quinta-feira, 2 de julho de 2009

Assuntos que não quero falar

Não quero falar aqui da polêmica do astro pop que morreu ou não morreu, das polêmicas do Senado (aliás, tenho uma imagem a publicar no próximo post. O leitor não deve perder) e não quero falar da gripe que ganhou status de popstar e ganhou proporções polêmicas que lembram os escândalos políticos. Na verdade, até quero, mas prefiro falar de algo mais produtivo: a Ana Maria Braga!
Uma manhã dessas, assisti uma entrevista que a apresentadora de culinária fez com um diretor da ANVISA sobre a tal gripe e a transmissão que poderia vir da Argentina, dentre outras pérolas da imitadora de mulher gato ou do zorro, não sei bem. Vou apenas mostrar, mais ou menos, conforme minha memória permitir, alguns trechos da raridade. Um verdadeiro show de condução jornalística. Até já comecei a defender que os jornalistas não tenham diploma de jornalismo, mas de culinarista ou gourmet, que foi o que deu certo com a Namaria.
A primeira pergunta que vi ela fazendo foi algo do tipo "estive há pouco na Argentina (...) a gente chega no aeroporto e tem diversos cuidados (aquele circo todo de quem quer parecer que está fazendo algo - comentário meu) (...) a Argentina está muito mais preocupada do que o Brasil com a entrada da GRIPE SUÍNA (sim, ela continua botando a culpa no porco). O que a ANVISA está fazendo?" e o diretor citou claramente as medidas adotadas e inclusive falou sobre o monitoramento nos aeroportos e a criação de referências, preparando e informando os profissionais e a população, sem alarde. Falou que a Argentina está aparentando maior preocupação (...) não proibimos o pouso de voos provenientes do México". Teve a descência de não lançar críticas, como "se a Argentina está tão preocupada assim, como é que a doença chegou e se alastrou muito mais rápido lá?" (pergunta minha). A aprendiz de cozinheira logo retrucou dizendo "não era isso que eu estava perguntando, o Sr está desviando do assunto (...) eu perguntei como é que está a situação da GRIPE SUÍNA na Argentina..." e aí eu perdi a paciência com a garota-propaganda de clínica geriátrica e resolvi retornar à aula e apenas lamentei o tempo que o diretor da ANVISA perdeu. Se ele tinha interesse em aprender a cozinhar, poderia fazer um cursinho de cheff e deixar figura jovial da Namaria Draga de fora disso.
Pensando bem, eu também perdi um grande tempo que poderia ter dedicado a escrever sobre a morte do popstar ou sobre os escândalos de Sir Ney (como define Millôr). Sinceramente, acharia mais justo se pudéssemos inverter esses fatos.

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