No post anterior, tentei informar meus leitores sobre a passagem do genial José Saramago deste mundo. Depois disso, surgiram alguns comentários que, creio, deixei passar batido. Acho que devo postá-los agora, em nova postagem, porque é uma forma de digerir melhor a notícia.
Começo por duas falas do próprio escritor. A primeira, de que os cientistas não sabem de nada, mas explicam tudo, enquanto que os poetas sabem de tudo, mas não explicam nada. A segunda, inclusive já foi citada no Sul21 e que acompanha algumas coisas que já escrevi aqui: o tuíter!: “Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido”. Não vou estender essa discussão ainda mais. Até mesmo por não ser necessário.
Termino as observações pela experiência que tive hoje à tarde. Ao chegar na escola que trabalho, estava cabisbaixo com a notícia. Pensei em pedir atenção de todos na Sala do Avon e dar a notícia, mas algo me conteve. Fiquei lá, aguardando o início da aula. Então, a maioria dos colegas foi pras respectivas salas e eu fiquei com mais duas professoras um pouquinho mais, já que as nossas turmas entram minutos depois. Nesse instante, percebi a tv ligada e a chamada pra notícia da morte de Saramago. Claro que isso foi noticiado beeeeem depois que terminou o jogo da Copa. Então, uma das colegas que parecia desatenta perguntou: "quem morreu?" e a minha resposta foi mais que de bate-pronto (pra usar a linguagem futebolística): "Saramago". Pra minha surpresa, da mesma forma que respondi, recebi outra pergunta: "e quem era ele?". Foi o suficiente pra me deprimir. Definitivamente.
Começo por duas falas do próprio escritor. A primeira, de que os cientistas não sabem de nada, mas explicam tudo, enquanto que os poetas sabem de tudo, mas não explicam nada. A segunda, inclusive já foi citada no Sul21 e que acompanha algumas coisas que já escrevi aqui: o tuíter!: “Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido”. Não vou estender essa discussão ainda mais. Até mesmo por não ser necessário.
Termino as observações pela experiência que tive hoje à tarde. Ao chegar na escola que trabalho, estava cabisbaixo com a notícia. Pensei em pedir atenção de todos na Sala do Avon e dar a notícia, mas algo me conteve. Fiquei lá, aguardando o início da aula. Então, a maioria dos colegas foi pras respectivas salas e eu fiquei com mais duas professoras um pouquinho mais, já que as nossas turmas entram minutos depois. Nesse instante, percebi a tv ligada e a chamada pra notícia da morte de Saramago. Claro que isso foi noticiado beeeeem depois que terminou o jogo da Copa. Então, uma das colegas que parecia desatenta perguntou: "quem morreu?" e a minha resposta foi mais que de bate-pronto (pra usar a linguagem futebolística): "Saramago". Pra minha surpresa, da mesma forma que respondi, recebi outra pergunta: "e quem era ele?". Foi o suficiente pra me deprimir. Definitivamente.