terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Desideiado

Ando meio sem ideias pra postar. Mas algumas coisas têm me chamado atenção ultimamente e queria compartilhar com meus leitores. Mas antes de nada, gostaria de dizer que não sou bom contador de causos. Sou apenas um blogueiro de fim de semana que escreve pra ninguém, mas que alguns leitores ficam com dó e resolvem fazer de conta que leem. A esses agradeço. Voltando as coisas que me têm chamado atenção (viu? já fiz uma inversão sintática! Isso é que é falta de ideias...) é a forma com que as pessoas lidam com a tv. Falo nisso lembrando de uma aluna minha que, na semana passada, resolveu me dar uma notícia bombástica: os professores ganham mil e tantos. Todos. Ficou decepcionada quando falei que ganhava menos de seiscentos pila (é, isso mesmo. Não existe plural pra expressões giriáticas, portanto é grande idiotice dizer "seiscentos pilas" ou "dois paus"). Não ficou decepcionada, evidentemente, com o salário que ganho pra dar aula pra ela, que aliás, é beeeeem menor que o do pai dela (e digo isso sem saber se ela tem pai vivo). A decepção da aluna é em a tv ter passado um migué, dado um caô, metido-lhe uma bola nas costas e por aí vai. Ficou triste em saber que a fonte das suas informações falhou e feio. Agora estou com medo de lhe falar sobre Papai Noel e Coelhinho da Páscoa. Outro exemplo de coisas que têm me deixado encafifado é a visão de um grande número de pessoas têm de que uma cidade não é uma cidade verdadeira quando não tem shopping center. Mas isso não é o que mais surpreende. O que realmente me deixa cheio de interrogações é em saber o que faz alguém sair de uma cidade que tem o tal de centro de compras pra outra e a primeira coisa que faz é procurar o mesmo tipo de ambiente. Até onde entendo, são todos iguaizinhos. Não consigo perceber diferenças entre um e outro. Tenho amigos que vão a cidades de grande porte e sempre fazem questão de dar uma passadinha no mesmo shopping. Sempre. Eu, sinceramente, prefiro passear em pontos turísticos como boates, casas de massagem, moteis, parques de diversão... Mas não tenho preconceitos. Os leitores podem ir aos shoppings a hora que bem entenderem. É apenas uma implicância minha. Acho que Jaguarão, por exemplo, tem muitos prédios históricos, uma biblioteca bem servida de boas obras e bastante gente legal pra charlar. Mas tem gente que só vai pensando em atravessar a ponte pra ir aos free shopp e nem percebe que passa sobre boa parte da história de conflitos por espaço. E olha que Rio Branco também é uma cidade histórica. Mas nada disso. Os turistas das compras só querem saber se podem comprar aquela garrafa térmica ou aquela jarra de ferver água. Tem outra coisa que me faz questionar muito é olfato, digo, o fato de pessoas continuarem construindo nas encostas dos morros. Mas não é isso que mais me deixa pasmado: tem gente que legisla (quase escrevi legista...) com a finalidade de derrubar as leis ambientais pra que atrocidades desse tipo possam continuar acontecendo. E os morros continuam com seus deslizamentos, pessoas morrendo porque queriam ter aquela vista maravilhosa (essa de que quem constrói nos morros são só os pobres é da mesma laia da que um amigo meu que me dizia que era homossexual e que poderia ficar a sós com a minha mulher, nus e deitados na cama que nada aconteceria. Nove meses depois, nasceu uma menina linda que julguei que era minha filha até descobrir que eu precisava ter transado com a minha mulher pra ela engravidar e a guria se desenvolver com a cara do meu amigo). E a pousada desabou, matando quantos mesmo? Mas antes que eu comece a emendar um assunto no outro, vou terminar este post. Já estou exagerando pra quem tava sem assunto.

Nenhum comentário: