segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pode me ler, mas não precisa seguir

Já escrevi aqui que não gostava muito do tal de tuíter. E o pior é que o negócio virou uma febre, o que, segundo meus parvos conhecimentos da medicina, concluo que é sinal de uma doença infecciosa.
Por outro lado, Autran Dourado já disse, em "O risco do bordado", que períodos longos não são pra iniciantes. Juntando a isso, Jorge Furtado, ao fazer "O homem que copiava", afirmou que estamos numa época em que algumas pessoas têm memória de peixe. O produto dessas duas informações é o próprio tuíter. Quem não é muito chegado a escrever, acaba escrevendo pouco, de maneira curta, e em segundos o leitor esquece o que leu no hipertérmico instantâneo, justamente por ter outra breve informação logo alí, ao alcance dos olhos parados. Também é possível olhar aquele vídeo do iutubi, acessar orkut (leia-se colheita feliz), falar no msn, mandar sms, tudo ao mesmo tempo em que se lê e escreve no tal segundário.
Nem discuto a questão da pretensão de se achar que quem está no tuíter não tem leitores: tem seguidores.
E para acalorar mais este post que já ultrapassa os 39°C de temperatura, resolvi postar um vídeo do iutubi, produzido pro programa Massaroca, da TV Cultura. Mas um aviso: não é um vídeo de humor, mas um trabalho bem-humorado.


quarta-feira, 12 de maio de 2010

Há um ano, este otário falava

Gosto de apontar a incoerência dos outros. Não é legal? Minha mulher, por exemplo, sempre diz que é uma santa. Vivo exigindo que ela seja coerente. Ora, uma santa não deve perdoar a infidelidade? É o mínimo que se espera! Eu não. Sou mundano e não consigo perdoar. Ai dela, santa e casta, se for adúltera e não aceitar minha condição de infiel. Tá bem, eu sei. Meu leitor já matou a charada: não tenho mulher.
Na verdade, a mulher é que me tem e é ela quem exige tudo isso de mim. Eu só defendo essas coisas, mas não faço. Viu o que é ser incoerente? Incoerente e confuso.
Mas tanto gosto de apontar pros outros o meu dedo sujo de contradições que não consigo poupar nem a mim mesmo. E olha que contradição não é exatamente a mesma coisa que incoerência.
E pra que o leitor veja o quanto sou incoerente, vou pôr um link pra algumas postagens do ano passado, mais ou menos nessa mesma época. Clique aqui e leia por você mesmo, caro leitor.
E antes de mais nada, antes que alguém fique procurando incoerência entre o que disse naqueles dias e hoje, terá uma surpresa em perceber que está tudo aqui.
E (outro e...) atentem pros erros ortográficos: tudo fruto da preguiça em revisar...

Bem, olhando pra este post, nem sei se os leitores continuarão a ler este blog. Acho que agora me abandonam. Todos.