quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cem posts sem vergonhas

É com muito falso orgulho que este otário anuncia o centésimo post. Aliás, anuncia não, escreve. Passemos a ele.

Hoje assisti algo hilário na tv. O vice-rei do estado que acampa na casa do inimigo está fazendo campanha contra o antegoverno gaúcho. O leitor pode perguntar: e o que que tem? Eu respondo: nada. Principalmente se pensarmos que o Feijó foi eleito juntamente com a levantadora de placas. Não é estranho? Podemos comparar isso a um sujeito que compra um carro, toma um porre junto com a mulher, ela dirige com ele no carona, batem o carro porque estão na manguaça e o cidadão acusa a companheira de beber e dirigir. Ora, o vice bebeu junto com a dona Rorato e agora que o carro bateu e foram pegos no flagra ele quer empurrar tudo pra cima da dona do palacete? Ora, têm que dividir alegrias e tristeza! Isso, na minha terra, é chamado de tirar o respectivo traseiro da reta. Imagino que isso seja porque ela deve ter levado mais do que ele. Mas o representante do Demo pampeano não precisa ficar tão nervosinho porque ainda tem boas relações com os reitores da universidade misteriosamente falida.

domingo, 27 de setembro de 2009

Prognósticos pros gnósticos

Iniciando uma nova semana, este blog, como está meio que sem assunto, resolve apenas filosofar sobre coisas corriqueiras. Iniciando pelo seguinte: é incrível, mas 2009 já está entrando nos momentos derradeiros! Faltam apenas noventa dias pra chegada de 2010, um ano curioso em que, se repararmos bem, o vinte vem antes do dez quando escrevemos e não é contagem regressiva. Além disso, será um ano cheio, com copa do mundo de futebol e eleições. Podemos, por causa disso, nos preparar pra dar-nos um feliz 2011, já que iniciamos com carnaval, em junho tem o torneio máximo do futebol internacional e em outubro teremos o pleito. Passaremos o ano todo preocupados com a escola de samba que será campeã, se a seleção da Branca de Neve ganhará em África e se os candidatos preferidos chegarão na frente. Nisso, o ano que vem não renderá pra mais nada. Os eventos citados serão cercados por outros de menor grau de visibilidade, tipo, o surgimento de mais escândalos políticos (vão querer derrubar candidato que não tá no mapa) e discutir a escalação do time dos contos de fábula. Podemos dizer, portanto, que faltam quinze meses pra 2011. Esse, sim, vai bombá!
Outra reflexão que este blog resolve fazer (o autor nada tem a ver com isso!) é relacionado à primeira. Trata da questão da política gaúcha (essa cacofonia é boa, mas fica melhor em música gaúcha). Será que teremos tentativa de reeleição da queridinha do Lasier (o estranho é que ninguém sabe bem ao certo se é Lasier ou Lazier, nem o próprio grupo RBD, digo, RBS)? (outra coisa que este blog sempre fica na dúvida é se a pontuação fica bem depois de parênteses). Aposto nela buscar a reeleição. Aposto, também, que aparecerá um candidado desconhecido e que não esteja na grande mija e que será eleito novo desgovernador do estado perdido no tempo e no espaço. Aposto que será alguém que vem com a conversa de que é preciso renoir, digo, renovar e que tem uma fórmula mágica pra resolver os problemas e todos cairão no papo furado do cidadão. Não convém ficar apostando em nomes, mas que esse blog desconfia, isso desconfia.

Deixando de lado essa bobageira toda, este otário está escrevendo um livro que se chamará "O nada ser". É um livro com mais de quinhentas páginas de papel feito de eucalipto da monocultura sulriograndense,tudo em branco. Minha intenção é inovar e receber diversos prêmios em dinheiro e muita fama, depois entrar pra Academia Brasileira de Letras e conselho estadual de meio ambiente.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Briga feia

Uma briga interessante é a de um blog contra um império. Quem tem interesse em ver isso de perto, poderá clicar aqui e conhecer a briga do Cloaca News (tá bem, não vou chupar mais de lá, apenas apontar) contra o Império. Basta o Império atacar que o Cloaca contrataca.E o pior é que o Império está ruindo nessa peleja.

Opiniões dos outros

Como hoje estou com pouca paciência pra discorrer sobre os assuntos que julguei assuntantes, resolvi fazer uma soupa de retalhos. São algumas coisas patéticas do comportamento humano que faço questão de mostrar. Dentre elas, escrever em blog quando a moda é o tal de tuíter. Aliás, isso é um assunto que merece atenção especial, o que levará em breve.
Então, serei breve e não farei comentários alongados, daqueles que quem lê acaba perdendo o mio da fiada e men se dá conta que tem um motne de letras trodacas no meio e que faz com que o produtor desse texto pace a herrar na hortographia de tãoto escrever, escrever, escrever...

Um assunto que me aflige agora é o quanto uma professora pode ser tão malvada. Pô, ela não se dá conta que pixador é o filho dos outros? O meu quer apenas se comunicar e não tem meios de expressão! Só por isso é que ele escreve o apelido na parede, próximo à carteira (na minha terra se diz classe...) e a ditadora já faz o mimoso guri pintar toda a escola. Não se faz mais professores permissivos como antigamente! Professora, vou repetir: pixador é o filho dos outros! O meu, já até contratei um adevogado, é apenas um incompreendido!

Outra coisa que me irrita são os ecochatos. Pô, não conseguem perceber que estamos preparando a terra pras futuras gerações? Ora, sabemos que a terra tem uma população assustadora e que cresce (a população, não a terra) rapidamente. Por isso é que tem uma quantidade enorme de cientistas trabalhando pra gerar mais lixo plástico. Assim, vamos ampliando o continente flutuante e preparando ele pra receber nossos netos. Com isso teremos espaço pra todos. É a ciência colaborando com o futuro.
Pensei nisso quando um amigo meu comentou comigo que essa história dos garrafões de água mineral têm vida útil de 3 anos. Ele teve a cara de pau de me olhar e falar em tom de sarcasmo: "e quanto tempo de vida inútil?". E terminou sugerindo que deveríamos adotar o vidro pra envazar os líquidos. Nem respondi.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Século XXI, novo canto de liberdade!

Como a Aurora, insestuosa
e seus divinos faróis de milha acesos
junto com os vinte e sete membros
fui precursor da sua liberdade

Mostrai teu valor, Constância
nesta cama - qual teu nome de guerra?
sirva-nos, nos faça tudo, não te acanhas
demodê é quem não se entrega

Mas não te basta, Gertudes, pra ser liberto
ir pro norte, ter morrido, ler algo do Olavo
de novo se não te veem virtude
fingimos a revolução dos cravos

Cobrai teu valor, Constância
puta na cama, dama na mesa - e o nome de guerra?
sirva-nos, nos faça tudo, não te acanhas
demodê àquem se esfrega.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Elocubrações e ilações conjecturais da efeméride *

Certas pessoas, quando sentem uma vontade incontrolável de falar qualquer coisa, deveriam ir ao banheiro. Isso porque muitas vezes confundem o encéfalo com o intestino.





* Tradução: pensamento do dia.

Voltando a chupar da Cloaca

Depois de mais uma pequena pausa nas postagens, este blog retorna e retorna fazendo uma coisa que gosta muito: chupar da Cloaca News. Dessa vez, resolvi chupar tudo, tudinho mesmo. Não deixei nada que pudesse ficar de fora dessa cuninlingua informativa.
Não poderia deixar passar a informação. É um escândalo o que a Brigada Militar está fazendo com um grupo de sem-terras (semterras?senterras?) em São Gabriel. Aliás, eis uma cidade muito estranha em se tratar de agricultura. Mas deixamos pra depois. Leiam o que chupei do Cloaca:

"GENOCÍDIO IMINENTE: YEDA MANDA POLÍCIA ISOLAR FAMÍLIAS DE SEM-TERRA


De acordo com postagem do Diário Gauche, um grupo de 450 trabalhadores rurais sem-terra acampados no munícipio de São Gabriel, interior do RS, está sendo impedido de ter acesso a qualquer espécie de gênero alimentício, graças a uma barreira formada pela Brigada Militar. O bloqueio à comida imposto pela polícia tucana já estaria provocando casos de inanição entre as crianças. Diz mais o relato: "Os policiais também dificultam a saída de pessoas doentes do acampamento. As poucas pessoas que, depois de muita insistência, conseguem ir ao hospital da cidade, ainda passam por interrogatório exaustivo pelos policiais no próprio hospital. As famílias estão em um verdadeiro presídio a céu aberto".É grande o temor por uma nova carnificina na região. No último dia 21 de agosto, em uma ação brutal de reintegração de posse, no mesmo município, o agricultor Elton Brum da Silva foi fuzilado com um tiro nas costas pela mesma Brigada Militar. Até agora, o nome do assassino não foi divulgado pelo governo da ré tucana Yeda Crusius."

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sete de Setembro

Ou ficar a Pátria livre
ou morrer pelo Brasil

As belas palavras acima tentam sintetizar o sentimento nacional no dia mais importante pra uma nação tão desgrudunhada. Mas quem se atreveria a morrer por uma pátria insoberana e mórbida, incapaz de assegurar os poderes da maioria? Uma pátria que se pretende livre quando ainda se organiza em torno da obediência ao clero e aos favorecidos e não aceita que se reparta um punhado e se deixa as braçadas no domínio de quase ninguém! Que pátria! Que pátria! Que pátria!
Ao que parece, apenas os moribundos são patriotas. Apenas os mendigos são patriotas. Apenas os sequestrados são patriotas. Apenas os esfomeados são patriotas. Apenas as putas são patriotas. Os negros favelados são patriotas. Os assaltados são patriotas. Os atropelados do trânsito. Afogados. Drogados. Apenas esses são patriotas porque são os que morrem pelo Brasil. E a maioria esmagadora deles não tem a mínima ideia do que quer dizer a palavra pátria, muito menos consegue ser enganado pelo significado da palavra liberdade!
Que pátria!
Que pátria!
Que pátria!

sábado, 5 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A semana lavada e passada a ferro limpo (por partes)

Os últimos dias foram de muita polêmica polissêmica: teve professora dançarina, que, embora não seja exatamente uma professora de dança, dançou num show baiano e dançou porque dançou; teve, finalmente, o retorno às aulas da rede pública gaúcha (essa cacofonia só não supera a da música gaúcha), depois de um longo período de parada para dar uma segurada na gripe; tivemos os anúncios do pré-sal (pena não podermos dizer pressal! as palavras novas poderiam ter entrado na remorfa e deixado as antigas como estavam...). Tudo isso em pleno período cívico, que por sinal, também é uma palavra que, em determinada letra, é só puxar uma perninha...
Destes assuntos, vou me ater primeiro ao primeiro. Aos fatos.
A professorinha que todo aluno heterossexual adolescente pediu a Deus, dava aulas de matemática. Ao que parece, resolveu mostrar os produtos dos meios e comprovar que eram equivalentes ao dos extremos. Foi num show de pagode, ou de axé, não sei bem ao certo diferenciar algumas coisas nessas horas. O vogalista (sim, alguém que canta "aê, aê, aê... eô, eô, eô..." só poderia ser chamado assim) chamou interessadas em dançar no palco. A prof resolveu se apresentar e dar seu próprio showzinho. Mostrou a hipotenusa sem sair pela tangente. Foi filmada por alguns celulares (provavelmente algum coleguinha sacana que botou pilha pra que ela subisse e depois sacaneou, num mau sentido, é claro). Tudo foi parar no youtube e pra tv foi um pulinho, ou uma descidinha, não sei bem.
Tudo isso é tratado como um escândalo, tanto que acabou dançando, também, na escola que trabalhava. Eu, particularmente, não considero a atitude escandalosa, porém, vejo a demissão como correta. Explico.
A prof cometeu um erro gravíssimo sim. Tá bem, foram dois, porque a escolha do estilo musical na qual ela resolveu dançar também deve ser considerado. O pecado nem chega a ser na exposição da figura, como diriam os noveleiros antigos. O problema, mesmo, é ela ainda culpar a bebida alcoólica. E ainda tem muito pai apontando o dedo pra ela em sinal de desabono, mas olhando o youtube e a desejando. Ao mesmo tempo, tem muita mãe maldizendo a dita e invejando o fato de ela ter um corpo bonito. E as colegas de carreira, então, nem se fala. E não estou falando das dançarinas, me refiro às demais professoras. Estão apedrejando-a porque cometeu um erro. Engraçado, mas se ela estivesse desfilando numa escola de samba durante o carnaval carioca, mesmo que seminua, seria motivo de orgulho pra categoria. Mas acho que a escola teve suas razões na demissão. Seria um perigo a professora continuar nas aulas. Imagino a correria dos adolescentes ao banheiro na hora do recreio. Por outro lado, não creio que o caso seja do apedrejamento doentio da moça porque fez o que fez. Alguém, algum dia, disse que ser professor não é profissão, é sacerdócio. No que eu discordo: ser professor é um castigo. Não podemos enrolar um aluno como um advogado maldoso pode fazê-lo com um cliente ingênuo, não podemos distorcer fatos como um jornalista vendido o faria, muito menos um erro nosso será contornado e abafado por um colega, como acontece com alguns médicos. Mas temos o dever de sermos os cidadãos perfeitos numa sociedade completamente retorcida. Tá, tá, cansei de tanta conversa fiada. Vejam o vídeo da professorinha e tirem suas próprias conclusões.
Só digo que fica um ensinamento disso tudo: antes de subir num palco pra dançar, certifique-se de que está usando uma roupa íntima que não machuque os catetos.

Bem, acho que o leitor já está cansado desse post. Vou deixar a volta às aulas, o pré-sal e o período cívico patriótico pra amanhã. Assim dá tempo pra vocês descansarem um pouco.

Caso tenha interesse, pode conhecer o vídeo clicando aqui.