houvesse perguntado se a contribuição serviria pra manter uma entidade que apoiou a ditadura militar, serviu de X9 dos milicos e que defende, dentre outras coisas, que é justo que pouquíssimos detenham grandes propriedades (sem o mínimo pudor disso) enquanto outros não sabem se poderão tomar café da manhã.
Mas curioso, mesmo, é a observação que tem lá na faixa azul superior da imagem: "o abatimento do IR, previsto no decreto... não se aplica a esta contribuição". Fiquei pensando que isso é óbvio: em geral, as pessoas que são convidadas a contribuir são de baixíssimo poder aquisitivo e já são isentas de IR. A não ser que eu não tenha entendido algo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A saúde!


Dia desses tive uma conversa com um professor da minha graduação e falávamos do circo armado sobre a tal da nova gripe. Chegamos a uma conclusão velha e esfarrapada que Charles de Gaulle, expresidente (maldita reforma!) francês, assim o disse: o Brasil não é um país sério.
Chegamos a tal afirmação depois de observar que foram transferidos os inícios das aulas da rede pública de ensino em uma quantidade enorme de escolas municipais e estaduais, sem falar em universidades, e se deixou o comércio aberto, ônibus superlotando, jogos de futebol com arquibancadas lotadas...
Diante disso, fica duas possibilidades: ou a gripe é uma marolinha, ou as otoridades são estúpidas o suficiente pra deixar que o interesse econômico decida. Estou desconfiado de que ambas são verdadeiras.


Outra coisa que me faz pensar que esse país não é sério é o caso da Monsanto conseguir proibir, por meio judicial, a circulação de uma cartilha sobre alimentos orgânicos, publicadas pelo Ministério da Saude (argh! maldita reforma!). Como eu não fui notificado e a proibição não é direcionada a mim, vou postar uma cópia que tenho. É só clicar aqui, baixar e repassar por e-mail às listas de contato. Se tiver interesse, pode imprimir e distribuir aos amigos.
Caso não consiga fazer o download, deixa o endereço de e-mail nos recados que repassarei o arquivo.

Elegendo a desgovernadora

Em tempos de democracia, resolvi deixar o leitor escolher a forma definitiva que este blog tratará a desgovernadora do estado que mais deixa a gripe engrupir o povo. É só dar uma olhadinha no lado esquerdo e escolher dentre as opções. Não precisa de título.

sábado, 1 de agosto de 2009

A ironia e a (en)cobertura

Hoje acordei e, depois de ouvir algumas notícias no rádio e na tv, tive mais uma ideia pra mostrar aos meus alunos sobre o que é ironia. A seguinte notícia foi o mote:
O presidente da Câmara de Vereadores de um pequeno município gaúcho foi morto durante um assalto a banco. Segundo algumas testemunhas, o citado representante do povo, ao saber da ocorrência do assalto, deu de mão no seu oitão, pegou o automóvel (ia chamá-lo de bat-móvel, mas a nova ortografia e o hábito de se respeitar um falecido me fizeram deixar por automóvel) e foi fazer justiça pelas próprias mãos.
Veja bem o meu leitor que está longe de mim desrespeitar alguém que morreu tragicamente, mas não posso deixar passar a atitude tão comum a algumas otoridades da dita omanidade. Pois bem, deixamos o machadiano de lado. Voltemos ao caso.
Ao chegar no local do crime, o dito edil foi avistado por um dos policiais que certamente não o reconheceu e julgou suspeito que um sujeito chegue portando uma arma e conduzindo um carro preto até os vidros em um local onde ocorre um grande assalto. O que fez o servidor da segurança de tolerância zero da gobernanta? Mandou bala no político, num ato que seria simbólico caso fosse em algum determinado deputado federal, governador ou senador. Mas era um pobre vereador de um pequeno município. Esquecendo meu sentimentalismo barato de lado, lembro que era um pobre vereador armado. Aí eu chego onde queria: o que leva um sujeito a crer que ajudará numa situação dessas? Por que o cidadão resolveu ir de pistola em punho a um local de um crime?
O que matou esse vereador foi justamente o direito dele de andar armado. Foi a crença de que poderia resolver algo ou ajudar a resolver por ser otoridade e por andar armado. Foi, também, o imaginário coletivo da famosa "tolerância zero" em que diz que se tiveres uma arma, nada te acontecerá e, ao mesmo tempo, que se a polícia suspeitar de ti, poderá abrir fogo e perguntar depois. Aí que está a ironia. A sociedade assistiu de camarote o quanto aquilo que defende poderá se voltar contra. Não é um perfeito exemplo?
Mas esse post não acabou.

Depois de tudo isso, além do exemplo de ironia, ainda posso mostrar aos meus alunos como se comporta a mídia. Ao mostrar a morte do vereador, deixou passar muitos questionamentos. Vou postar alguns que pretendo levar aos meus alunos um dia:
1. Se fosse um cidadão comum com uma arma na mão?
2. O que o vereador tinha que ter ido ao local? Aliás, o que ele fazia armado?
3. Mesmo tendo sido um tanto precipitado, o policial não teve razão?
4. Por que o Lasier não comentou isso?
5. Por que a mídia gaúcha continua procurando fatos isolados pra encobrir os fatos interligados de corrupção e má administração do desgoverno Yeda/Feijó?
6. Esse espaço eu deixo ao próprio leitor que faça sua indagação.