sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Império Romano - IR, por Groucho


Ainda não recuperei meu bloquinho de anotações. Isso faz com que eu continue dependendo da memória que também não é lá essas coisas. Então continuo no meu esforço pra ter assunto pra escrever, já que, quando lembro, estou longe de um computador e quando estou próximo, esqueço o que queria dizer. Assim vou.
O flato, digo, o fato é que lembrei de algumas amenidades que gostaria de partilhar com meus leitores.
A primeira historinha diz respeito ao recesso julino. Durante a última semana do mês que homenageia Júlio César, houve as tradicionais "férias do Júlio" que, segundo reza a lenda, teve início no Império Romano, quando o Imperador (ave!) saía a conhecer belos lugares, belas mulheres e belas mulheres dos lugares, além dos belos lugares das mulheres, deixando Roma em férias. Esse costume veio até a atualidade, porém, sendo incorporado apenas ao calendário escolar. Sigo a história.
Durante as tais férias, fui viajar ao Uruguay. Não quero ficar tecendo comentários turísticos sobre a hospitalidade do povo de lá, nem que Montevideo é uma cidade fantástica. Quero falar é de um momento epifânico que lembrei de ter tido quando estava lá. Explico: há um tempo, tive uma epifania: sou marxista, mas não pelo pensamento do Karl e sim o de Groucho. Só não me peçam pra explicar o que significa ser marxista pela tendência de Groucho. Recomendo ler a respeito e assistir os filmes. E agora isso me veio à cabeça, graças à campanha política. Corta esse parágrafo aí, menino!
Outra narrativazinha que veio ao desembaraço é a respeito de quanto a justiça e a mídia nesse país continuam caçando borboletas. Pensando bem, essa historinha se parte em duas: a primeira, diz respeito ao famoso arqueiro que teria esquartejado a mulher e, com ajuda de um fiel escudeiro, atirado os pedaços aos cães, além de enterrar os poucos pedaços restantes no concreto. Tem testemunha e tudo. Porém, como não se encontra o corpo, a justiça começa a trabalhar pela hipótese de não haver assassinato, já que não há defunto. A hipótese agora é a da lesão corporal. Aposto minha reputação (que já não é lá essas coisas) que os dois serão absolvidos. Sem quebrar parágrafo, sigo em direção à segunda (quem mudou de linha foi o editor de texto, o que pode ser reparado pelo inicio do outro assunto na mesma linha, marcado pela fonte em destaque). Vazou a declaração de IR de alguns políticos chegados ao candidato Serra e ao ex-presida FHC. A mídia toda bate em cima pra que se declare que foi alguém ligado à Dilma quem fez o furo pra fazer a coisa vazar. Até aí, tá legal. Vazar a intimidade dos outros é uma coisa muito feia. Mas o que tem na tal declaração que faz com que essa gente má tenha pretensão de torná-la pública? Ou refazendo a pergunta: a tal declaração de IR compromete a quem?