domingo, 10 de janeiro de 2010
Post rápido, antes que seja tarde, sobre nomes curiosos
Viram? Cortei! Agora vou falar do que eu realmente quero. Vou falar de algo que vem me tirando noites de sono, como o motivo que leva alguns músicos em colocar títulos esquisitos em suas músicas e em bandas escolherem nomes estranhos.
Começo falando de algumas bandas, obviamente de rock.
Certamente o meu leitor já ouviu algo da Graforreia Xilarmônica. É um nome estranho mesmo. Parece que foi tirada de um dicionário. E foi. Mas isso já não soa tão estranho assim. Estranho mesmo é abrir o hd do meu pc e escutar coisas do tipo "Atahualpa Y Os Panquis", "Aristhóteles de Ananias Jr", "Filhos da Pauta", "Júpter Apple" (embora esse não seja algo tão esquisito assim, mas devidas as circunstâncias em que surgiu, realmente surpreende). Mas esses são alguns nomes e dos menos estranhos.
Mas o interessante mesmo é observar títulos de música. Aí a coisa não fica só no rock. Tem muita gente de várias tendências musicais. Aí vai uma listinha que deixo aberta ao leitor que queira contribuir e aumentá-las:
* Canibal vegetariano devora planta carnívora - Engenheiros do Havaí;
* Do mastigativo ao defecativo - Falcão;
* Lem-ed-ecalg - Módulo 1000;
* Pra viajar no cosmos não precisa gasolina - Nei Lisboa;
* Jesus não tem dentes no país dos banguelas - Titãs;
* Ou é ou deixa de é - Falcão.
Claro, é apenas uma listinha bem pequena pra provocar os leitores que conhecem outras, inclusive outros "artistas" que tenham nomes estranhos. Conheço outros, mas não pretendo ficar pesquisando e citei só o que lembro no ligeirão, antes que meu outro eu apareça e me faça deletar este post e retome o papo político chato. Por favor, leitores, contribuam antes que seja tarde e esse outro otário que vive dentro de mim resolva deletar este texto.
* Em tempo: este comentário foi escrito em duas etapas porque, quando estava na metade dele, meu outro eu apareceu e precisei desligar o computador antes que ele tomasse as rédeas. Terminei tudo rápido agora pra evitar que aconteça o mesmo. Se esse post for publicado, é sinal de que fui mais rápido que el
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
URGENTE

Recebi, por e-mail, o texto abaixo e acho melhor publicar agora. Trata de mais um trabalho (de tantos) da Mulher Tocha. Agora quer privatizar a tv púbica do estado. Leia o texto que segue abaixo:
"Olá queridos (as) amigos (as),
Os funcionários da TVErs/FM Cultura estão se mobilizando para evitar o fim das emissoras públicas no RS.
Favor, leia o Manifesto em: http://forumtve.blogspot.com/2009/12/tve-e-fm-cultura-correm-risco-de.html
A primeira ação seria manter a TVE na tua atual sede no Morro Santa Teresa (Rua Corrêa Lima, 2118). Mas a última notícia é que o prédio da TVE foi vendido para a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). O prazo para saída das emissoras do local é no dia 31 de março de 2010.
Você pode participar de várias formas: divulgando a notícia, assinando o abaixo-assinado, prestigiando o Ato-Show (dia 20/12, em Porto Alegre) ou ainda o Abraço Simbólico no atual prédio (que será realizado em data a confirmar).
Assinaturas do abaixo-assinado em
http://bit.ly/6qw9VE
Conheça a agenda completa de atividades do Fórum TVE/FM Cultura em http://forumtve.blogspot.com
Contamos com a participação de todos.
Desideiado
sábado, 2 de janeiro de 2010
Boris, a aranha
Certa feita, Boris, uma aranhazinha muito levada
subiu numa parede
pelo cabo da vassoura do gari
- que merda! - dizia o animalzinho
- cuidado que estão ouvindo - dizia seu amiguinho porco
- que baixeza do lixeiro - retrucava, cheia de patinhas
a aranhazinha que caiu na própria teia
Boris que já havia matado alguns galos
durante os tempos dos generais
esquecia que era rasteira
poderia ser esmagada pelos pés do baixo clero
mas ela se deu bem
ganhou cargo importante na tv
foi apresentar noticiário com esmero
e se dizia envergonhada
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Em defesa da verdadeira liberdade
No mais, um bom final de ano, se a gente não se ver...
Micropoema retirado de um cartaz grudado em um poste
- Estão come-morando um mundo de canibalismo?
- Não! No natal eles beberam, dançaram e se atiraram na Lagoa de brasas de um certo Capitão Rodrigo e Freitas de alimento pra cristão. Morreram de gula.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Reportaji do oji e as intenções (inclusive as minhas)
Por conta dessa disconfiança é que costumo acreditar em conspirações. Pra mim, tudo é conspiração. Tudo que acontece é consequência de um plano bem arquitetado pra me fazer acreditar que tudo é bem arquitetado pra me fazer acreditar... vamos a um exemplo concreto.
Não sou muito de assistir noticiário em tv, muito menos ouvir no rádio. Não tenho estômago. Mas de vez em quando (e muito de vez em quando) acabo assistindo ou ouvindo. Numa dessas, percebi o óbvio: existe um plano pra fazer com que eu acredite que existe um plano (e assim sucessivamente) que eu acredite que estejam forçando o indivíduo (no geral, não apenas eu, acho eu) a ficar recluso no recanto do lar. Imagino isso como única explicação lógica pro fato de se mostrar tanta notícia de violência contra as pessoas. Pra ter uma ideia, hoje o jornáu oje apresentou uma reportaji assustadora: "Em SP, uma pessoa é assaltada a cada 6 minutos", seguido de "uma mulher foi assaltada por um 'malabarista' num semáforo em SP". Ainda explicavam que "no final do ano, com o 13°, os assaltos saltam nas estatísticas" (troca-troca-dilho meu. Acho que os editores da emissora Marinho não conseguiriam criar algo assim, tão idiota). Qual o efeito disso? Nessa dúvida fico eu, viajando na maionese e pensando as minhas azneiras.E respondo: as pessoas passam a não querer carregar mais dinheiro na rua por medo de serem assaltadas. Isso beneficia a quem? A quem? A quem? (desculpem, mas o disco o disco o disco parece ter arran arran arranhado). Essa eu deixo pros leitores. Mas, muito antes de carregar o dinheiro na rua, as pessoas já temem sair à rua. A quem interessa isso? isso? isso? Duas respostas por meio de questionamento: o que as pessoas fazem quando estão em casa? De que forma as pessoas farão algumas coisas quando estiverem no aconchego do xilindró doméstico, como compras? Agora ficou fácil o leitor ver os meus devaneios. Existem outras viagens minhas, mas não vou encher os leitores com isso. Deixa pra depois. Até porque, do jeito repe-ti-ti-ti-ti-tivo que estou escrevendo, o post irá se alongar. Acho que com isso eu deixo os leitores desconfiados e achando que eu é que tenho uma intenção por trás dessa conversa toda, o que não é verdade!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Uma historinha lindinha
domingo, 13 de dezembro de 2009
Mil e duas
sábado, 12 de dezembro de 2009
Elocubrações¹ e ilações conjecturais da efeméride *
¹ Loucas elucubrações/ Elo-elucubrações (quando a gente precisa explicar é porque não está bom. Na próxima, passarei a usar elucrubação ou elo-cu-bração)
* Tradução: pensamento do dia.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Mez da grippe e outras histórias mentidas
Mas o motivo deste post não é ficar falando de sorte. É que reparei que um grande número de leitures (mais ou menos três), chegam mensalmente a este blog pesquisando sobre "O mez da grippe", do Valêncio Xavier. O pior é que geralmente chegam procurando ajuda pra escrever algo sobre o livro e chegam a um comentário que nada tem de importância. Por conta disso, resolvi escrever este texto, mesmo que vagabundo e sem significância, significado ou significação pra concentrar todas as postagens em que citei o livro, direta ou indiretamente. Assim, quem chegar até aqui, ou desistirá de ler este blog ou o bloqueará de vez. Pra conhecer bem as postagens sobre a obra de Valêncio Xavier, pode clicar aqui e aqui.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Elocubrações e ilações conjecturais da efeméride *
* Tradução: pensamento do dia.
** Post corrigido.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Que coisa, não!?
O Cloaca comentou que irá pesquisar os processos judiciais contra o grupo empresarial envolvido, mas eu ainda fico pensando que tem mais coisas por trás disso, tipo a possibilidade de aliviar o lado dos políticos que recebem doações da famigerada empresa. Mais um trabalho pro Palhaço da Justiça.
Meu leitor poderá clicar e ver com seus próprios olhos.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
A menas a meni dades
A boa notícia é que este espaço já ultrapassa a histórica marca dos cinco acessos diários. Cheguei a ter picos de dez, mas, creio que com minha recente ausência, tive uma queda. Mas o importante é que não fui abandonado pela Constância. Pra quem não sabe, Constância é uma mulher que não conheço pessoalmente, mas que manipula os mecanismos de busca do google e isso faz com que qualquer pesquisa que se faça no site, um dos primeiros resultados a aparecer é este blog.
Continuando o pedido de desculpas, tenho estado afastado por falta de tempo. São muitas atividades acumuladas e acabo tendo que escolher entre trabalhar na escola, trabalhar em casa ou escrever minha monografia. Isso deixa quase nada de espaço no meu tempo pra me comunicar com os amigos.
Como as notícias já estão passadas e emboloradas, não vou tocar muito. Só deixo aqui minha admiração com a capacidade dos assembléicos da Praça da Matriz, aquela cheia de tuneis misteriosos, em comer pizza. Acho que seria trabalho pro Palhaço da Justiça. A Mulher Tocha conseguiu se safar. Agora é o Homem Arruda quem parece estar conseguindo preservar os galhos. Aliás, já é questão ecológica: os parlamentares do Detrito Fedoral (ah, um trocadilho óbvio também precisa ser feito!) estão lutando pela preservação da Arruda. Faz sentido: os odoríferos precisam lutar juntos. Além do mais, como vão abortar as crias da sacanagem do Pranarto sem o devido chá de Arruda? Mas isso, pra mim, já está passado. E já está condenado até quem fez a denúncia, é claro. A mídia faz dessas coisas: deputado flagrado recebendo propina denuncia mensalão e vira herói. Herói não. Erói. Nada mais justo se, quando for conveniente e se tratar de denúncia contra algum queridinho, o denunciante seja desmoralizado. Mesmo que tenha sido por iniciativa própria. Deixa isso pra lá. Já está tudo feito.
Nada disso importa, na realidade. Quero falar de coisas pessoais e intransferíveis.
Retomo o papo sobre meus leitores. Já notaram que de cinco em cinco já estou chegando aos mil? E ainda têm aqueles que recebem por e-mail e não acessam o blog.
Não sou jogador de futebol polêmico, daqueles que não pagam pensão alimentícia, nem que tenta se eleger, mas estou chegando aos mil. A diferença é que eu faço com as mãos. Daqui a pouco vou exigir um joguinho festivo.
* post corrigido
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Negro é negro, mesmo!
Olfato, digo, o fato é que ouvi, por duas vezes, em escolas diferentes, diga-se de passagem, que a legislação proíbe de se chamar um negro de negro. Muito menos os derivados populares: nego, neguinho, negão, negrão e por aí vai (segundo o pensamento tosco de uma verdadeira massa de manobra dos gigolôs da Embrafilme da vida, por aí não pode ir...). Chegou o cúmulo de uma pessoa dizer: tu vê, só. Agora chamar um negro de negro dá cadeia! Fiquei procurando mentalmente se lembrava de ter lido algo sobre isso. Não encontrei. Pesquisei no bom e velho google. Bingo! Encontrei algumas citações à legislação. Nenhuma delas deixa claro de que "não se pode caracterizar fisicamente alguém pela cor da pele" (resumo da intenção das colegas e-duca-doras ao afirmar tamanha imbecilidade). A legislação apenas indica que não se pode utilizar elementos étnicos, como cor da pele, pra criar algum tipo de discriminação ou desvalorizar alguém. Ou seja, dizer que um negro é um negro não é ilegal, imoral, muito menos engorda. Por outro lado, se alguém usar o fato do sujeito ser negro como fator de menosprezo ou discriminação, aí, sim, estará sendo preconceituoso e merecerá punição, no que eu concordo plenamente.
Depois disso, fiquei pensando o objetivo de gente com tamanha mediocridade em repetir tanta besteira. Só achei um: perpetuar o preconceito. Tentativa de incitação à revolta contra quem sofreu um verdadeiro holocausto durante os períodos colonial e imperial.
De tanto puxar pela memória, lembrei de um amigo que veio de Angola estudar aqui. Era africano dos pés à cabeça, com direito a cabelo pixaim. Um colega se aproximou dele e o chamou de moreno. Em resposta, meu amigo disse: "Moreno é a puta que te pariu. Eu sou africano! Sou negão!"
E, só pra lembrar, um dia já citei alguém que não conheço (aliás, não sei nem quem é o autor da frase) que disse que Hitler só é considerado o maior monstro da história por ter feito a brancos o que sempre foi permitido apenas fazer contra negros e índios. Pelo jeito, tem muita gente que poderia sentar ao lado do ditador nazista...
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Ex-porádica
Uma coisa que não entendo é a crasse média brasileira. Não falo em classe média, aquela que está no meio da pirâmide e que vive do trabalho. Falo da crasse mesmo. Aquela que é composta por pessoas que, por ganharem um pouco mais, se julgam no direito de superioridade. Pensam que são eu. São aquelas pessoas que julgam que, por saberem conjugar o verbo ter na terceira pessoa do plural sem usar o "a gente" ou o "nóis", são cultos e escrevem tudo corretamente. Aquelas pessonhas que são capazes de estacionar em fila dupra e, quando abordados por um agente de trânsito, dizem: "pode multar que eu tenho dinheiro pra pagar a multa!". Também são capazes de deixar uma mangueira escorrendo água rua a fora e, ao vizinho comentar que a terra ficará seca num futuro próximo, fala a mesma coisa sobre ter dinheiro pra pagar. São aqueles que julgam que sustentam o país. Geralmente são aqueles que mamam nas tetas da república, de um jeito ou de outro.
O que não entendo nessa gente, não são as características que falei. Não entendo é a maneira como ficam fazendo piadinhas sobre o bolsa família. Não sou muito simpático à ideia de dar dinheiro às pessoas, assim, do nada. Mas tenho tutano o suficiente pra tentar saber como a coisa realmente funciona pra depois sair macaqueando o imbecil do Anal do Jabor, aquele que enriqueceu recebendo dinheiro da ditadura pra fazer filme boboca. Pra tentar entender, vou contar um causo.
Voltava, eu, de uma viagem longa, a uma cidade distante uns 700 Km da minha casa. Vinha de uma série de reuniões sobre saúde (antes de resolver enlouquecer de vez) e um cidadão que acompanhava sua esposa, minha colega de trabalho (infelizmente), resolveu contar uma experiência que teve numa certa viagem a uma determinada cidade do interior de Mato Grosso, se não me engano. Contou que estava com vontade de ir para a tal da cidade porque lá todos viviam de uma fabulosa grana que recebiam do tal de bolsa família. Segundo ele, todos recebiam mais de 2 mil reais mensais com o benefício. Isso me impressionou. Conheço uma família que há pouco tempo recebia R$ 90,00 por ter dois filhos na escola. Fico imaginando a quantidade de filhos que precisa ter pra se ganhar dois mil real, ou reais como diriam os medianos. Meu pau diria dois pai. Perdão pela troca, meu pai é quem diria dois pau. Acho mais legal falar como meu pai. Tipo, falar que na era Vargas era Getúlio... isso deixa pra outra hora. O importante é eu ficar sem entender como alguém pode acreditar numa bobagem de que "sustenta, com seus suados impostos, uma cambada de vagabundos que ganham fábulas da tal bolsa". Realmente, não entendo.
Depois de pensar sobre isso, comecei a entender os motivos da expulsão da universitária pobre. Aliás, antes de expulsá-la, deram um jeito de apedrejar e dizer que "o tecido da saia dela subia, não é como o meu que é feito com os fios extraídos do bixo da seda...". Não se pode permitir que uma pobre frequente um espaço destinado aos ricos. É isso que entendi sobre o pensamento da crasse média.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
De volta à cena
Mas muito se engana quem acha que eu só vim pra discutir notícia requentada. Não, não e não!
Na verdade, o que me motiva a postar hoje é uma discussão que, provavelmente, pode mecher com uma casa de marimbondos sem ferrão. Quero discutir o indiscutível nesse estado acrítico que está em estado crítico. E não quero dizer que pago a pensão com a pensão que o estado me paga pelo meu estado. Não sou o Campos de Carvalho. Mas retomemos a discussão do tradicionalismo. Afirmo: a música tradicional do Rio Grande do Sul é o Rock e as suas vertentes(ou o samba, mas este somente nas cidades de maior índice populacional). O resto (aquele folclórico) é um estilo artificial, que precisou de festivais específicos, programas de tv direcionados e um batalhão de professores formados pela ditadura militar. Assim se estabeleceu a tal "cultura gaúcha". Iniciou lá pelos anos 60. Basta comparar a aceitação dessa musi caga úcha no restante do país em relação aos ritmos nordestinos. Enquanto isso, o rock se consolidou apenas pelo gosto da juventude e pela prática. Por si só já é uma cultura simpática e cativante, mesmo se pensarmos nos casos do punk e do metal. É raro encontrar no RS um adolescente que não goste de ao menos uma meia dúzia de músicas da cena rockeira. Olhando o contrário, precisamos procurar atentamente pra encontrar pessoas que realmente tenham prazer em escutar o folclórico. Mesmo em CTGs (Centros de Tradições Gaúcha), os adeptos ao falso regionalismo, na maioria, são pessoas que apenas "cultivam as tradições", simplesmente por cultivar e achar que assim é que é certo. Não há exatamente uma relação de identidade e de empatia. Além disso, o tradicionalismo guasca também é uma maneira de continuar a contar as mentiras históricas de heroísmo de um povo formado por gente comum e liderada por gente covarde.
A verdadeira música tradicional do Rio Grande do Sul é, definitivamente, o rock.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Encino de concelho: o profeçor e suas ideias
A primeira delas é coisa particular. Ouvi muita atrocidade durante o período dos chamados "conselhos de classe", muito bem descrito como "concelho" numa das escolas que trabalho, num cartaz posto por uma coordenadora pedagógica. Como a remorfa não atingiu o uso do s e do c, presumi que se tratava de uma genial escrita de duplo sentido. Mas isso é irrelevante. O que tenho pra ressaltar são as lucuras ouvidas, não os eventuais erros ortográficos (aliás, eu também tenho os meus). E não falo de loucuras em termos linguísticos (que vontade de voltar a usar trema!).
Uma das lucuras é referente a um professor que, ao saber que uma colega teve o carro riscado por alunos, disparou: "se tu tá armado e mata um desses, todos dizem que são coitadinhos. A Zero Hora tá fazendo uma série de reportagens...". Aí, fiz questão de não ouvir mais. Mas não adiantou. Ouvi a criatura dizer que "depois vem o governo dizer que o professor é importante para a formação de uma nação... tudo propaganda... e a rbs tá mostrando que não é assim...". Fiquei pensando: será que ele quis dizer que mataria o cara que riscou o carro? Ele quis dizer que a reporcagem da zh, como bem chama o Cloaca News, tá certa quando diz que o professor deve abandonar o magistério e o último que sair apaga a luz? Mas a melhor é que me dei conta que ele se agarrou aos argumentos dos Sirotzky com unhas e dentes. "Se a tv fala é porque é verdade", deve ter pensado. Também fiquei imaginando os motivos que mantém o noble colega na área... dinheiro não pode ser.
Outra bandalheira sem tamanho eu ouvi diz respeito à religião. Uma das minhas turmas (não tive participação nisso, juro!) reclamou que o ensino religioso está se baseando apenas na crença da professora, o que, inclusive, é ilegal. Isso gerou perplexidade nos meus colegas. Chegaram a declarar que "vocês estudam a bíblia e ela engloba todas as religiões". Fiquei imaginando que os rabinos devem deixar o torah de lado, os muçulmanos desprezam o alcorão e os budistas nem chegam perto dos sutras. Sem falar nas religiões afro-brasileiras. Que nada! Todos eles têm uma bíblia nos seus templos! Não acreditei no que ouvi. Mas os alunos continuarão a ser obrigados a ouvir algo que não acreditam. Creio que isso é, de certa forma, uma metáfora para o modelo educacional atual.
Agora, falando de outros assuntos da semana, ontem foi o dia (leia essas tês últimas palavras várias vezes, cada vez mais rápido) do professor. Quanta alegria, mais de mil palhaços no salão... muitas homenagens (claro, em abraços e tapinhas nas costas que nem folga do trabalho tivemos). Temos muito a comemorar. Estarmos vivos, por exemplo. Convivemos só com gente inteligentíssima. Fazemos parte de uma das classes mais unidas que existe. Somos campeões em muitas coisas. A principal delas é o índice de afastamento do trabalho por doença. Vamos pra próxima olimpíada com tudo. Melhor: pra próxima paraolimpíada. Obrigado pelas congratulações, caso o leitor pensou em cometer esse engano.
Ontem, também, foi um dia especial aos blogueiros responsáveis. Foi o blog action day 2009. É um dia para que os blogueiros que têm um mínimo de responsabilidade socioambiental falem no assunto. Como fiquei devendo, mas não queria deixar em branco, faço minhas as palavras do blog cidades verdes, com as importantes dicas de como reduzir a sua pegada ecológica e que a sua existência tenha um menor impacto pra vida no planeta.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Futebol
Li hoje no Correio do Polvo, digo, Povo, que a maravilhosa, magnífica, estupenda, fantástica, incrível, monumental arena de esportes do Grêmio Fooooooootbaallll Porto-alegrense já está em obras. Que orgulho ao polvo gaúcho! A obra iniciou sem a liberação da Prefeitura de Fogaça, digo, Porto Alegre. Não tem licença ambiental, nem alvará. Isso é que eu chamo de seriedade! Isso é o que eu chamo de responsabilidade com o futuro!
Duas escolas serão transferidas do local. Uma delas, inclusive, irá pro outro extremo da cidade. Que luxo! E os alunos que, usando a linguagem do futebol, se fodam!
Isso não é novidade no esporte bretão daqui do RS. Tem clubes no interior que avançaram as obras dos estádios sobre as calçadas. Tem até, pasmem os leitores, um deles (infelizmente o que me faz sofrer) que avançou até um terço da pista de automóveis! Lei pra quê? Fiscalização pra quê?
Tem muita gente, muita mesmo, que considera licenciamento ambiental apenas uma formalidade. E depois o otário sou eu!
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Heróis de quadrinhos I


Sempre achei que o Brasil deveria produzir heróis em quadrinhos, assim como os EUA o fazem. Lá,tem o Superman, Homem Aranha, Mulher Maravilha, Homem Tocha e o Capitão América. Aqui, até agora, nenhum de relevância popular. Eu falei até agora? Pois olha que já temos os nossos primeiros heróis? E para orgulho dos gaúchos, os dois primeiros foram criados aqui, inspirados em figuras da políti caga úcha. O primeiro deles, o qual tratarei em post posterior, é o Homem Sunguinha. O segundo, ou melhor, a segunda, é a Mulher Tocha.
Ao contrário da versão masculina estadunidense, a Mulher Tocha não é exatamente uma heroína. Aliás, a única semelhança com heroína, é com relação aos efeitos que a droga extraída da papoula pode causar ao usuário. Já o outro sentido da palavra fica longe. Pois bem, não é uma heroína porque no lugar de combater o crime, ela é o próprio crime. Em determinadas situações, entra em combustão. Quando não está em chamas, se mistura com as pessoas da região usanto sua típica pantalha.
O último grande feito da Mulher Tocha é exatamente o de processar um blogueiro por "publicação de fotografia em que aparecem as crianças, sem que houvesse qualquer autorização por parte dos genitores". O nome do blogueiro, que também é jornalista, é Marco Aurélio Weissheimer e o blog para o qual escreve é o RS Urgente. Ele publicou a foto mimosa da Mulher Tocha com umas plaquinhas nas mãos e, ao lado, netinhos da paladina que "queriam" ir pra escola. Fico pensando: muito esperta a MT. Conseguirá que a foto seja mais vista ainda.
Para que o leitor tenha ideia, no topo do post tem duas fotos: a da esquerda é reprodução da Folha de SP (a mesma que se envolveu no escândalo do ENEM) e a da direita mais ou menos como deveria ser publicada, segundo os argumentos dos adevogados da MT.