domingo, 28 de março de 2010

Marina, morena, você se pintou...

O pior que pode acontecer com um ser humano, depois, é claro, das violências físicas e psicológicas, da escravidão, da tortura e da unha encravada, além da gravidez não planejada e da Zorra Total, é a manipulação da sua consciência. E isso vem acontecendo sistematicamente comigo. Não tem momentos em que a mídia não esteja fazendo um enorme esforço pra moldar a minha opinião. Querem que eu tenha determinadas ideias. E estão conseguindo! Estão fazendo um esforço enorme pra que eu me torne petista e, aos poucos, vão conseguindo. Embora eu relute bastante. Tenho muitas restrições ao governo Lula. Dentre elas, as questões ambientais e os crimes contra a terra que as obras do tal PAC vão cometendo. Acho que a história do tal mensalão ainda ficou muito mal explicada, embora não consiga, eu, definir se sou a favor, contra ou a favor de quem é contra e contra quem é a favor. O que sei, é que minhas críticas a este governo são nessa ordem. Por isso, eu estava tendendo a apoiar a Marina, até porque, Marina, morena, você se pintou... mas ela se pintou de verde. Um Verde meio Gabeira. E sabem quem é o vice do Gabeira? O cara que comandará a campanha do Zé Serra.
Mas deixemos a politicagem de lado. Só digo que abro meu voto pra Dilma e pronto. Digo que, embora todo o esforço da mídia em me fazer petista, me tornei apenas simpático à candidatura apoiada pelo Previdente. Ah, prometi deixar a politicagem de lado, mas ainda não é hora. Sigo na minha politicagem. E respondo o que o leitor estaria querendo saber no momento: como a mídia nacional (aquela liderada pela rede Grobo, funk!, como diria Didi Mocó) estaria tentando me fazer petista? Resposta óvibia: quando eles dizem algo, faço o contrário. Temo que eles tenham descoberto isso e resolveram tentar avacalhar com o atual governo e com a candidata só pra que eu tome postura contrária. Por exemplo: eles dizem que os professores paulistas são baderneiros e eu acredito o contrário, que alguns policiais a mando de Zé Serra é que baixaram o cacete. Vi, inclusive, uma foto de um manifestante carregando uma policial ferida (inclusive lembrei da querida amiga Mulher na Polícia). Vi o quão humanos são os dois lados (policiais e manifestantes, não o Zé) e que a mídia costuma usar os seus cacetetes pra incriminar um ou outro, conforme o gosto do patrão. Mas o que eu estou fazendo? Estou falando sério num blog de tolices! Assim não dá. Esqueçam o que eu disse. Só lembrem que eu estou apoiando a Dilma porque a mídia nacional exige isso de mim.

domingo, 21 de março de 2010

Das palavras que não aturo!

No lexico da língua portuguesa, principalmente a maneira falada no Brasil, existem palavras ou expressões que me deixam deveras sacocheiado. Algumas, apenas por serem feias, como unha e força. Outras por grande capacidade de dizer exatamente nada ou por ser empregada pra mentir. Nesse caso, preparei um curtíssimo glossário pra deixar aos meus leitores, indicando porque este otário não aguenta determinadas situações faladas.
Iniciamos por algo muito em voga: Empreendedor (e derivados, como empreendedorismo). Esta palavra tenta significar "alguém que empreende" ou "alguém que faz algo enquanto os outros ficam apenas se coçando". Pra mim, significa "alguém que encontrou a oportunidade de lucrar nas costas de outrem" ou "alguém que tem boas relações com o poder e consegue, por conta disso, sonegar impostos, promover concorrência desleal e lucrar com a desgraça alheia".
Outra que também não está demodê é a expressão Ecologicamente correto. Esta expressão tem como finalidade designar "algo que se preocupa com as questões das mudanças climáticas". Pois pra este que vos escreve significa "forma com que se referem pessoas que não dão a mínima pras questões ambientais mas que precisam adotar uma expressão pra ter um discurso que 'pega bem' diante do público" ou, ainda, "golpe de marketing de quem quer ficar bem na foto e não quer resolver nada", além de "maneira de se referir a algum paliativo como algo que anulará as agressões que o capital fez ao planeta".
Complementando esta demonstração de palavras e expressões da hora, temos Incrementar. Poderia significar "qualificar", "ampliar", "aprofundar" ou outras próximas no campo semântico. Porém, nada quer dizer. Sempre que alguém disser "vamos incrementar a educação" ou "o sistema de escoamento pluvial recebeu um incremento", pode ter certeza o leitor que nada mudou na educação ou no sistema de escoamento pluvial. Incrementar é exatamente isso: uma forma pomposa de dizer "vamos fazer não sei o que com isso, então, vamos incrementar". Aliás, incrementar é prima-irmã (mas não o oposto) de excrementar!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Saudosismo

Ando saudosista. Revirando os índices de acesso a este blog através do contador, percebi algumas injustiças. O campeão de buscas no google é o nome do cara da TFP que nunca me respondeu o e-mail.
Mas como esse cara não tem mérito nenhum, resolvi "puxar" meus leitores pra postagens antigas que eu gosto mais. Inicio com uma em que falo em sexo, a qual já tem quase um ano. Quem tiver interesse em ler sobre o assunto "perda da virgindade" e tiver estômago pra tanta bobagem que digo lá, basta clicar no link e muito prazer!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Rapidinhas nem tão rápidas assim.

Não sou dado a imitar jornais (até porque temos temerários jornais marrons). Prefiro tentar encontrar um estilo de escrita próprio. Aliás, meus leitores já perceberam. Fico inventando textos prolixos pra falar de pouca coisa, fazendo joguinhos de palavras e tudo mais. Tento ser algo como um cafetão do caos lexical. Eu disse tento? Claro que tento!
Pois bem. Embora não seja dado a imitar jornais (até porque temos temerários jornais ronsmar), desta vez, só desta vez, o farei. O prezado leitor (note que não uso sexismo. Pra mim, o gênero dos substantivos nada tem de relação com o sexo das pessoas, então, quando digo leitor, me refiro a leitores e leitoras, sem necessidade de explicar). Pois bem. O prezado leitor sabe que existem páginas em jornais, principalmente os mais ordinários, com notícias curtinhas. Sempre vem um título e uma notícia bem curtinha, cheia de efeitos e frases prontas. Então eu preparei algo nesse sentido. Por isso é que estou desenvolvendo este parágrafinho longo. Mas se já chegamos até aqui, não perca o que segue:

Janela$Window$
Fiquei sabendo que os EUA estão tentando barrar judicialmente o crescimento do softwere livre. Exigem medidas drásticas contra os governos dos países que resolveram adotar Sistemas Operacionais que não exigem pagamento de módicas quantias de aproximadamente R$800 por máquina instalada. Ou seja: querem que os governos paguem, mesmo que não tenham interesse por algo pago.

Criminalidade
Parece que em Porto Alegre inventaram o novo tipo de crime: assaltar, matar pra roubar sem roubar e sem declarar assalto. Quero crer que o caso do Secretário Eliseu Santos não tenha o mesmo fim do caso Daut, que foi um jornalista brutalmente assassinado nos anos 80 e nunca foi encontrado o culpado pela ação.

Acidentes acontecem...
Após o término do carnaval, em Pelotas/RS, um trabalhador que desmontava, junto com os colegas, o sistema de iluminação e sonorização da chamada "passarela do samba", mas que podemos denominar de "passarela do abate", morreu eletrocutado. Subiu em uma escada metálica para mexer em eletricidade. Lembrando que o trabalhador prestava serviços para uma empresa contratada pela prefeitura, ficam as perguntas (procure o leitor se informar e ficar estarrecido): quem deve ser responsabilizado? Quem matou mais esse trabalhador brasileiro?