sexta-feira, 17 de julho de 2009

O negócio é botar o lixo no lixo

A gente percebe a ascensão e a decadência de uma sociedade pelo comércio. Quem compra muitos aparelhos de informática, provavelmente tem interesse em melhorar as comunicações. Quem compra muitos livros, certamente pretende qualificar a construção cultural e educacional do país. Se alguma nação costuma comprar muito petróleo ou outra fonte de energia, é sinal de que o transporte e/ou a indústria está(ão) se desenvolvendo.
Agora, o que dizer de um país que importa merda?
Isso mesmo. O Brasil está importando merda. Dias atrás, chegou aos portos de Santos e Rio Grande grandes conteiners de lixo de diversos tipos. Dentre eles, absorventes íntimos femininos e fraldas descartáveis devidamente descartados, além de outros de menor importância como lixo hospitalar e outros resíduos tóxicos. Nossas otoridades fazem questão de negociar a devolução. Coisa mais lógica. A merda e o chico devem estar vencidos, então, precisam negociar e discutir com algum órgão internacional equivalente ao Procon a possibilidade de mandar de volta o lixo. Um leitor do Correio do Povo chegou a sugerir trocarmos os degetos pelos nossos políticos, coisa que eu não concordo. O resultado do trabalho dos políticos por lá pode ser mais resíduo tóxico pra nós. Eu tenho sugestões:já pensaram em procurar os responsáveis por importar a porcaria e botar no xilindró? E parece que tem empresa que se denomina "socialmente responsável", justamente por reciclar lixo, envolvida nisso. Ou seja: estão sendo socialmente responsáveis com o lixo dos outros. No reciclador brasileiro é refresco. Já pensaram em botar tudo de volta no contêiner e enviar, sem aviso, sem dó e piedade (foi assim que veio parar aqui) de volta ao país de origem?

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