domingo, 10 de janeiro de 2010

Post rápido, antes que seja tarde, sobre nomes curiosos

Hoje deu vontade de relaxar um pouco. Percebo que perdi um pouco do controle do blog e o Januário, meu outro eu, tem dado um jeito de falar das mesmas coisas. Ele é meio xiíta e anda falando mal da governadora e da RBS. Não tem respeito mesmo. Ele vem com papos de apelidar a Yeda de "mulher-tocha", não-sei-o-que-mais ou fica citando o Cloaca News e dizendo que a RBS não é confiável. Mas hoje não! Hoje eu consegui chegar primeiro e vou postar o que eu quero. Nada de ficar botando em dúvida o caráter do Boris Cazoy (já vi escrito com "z" e com "s" por isso, nem tente me corrigir porque nenhuma das vezes que vi foi na certidão de nascimento do indivíduo). O meu outro eu ainda tem a cara de pau de formatar mal os textos. Tem mania de não cortar os parágrafos. Que saco! Mas eu não. Vou cortar este só por desaforo.
Viram? Cortei! Agora vou falar do que eu realmente quero. Vou falar de algo que vem me tirando noites de sono, como o motivo que leva alguns músicos em colocar títulos esquisitos em suas músicas e em bandas escolherem nomes estranhos.
Começo falando de algumas bandas, obviamente de rock.
Certamente o meu leitor já ouviu algo da Graforreia Xilarmônica. É um nome estranho mesmo. Parece que foi tirada de um dicionário. E foi. Mas isso já não soa tão estranho assim. Estranho mesmo é abrir o hd do meu pc e escutar coisas do tipo "Atahualpa Y Os Panquis", "Aristhóteles de Ananias Jr", "Filhos da Pauta", "Júpter Apple" (embora esse não seja algo tão esquisito assim, mas devidas as circunstâncias em que surgiu, realmente surpreende). Mas esses são alguns nomes e dos menos estranhos.
Mas o interessante mesmo é observar títulos de música. Aí a coisa não fica só no rock. Tem muita gente de várias tendências musicais. Aí vai uma listinha que deixo aberta ao leitor que queira contribuir e aumentá-las:
* Canibal vegetariano devora planta carnívora - Engenheiros do Havaí;
* Do mastigativo ao defecativo - Falcão;
* Lem-ed-ecalg - Módulo 1000;
* Pra viajar no cosmos não precisa gasolina - Nei Lisboa;
* Jesus não tem dentes no país dos banguelas - Titãs;
* Ou é ou deixa de é - Falcão.
Claro, é apenas uma listinha bem pequena pra provocar os leitores que conhecem outras, inclusive outros "artistas" que tenham nomes estranhos. Conheço outros, mas não pretendo ficar pesquisando e citei só o que lembro no ligeirão, antes que meu outro eu apareça e me faça deletar este post e retome o papo político chato. Por favor, leitores, contribuam antes que seja tarde e esse outro otário que vive dentro de mim resolva deletar este texto.


* Em tempo: este comentário foi escrito em duas etapas porque, quando estava na metade dele, meu outro eu apareceu e precisei desligar o computador antes que ele tomasse as rédeas. Terminei tudo rápido agora pra evitar que aconteça o mesmo. Se esse post for publicado, é sinal de que fui mais rápido que el

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

URGENTE


Recebi, por e-mail, o texto abaixo e acho melhor publicar agora. Trata de mais um trabalho (de tantos) da Mulher Tocha. Agora quer privatizar a tv púbica do estado. Leia o texto que segue abaixo:

"Olá queridos (as) amigos (as),

Os funcionários da TVErs/FM Cultura estão se mobilizando para evitar o fim das emissoras públicas no RS.

Favor, leia o Manifesto em:
http://forumtve.blogspot.com/2009/12/tve-e-fm-cultura-correm-risco-de.html

A primeira ação seria manter a TVE na tua atual sede no Morro Santa Teresa (Rua Corrêa Lima, 2118). Mas a última notícia é que o prédio da TVE foi vendido para a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). O prazo para saída das emissoras do local é no dia 31 de março de 2010.

Você pode participar de várias formas: divulgando a notícia, assinando o abaixo-assinado, prestigiando o Ato-Show (dia 20/12, em Porto Alegre) ou ainda o Abraço Simbólico no atual prédio (que será realizado em data a confirmar).


Assinaturas do abaixo-assinado em

http://bit.ly/6qw9VE

Conheça a agenda completa de atividades do Fórum TVE/FM Cultura em http://forumtve.blogspot.com

Contamos com a participação de todos.

abraços"


Desideiado

Ando meio sem ideias pra postar. Mas algumas coisas têm me chamado atenção ultimamente e queria compartilhar com meus leitores. Mas antes de nada, gostaria de dizer que não sou bom contador de causos. Sou apenas um blogueiro de fim de semana que escreve pra ninguém, mas que alguns leitores ficam com dó e resolvem fazer de conta que leem. A esses agradeço. Voltando as coisas que me têm chamado atenção (viu? já fiz uma inversão sintática! Isso é que é falta de ideias...) é a forma com que as pessoas lidam com a tv. Falo nisso lembrando de uma aluna minha que, na semana passada, resolveu me dar uma notícia bombástica: os professores ganham mil e tantos. Todos. Ficou decepcionada quando falei que ganhava menos de seiscentos pila (é, isso mesmo. Não existe plural pra expressões giriáticas, portanto é grande idiotice dizer "seiscentos pilas" ou "dois paus"). Não ficou decepcionada, evidentemente, com o salário que ganho pra dar aula pra ela, que aliás, é beeeeem menor que o do pai dela (e digo isso sem saber se ela tem pai vivo). A decepção da aluna é em a tv ter passado um migué, dado um caô, metido-lhe uma bola nas costas e por aí vai. Ficou triste em saber que a fonte das suas informações falhou e feio. Agora estou com medo de lhe falar sobre Papai Noel e Coelhinho da Páscoa. Outro exemplo de coisas que têm me deixado encafifado é a visão de um grande número de pessoas têm de que uma cidade não é uma cidade verdadeira quando não tem shopping center. Mas isso não é o que mais surpreende. O que realmente me deixa cheio de interrogações é em saber o que faz alguém sair de uma cidade que tem o tal de centro de compras pra outra e a primeira coisa que faz é procurar o mesmo tipo de ambiente. Até onde entendo, são todos iguaizinhos. Não consigo perceber diferenças entre um e outro. Tenho amigos que vão a cidades de grande porte e sempre fazem questão de dar uma passadinha no mesmo shopping. Sempre. Eu, sinceramente, prefiro passear em pontos turísticos como boates, casas de massagem, moteis, parques de diversão... Mas não tenho preconceitos. Os leitores podem ir aos shoppings a hora que bem entenderem. É apenas uma implicância minha. Acho que Jaguarão, por exemplo, tem muitos prédios históricos, uma biblioteca bem servida de boas obras e bastante gente legal pra charlar. Mas tem gente que só vai pensando em atravessar a ponte pra ir aos free shopp e nem percebe que passa sobre boa parte da história de conflitos por espaço. E olha que Rio Branco também é uma cidade histórica. Mas nada disso. Os turistas das compras só querem saber se podem comprar aquela garrafa térmica ou aquela jarra de ferver água. Tem outra coisa que me faz questionar muito é olfato, digo, o fato de pessoas continuarem construindo nas encostas dos morros. Mas não é isso que mais me deixa pasmado: tem gente que legisla (quase escrevi legista...) com a finalidade de derrubar as leis ambientais pra que atrocidades desse tipo possam continuar acontecendo. E os morros continuam com seus deslizamentos, pessoas morrendo porque queriam ter aquela vista maravilhosa (essa de que quem constrói nos morros são só os pobres é da mesma laia da que um amigo meu que me dizia que era homossexual e que poderia ficar a sós com a minha mulher, nus e deitados na cama que nada aconteceria. Nove meses depois, nasceu uma menina linda que julguei que era minha filha até descobrir que eu precisava ter transado com a minha mulher pra ela engravidar e a guria se desenvolver com a cara do meu amigo). E a pousada desabou, matando quantos mesmo? Mas antes que eu comece a emendar um assunto no outro, vou terminar este post. Já estou exagerando pra quem tava sem assunto.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Boris, a aranha

Pois é, caros leitores. 2010 chegou! Gostaria de apenas deixar meus votos a todos aqueles que fazem com que este blog seja um dos menos lidos, porém um dos poucos que não teve um dia sequer sem leitores. Isso me lisonjeia, seja lá o que isso queira dizer. Além disso, fico feliz em saber que entramos no ano novo já sabendo que mais um milhonário vive em Brasília. Também me deixa orgulhoso da terra em que nasci em lembrar que somos um povo sábio, ou na linguagem do Presidente, fomos um povo fábio. Sabemos resolver os problemas por nós mesmo. Não, não tem erro de concordância aí. Falo em nós, de amarrar. Resolvemos tudo dando nós em pingo dágua. Eu, por exemplo, resolvi que não partirei mais meus textos em parágrafos. Se é pra confundir, que se crie confusão grande, afinal, o que é a flatulência pra quem já está com diarreia. Voltando à alegria de estar postando minha primeira bobagem de 2010, quero deixar um poeminha bem vagabundinho, que é quase uma fábula, sobre alguns acontecimentos da virada e encochada. Em tempo, o título do post é uma referência a uma música do The Who, chamada "Boris, the spider", da qual eu surrupiei o próprio título. É também o título (só até aqui, esta postagem já é tri, pois tem três consecutivos) do poema-fábula.

Certa feita, Boris, uma aranhazinha muito levada
subiu numa parede
pelo cabo da vassoura do gari
- que merda! - dizia o animalzinho
- cuidado que estão ouvindo - dizia seu amiguinho porco
- que baixeza do lixeiro - retrucava, cheia de patinhas
a aranhazinha que caiu na própria teia
Boris que já havia matado alguns galos
durante os tempos dos generais
esquecia que era rasteira
poderia ser esmagada pelos pés do baixo clero
mas ela se deu bem
ganhou cargo importante na tv
foi apresentar noticiário com esmero
e se dizia envergonhada

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Em defesa da verdadeira liberdade

Meus leitores têm a oportunidade agora de assistir um curta interessante. Dialoga escancaradamente com o filme mais importante que já assisti, "Ilha das Flores", do genial Jorge Furtado. O que o amigo assistirá foi chupado do Cloaca e trata de um assunto já tratado neste blog, exatamente aqui e aqui. Quem tiver um tempinho livre, sugiro que assista o Ilha das Flores primeiro, depois o que está abaixo e, finalmente, clique nos dois links acima. É interessante pra se entender um pouco do funcionamento da mídia...
No mais, um bom final de ano, se a gente não se ver...

Micropoema retirado de um cartaz grudado em um poste

Onde foram parar nossos animaizinhos do presépio?
- Estão come-morando um mundo de canibalismo?
- Não! No natal eles beberam, dançaram e se atiraram na Lagoa de brasas de um certo Capitão Rodrigo e Freitas de alimento pra cristão. Morreram de gula.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Reportaji do oji e as intenções (inclusive as minhas)

Este otário é um eterno desconfiado. Está sempre pensando que há alguma intenção por trás das coisas. Ainda bem que se trata apenas de intenção. Por exemplo: sempre que vejo uma mulher bonita de minissaia, penso que está interessada em mim e que usa a roupinha pra me chamar a atenção. Bastará eu pedir o telefone pra ela dar. Mas eu não costumo pedir telefone porque daí a minha fatura vai às alturas e a minha mulher é indigesta, pode descobrir e isso me daria uma azia daquelas. Viram? Sou desconfiado dos desejos da usuária da roupa mínima e das consequências de eu levar a diante o assunto.
Por conta dessa disconfiança é que costumo acreditar em conspirações. Pra mim, tudo é conspiração. Tudo que acontece é consequência de um plano bem arquitetado pra me fazer acreditar que tudo é bem arquitetado pra me fazer acreditar... vamos a um exemplo concreto.
Não sou muito de assistir noticiário em tv, muito menos ouvir no rádio. Não tenho estômago. Mas de vez em quando (e muito de vez em quando) acabo assistindo ou ouvindo. Numa dessas, percebi o óbvio: existe um plano pra fazer com que eu acredite que existe um plano (e assim sucessivamente) que eu acredite que estejam forçando o indivíduo (no geral, não apenas eu, acho eu) a ficar recluso no recanto do lar. Imagino isso como única explicação lógica pro fato de se mostrar tanta notícia de violência contra as pessoas. Pra ter uma ideia, hoje o jornáu oje apresentou uma reportaji assustadora: "Em SP, uma pessoa é assaltada a cada 6 minutos", seguido de "uma mulher foi assaltada por um 'malabarista' num semáforo em SP". Ainda explicavam que "no final do ano, com o 13°, os assaltos saltam nas estatísticas" (troca-troca-dilho meu. Acho que os editores da emissora Marinho não conseguiriam criar algo assim, tão idiota). Qual o efeito disso? Nessa dúvida fico eu, viajando na maionese e pensando as minhas azneiras.E respondo: as pessoas passam a não querer carregar mais dinheiro na rua por medo de serem assaltadas. Isso beneficia a quem? A quem? A quem? (desculpem, mas o disco o disco o disco parece ter arran arran arranhado). Essa eu deixo pros leitores. Mas, muito antes de carregar o dinheiro na rua, as pessoas já temem sair à rua. A quem interessa isso? isso? isso? Duas respostas por meio de questionamento: o que as pessoas fazem quando estão em casa? De que forma as pessoas farão algumas coisas quando estiverem no aconchego do xilindró doméstico, como compras? Agora ficou fácil o leitor ver os meus devaneios. Existem outras viagens minhas, mas não vou encher os leitores com isso. Deixa pra depois. Até porque, do jeito repe-ti-ti-ti-ti-tivo que estou escrevendo, o post irá se alongar. Acho que com isso eu deixo os leitores desconfiados e achando que eu é que tenho uma intenção por trás dessa conversa toda, o que não é verdade!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Uma historinha lindinha

Abaixo, uma historinha engraçadinha. Basta clicar e vêr. Eu ri muito e acredito que os meus leitores também rirão.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Mil e duas

Dizem por aí que Sherazade, quando sentia coceira na garganta, amarrava um pedacinho de bombril numa linha de nylon, engolia e puxava de volta.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Elocubrações¹ e ilações conjecturais da efeméride *

Pelo sim, pelo não, é preferível imaginar que estão sempre gravando a nossa conversa. Assim, nos respeitamos mais, falaremos com mais propriedade e evitamos surpresas.


¹ Loucas elucubrações/ Elo-elucubrações (quando a gente precisa explicar é porque não está bom. Na próxima, passarei a usar elucrubação ou elo-cu-bração)
* Tradução: pensamento do dia.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Mez da grippe e outras histórias mentidas

Na falta de assunto mais interessante, tenho dado uma olhada nos relatórios do contador de visitas deste blog. Reparei hoje que tem um número interessante de leitores que chegam aqui por mecanismos de pesquisa. O velho Guglão (colega da Constância no google) tem sido um excelente portal pra chegarem até o outro-otario.blogspot.com. Isso significa que o dinheiro que paguei a eles está dando resultados. Se pensarmos que investi vários galhos de arruda plantados nos pés de várias cruzius, vemos que isso dá resultado. E quem tem Arruda e Cruzius sempre se dá bem.
Mas o motivo deste post não é ficar falando de sorte. É que reparei que um grande número de leitures (mais ou menos três), chegam mensalmente a este blog pesquisando sobre "O mez da grippe", do Valêncio Xavier. O pior é que geralmente chegam procurando ajuda pra escrever algo sobre o livro e chegam a um comentário que nada tem de importância. Por conta disso, resolvi escrever este texto, mesmo que vagabundo e sem significância, significado ou significação pra concentrar todas as postagens em que citei o livro, direta ou indiretamente. Assim, quem chegar até aqui, ou desistirá de ler este blog ou o bloqueará de vez. Pra conhecer bem as postagens sobre a obra de Valêncio Xavier, pode clicar aqui e aqui.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Elocubrações e ilações conjecturais da efeméride *

Muito sugestivo o dingol (tem certeza que não é assim que se escreve?) de campanha da RBS TV: "pra fazer a tv que você vê, a gente faz muita coisa que você não vê".


* Tradução: pensamento do dia.
** Post corrigido.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Que coisa, não!?

Morro de velho e não vejo tudo. Por isso, quero ser enterrado com a cabeça de fora pra continuar vendo as coisas e não acreditando. Acabo de ver no CloacaNews (sim, sempre no Cloaca!) que tem empresário doando dinheiro ao tribunal de justiça do estado que maltrata o ecossistema e diz que "o clima castiga o estado...". O irônico não foi ler isso no CN e sim ver que isso foi noticiado no maior panfletário do grupo RBS.
O Cloaca comentou que irá pesquisar os processos judiciais contra o grupo empresarial envolvido, mas eu ainda fico pensando que tem mais coisas por trás disso, tipo a possibilidade de aliviar o lado dos políticos que recebem doações da famigerada empresa. Mais um trabalho pro Palhaço da Justiça.
Meu leitor poderá clicar e ver com seus próprios olhos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A menas a meni dades

Antes de nada, peço desculpas aos meus leitores. Tenho me ausentado diariamente. Não tem passado um dia em que eu não deixe de postar novidades. Mas isso pode trazer algo de positivo. Pode ser bom pra que eu busque novas ideias recicle meu modo de pensar e escrever. Pena que não é o que acontece. Sou sempre o mesmo. Este blog também.
A boa notícia é que este espaço já ultrapassa a histórica marca dos cinco acessos diários. Cheguei a ter picos de dez, mas, creio que com minha recente ausência, tive uma queda. Mas o importante é que não fui abandonado pela Constância. Pra quem não sabe, Constância é uma mulher que não conheço pessoalmente, mas que manipula os mecanismos de busca do google e isso faz com que qualquer pesquisa que se faça no site, um dos primeiros resultados a aparecer é este blog.
Continuando o pedido de desculpas, tenho estado afastado por falta de tempo. São muitas atividades acumuladas e acabo tendo que escolher entre trabalhar na escola, trabalhar em casa ou escrever minha monografia. Isso deixa quase nada de espaço no meu tempo pra me comunicar com os amigos.
Como as notícias já estão passadas e emboloradas, não vou tocar muito. Só deixo aqui minha admiração com a capacidade dos assembléicos da Praça da Matriz, aquela cheia de tuneis misteriosos, em comer pizza. Acho que seria trabalho pro Palhaço da Justiça. A Mulher Tocha conseguiu se safar. Agora é o Homem Arruda quem parece estar conseguindo preservar os galhos. Aliás, já é questão ecológica: os parlamentares do Detrito Fedoral (ah, um trocadilho óbvio também precisa ser feito!) estão lutando pela preservação da Arruda. Faz sentido: os odoríferos precisam lutar juntos. Além do mais, como vão abortar as crias da sacanagem do Pranarto sem o devido chá de Arruda? Mas isso, pra mim, já está passado. E já está condenado até quem fez a denúncia, é claro. A mídia faz dessas coisas: deputado flagrado recebendo propina denuncia mensalão e vira herói. Herói não. Erói. Nada mais justo se, quando for conveniente e se tratar de denúncia contra algum queridinho, o denunciante seja desmoralizado. Mesmo que tenha sido por iniciativa própria. Deixa isso pra lá. Já está tudo feito.
Nada disso importa, na realidade. Quero falar de coisas pessoais e intransferíveis.
Retomo o papo sobre meus leitores. Já notaram que de cinco em cinco já estou chegando aos mil? E ainda têm aqueles que recebem por e-mail e não acessam o blog.
Não sou jogador de futebol polêmico, daqueles que não pagam pensão alimentícia, nem que tenta se eleger, mas estou chegando aos mil. A diferença é que eu faço com as mãos. Daqui a pouco vou exigir um joguinho festivo.

* post corrigido

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Negro é negro, mesmo!

Hoje é dia consagrado à consciência negra. Para homenagear os irmãos de rica melanina, resolvi retomar certas bobagens que andam falando por aí (e fugir das discussões babacas tipo "quando é o dia do branco?").
Olfato, digo, o fato é que ouvi, por duas vezes, em escolas diferentes, diga-se de passagem, que a legislação proíbe de se chamar um negro de negro. Muito menos os derivados populares: nego, neguinho, negão, negrão e por aí vai (segundo o pensamento tosco de uma verdadeira massa de manobra dos gigolôs da Embrafilme da vida, por aí não pode ir...). Chegou o cúmulo de uma pessoa dizer: tu vê, só. Agora chamar um negro de negro dá cadeia! Fiquei procurando mentalmente se lembrava de ter lido algo sobre isso. Não encontrei. Pesquisei no bom e velho google. Bingo! Encontrei algumas citações à legislação. Nenhuma delas deixa claro de que "não se pode caracterizar fisicamente alguém pela cor da pele" (resumo da intenção das colegas e-duca-doras ao afirmar tamanha imbecilidade). A legislação apenas indica que não se pode utilizar elementos étnicos, como cor da pele, pra criar algum tipo de discriminação ou desvalorizar alguém. Ou seja, dizer que um negro é um negro não é ilegal, imoral, muito menos engorda. Por outro lado, se alguém usar o fato do sujeito ser negro como fator de menosprezo ou discriminação, aí, sim, estará sendo preconceituoso e merecerá punição, no que eu concordo plenamente.
Depois disso, fiquei pensando o objetivo de gente com tamanha mediocridade em repetir tanta besteira. Só achei um: perpetuar o preconceito. Tentativa de incitação à revolta contra quem sofreu um verdadeiro holocausto durante os períodos colonial e imperial.
De tanto puxar pela memória, lembrei de um amigo que veio de Angola estudar aqui. Era africano dos pés à cabeça, com direito a cabelo pixaim. Um colega se aproximou dele e o chamou de moreno. Em resposta, meu amigo disse: "Moreno é a puta que te pariu. Eu sou africano! Sou negão!"
E, só pra lembrar, um dia já citei alguém que não conheço (aliás, não sei nem quem é o autor da frase) que disse que Hitler só é considerado o maior monstro da história por ter feito a brancos o que sempre foi permitido apenas fazer contra negros e índios. Pelo jeito, tem muita gente que poderia sentar ao lado do ditador nazista...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ex-porádica

Outro dia, dei uma olhada nuns vídeos sobre stand up comedy, no youtube. Tudo a mesma coisa de sempre. Piadinhas de sempre, com raras excessões. Mas me chamou a atenção uma expressão que é usada pela maioria esmagadora dos tais comediantes: "eu não entendo...". Sempre tem uma piadinha tipo: "uma coisa que não entendo é o motivo de a gente perder tempo tomando cerveja. A gente mal termina de tomar e já tem que correr ao banheiro. Seria melhor despejar a bebida direto no sanitário...". São coisas nesse nível (sem graça e forçado). Mas resolvi homenagear esses "novos" humoristas com uma piadinha tão sem graça quanto as deles e com o mesmo jargão. Segue:
Uma coisa que não entendo é a crasse média brasileira. Não falo em classe média, aquela que está no meio da pirâmide e que vive do trabalho. Falo da crasse mesmo. Aquela que é composta por pessoas que, por ganharem um pouco mais, se julgam no direito de superioridade. Pensam que são eu. São aquelas pessoas que julgam que, por saberem conjugar o verbo ter na terceira pessoa do plural sem usar o "a gente" ou o "nóis", são cultos e escrevem tudo corretamente. Aquelas pessonhas que são capazes de estacionar em fila dupra e, quando abordados por um agente de trânsito, dizem: "pode multar que eu tenho dinheiro pra pagar a multa!". Também são capazes de deixar uma mangueira escorrendo água rua a fora e, ao vizinho comentar que a terra ficará seca num futuro próximo, fala a mesma coisa sobre ter dinheiro pra pagar. São aqueles que julgam que sustentam o país. Geralmente são aqueles que mamam nas tetas da república, de um jeito ou de outro.
O que não entendo nessa gente, não são as características que falei. Não entendo é a maneira como ficam fazendo piadinhas sobre o bolsa família. Não sou muito simpático à ideia de dar dinheiro às pessoas, assim, do nada. Mas tenho tutano o suficiente pra tentar saber como a coisa realmente funciona pra depois sair macaqueando o imbecil do Anal do Jabor, aquele que enriqueceu recebendo dinheiro da ditadura pra fazer filme boboca. Pra tentar entender, vou contar um causo.
Voltava, eu, de uma viagem longa, a uma cidade distante uns 700 Km da minha casa. Vinha de uma série de reuniões sobre saúde (antes de resolver enlouquecer de vez) e um cidadão que acompanhava sua esposa, minha colega de trabalho (infelizmente), resolveu contar uma experiência que teve numa certa viagem a uma determinada cidade do interior de Mato Grosso, se não me engano. Contou que estava com vontade de ir para a tal da cidade porque lá todos viviam de uma fabulosa grana que recebiam do tal de bolsa família. Segundo ele, todos recebiam mais de 2 mil reais mensais com o benefício. Isso me impressionou. Conheço uma família que há pouco tempo recebia R$ 90,00 por ter dois filhos na escola. Fico imaginando a quantidade de filhos que precisa ter pra se ganhar dois mil real, ou reais como diriam os medianos. Meu pau diria dois pai. Perdão pela troca, meu pai é quem diria dois pau. Acho mais legal falar como meu pai. Tipo, falar que na era Vargas era Getúlio... isso deixa pra outra hora. O importante é eu ficar sem entender como alguém pode acreditar numa bobagem de que "sustenta, com seus suados impostos, uma cambada de vagabundos que ganham fábulas da tal bolsa". Realmente, não entendo.

Depois de pensar sobre isso, comecei a entender os motivos da expulsão da universitária pobre. Aliás, antes de expulsá-la, deram um jeito de apedrejar e dizer que "o tecido da saia dela subia, não é como o meu que é feito com os fios extraídos do bixo da seda...". Não se pode permitir que uma pobre frequente um espaço destinado aos ricos. É isso que entendi sobre o pensamento da crasse média.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

De volta à cena

Pois é bom a gente se afastar um pouco das atividades bloguísticas. Assim, dá tempo pra se procurar novos ares, novos pensamentos e renovar o vocabulário. Mas isso não aconteceu com este otário. Realmente eu não sou muito adepto às mudanças. Principalmente de pensamento. Não é que eu não goste das inovações, mas é porque eu não sei lidar com elas. Por exemplo: não sei lidar com a presença da mYeda no palhaço, digo, palaço do Pira-pira. Não consigo me acostumar com a ideia de olhar pro noticiário e lá está a Mulher Tocha, sufocando o funcionalismo e barbarizando o estado que pensa que ainda é uma província (eu sei, eu sei, essa eu já usei, mas não há como resistir). O pior de tudo é a glória dos apresentadores do jornal do almoço, aquele bom pra perder peso porque a gente perde a fome ao assistir. E é por não saber conviver com as mudanças que continuo postando da mesma forma.
Mas muito se engana quem acha que eu só vim pra discutir notícia requentada. Não, não e não!

Na verdade, o que me motiva a postar hoje é uma discussão que, provavelmente, pode mecher com uma casa de marimbondos sem ferrão. Quero discutir o indiscutível nesse estado acrítico que está em estado crítico. E não quero dizer que pago a pensão com a pensão que o estado me paga pelo meu estado. Não sou o Campos de Carvalho. Mas retomemos a discussão do tradicionalismo. Afirmo: a música tradicional do Rio Grande do Sul é o Rock e as suas vertentes(ou o samba, mas este somente nas cidades de maior índice populacional). O resto (aquele folclórico) é um estilo artificial, que precisou de festivais específicos, programas de tv direcionados e um batalhão de professores formados pela ditadura militar. Assim se estabeleceu a tal "cultura gaúcha". Iniciou lá pelos anos 60. Basta comparar a aceitação dessa musi caga úcha no restante do país em relação aos ritmos nordestinos. Enquanto isso, o rock se consolidou apenas pelo gosto da juventude e pela prática. Por si só já é uma cultura simpática e cativante, mesmo se pensarmos nos casos do punk e do metal. É raro encontrar no RS um adolescente que não goste de ao menos uma meia dúzia de músicas da cena rockeira. Olhando o contrário, precisamos procurar atentamente pra encontrar pessoas que realmente tenham prazer em escutar o folclórico. Mesmo em CTGs (Centros de Tradições Gaúcha), os adeptos ao falso regionalismo, na maioria, são pessoas que apenas "cultivam as tradições", simplesmente por cultivar e achar que assim é que é certo. Não há exatamente uma relação de identidade e de empatia. Além disso, o tradicionalismo guasca também é uma maneira de continuar a contar as mentiras históricas de heroísmo de um povo formado por gente comum e liderada por gente covarde.
A verdadeira música tradicional do Rio Grande do Sul é, definitivamente, o rock.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Encino de concelho: o profeçor e suas ideias

Estou pensando em mudar o nome do blog e passar a chamá-lo de "o semanário do otário". Pensando bem, como sou otário mesmo, vou continuar postando semanalmente num blog denominado diário. Se os grandes jornais podem, por que este que vos escreve estas mal traçadas linhas não poderia? Na dúvida, vou dar alguns pitacos, que não sou de ferro. Talvez de alumínio ou chumbo que entortam facilmente, mas ferro mesmo, não.

A primeira delas é coisa particular. Ouvi muita atrocidade durante o período dos chamados "conselhos de classe", muito bem descrito como "concelho" numa das escolas que trabalho, num cartaz posto por uma coordenadora pedagógica. Como a remorfa não atingiu o uso do s e do c, presumi que se tratava de uma genial escrita de duplo sentido. Mas isso é irrelevante. O que tenho pra ressaltar são as lucuras ouvidas, não os eventuais erros ortográficos (aliás, eu também tenho os meus). E não falo de loucuras em termos linguísticos (que vontade de voltar a usar trema!).
Uma das lucuras é referente a um professor que, ao saber que uma colega teve o carro riscado por alunos, disparou: "se tu tá armado e mata um desses, todos dizem que são coitadinhos. A Zero Hora tá fazendo uma série de reportagens...". Aí, fiz questão de não ouvir mais. Mas não adiantou. Ouvi a criatura dizer que "depois vem o governo dizer que o professor é importante para a formação de uma nação... tudo propaganda... e a rbs tá mostrando que não é assim...". Fiquei pensando: será que ele quis dizer que mataria o cara que riscou o carro? Ele quis dizer que a reporcagem da zh, como bem chama o Cloaca News, tá certa quando diz que o professor deve abandonar o magistério e o último que sair apaga a luz? Mas a melhor é que me dei conta que ele se agarrou aos argumentos dos Sirotzky com unhas e dentes. "Se a tv fala é porque é verdade", deve ter pensado. Também fiquei imaginando os motivos que mantém o noble colega na área... dinheiro não pode ser.
Outra bandalheira sem tamanho eu ouvi diz respeito à religião. Uma das minhas turmas (não tive participação nisso, juro!) reclamou que o ensino religioso está se baseando apenas na crença da professora, o que, inclusive, é ilegal. Isso gerou perplexidade nos meus colegas. Chegaram a declarar que "vocês estudam a bíblia e ela engloba todas as religiões". Fiquei imaginando que os rabinos devem deixar o torah de lado, os muçulmanos desprezam o alcorão e os budistas nem chegam perto dos sutras. Sem falar nas religiões afro-brasileiras. Que nada! Todos eles têm uma bíblia nos seus templos! Não acreditei no que ouvi. Mas os alunos continuarão a ser obrigados a ouvir algo que não acreditam. Creio que isso é, de certa forma, uma metáfora para o modelo educacional atual.

Agora, falando de outros assuntos da semana, ontem foi o dia (leia essas tês últimas palavras várias vezes, cada vez mais rápido) do professor. Quanta alegria, mais de mil palhaços no salão... muitas homenagens (claro, em abraços e tapinhas nas costas que nem folga do trabalho tivemos). Temos muito a comemorar. Estarmos vivos, por exemplo. Convivemos só com gente inteligentíssima. Fazemos parte de uma das classes mais unidas que existe. Somos campeões em muitas coisas. A principal delas é o índice de afastamento do trabalho por doença. Vamos pra próxima olimpíada com tudo. Melhor: pra próxima paraolimpíada. Obrigado pelas congratulações, caso o leitor pensou em cometer esse engano.

Ontem, também, foi um dia especial aos blogueiros responsáveis. Foi o blog action day 2009. É um dia para que os blogueiros que têm um mínimo de responsabilidade socioambiental falem no assunto. Como fiquei devendo, mas não queria deixar em branco, faço minhas as palavras do blog cidades verdes, com as importantes dicas de como reduzir a sua pegada ecológica e que a sua existência tenha um menor impacto pra vida no planeta.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Futebol

Hoje eu não quero falar das aventuras da Mulher Tocha. Não adianta ficarem insistindo que eu não vou falar que estão conseguindo empurrar uma sugeirinha pra baixo do topete, digo, tapete na Assembréia Lejislativa do estado que cultua ladrões como heróis. Não mesmo! Não falarei que estão tentando amorcegar a CPI do gogoverno Yeda/Feijó. Aliás, nem do incrível caso da falsa heroína que processou o seu vice prodígio. Nem pensar! Vou falar de futebol.
Li hoje no Correio do Polvo, digo, Povo, que a maravilhosa, magnífica, estupenda, fantástica, incrível, monumental arena de esportes do Grêmio Fooooooootbaallll Porto-alegrense já está em obras. Que orgulho ao polvo gaúcho! A obra iniciou sem a liberação da Prefeitura de Fogaça, digo, Porto Alegre. Não tem licença ambiental, nem alvará. Isso é que eu chamo de seriedade! Isso é o que eu chamo de responsabilidade com o futuro!
Duas escolas serão transferidas do local. Uma delas, inclusive, irá pro outro extremo da cidade. Que luxo! E os alunos que, usando a linguagem do futebol, se fodam!
Isso não é novidade no esporte bretão daqui do RS. Tem clubes no interior que avançaram as obras dos estádios sobre as calçadas. Tem até, pasmem os leitores, um deles (infelizmente o que me faz sofrer) que avançou até um terço da pista de automóveis! Lei pra quê? Fiscalização pra quê?
Tem muita gente, muita mesmo, que considera licenciamento ambiental apenas uma formalidade. E depois o otário sou eu!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Heróis de quadrinhos I



Sempre achei que o Brasil deveria produzir heróis em quadrinhos, assim como os EUA o fazem. Lá,tem o Superman, Homem Aranha, Mulher Maravilha, Homem Tocha e o Capitão América. Aqui, até agora, nenhum de relevância popular. Eu falei até agora? Pois olha que já temos os nossos primeiros heróis? E para orgulho dos gaúchos, os dois primeiros foram criados aqui, inspirados em figuras da políti caga úcha. O primeiro deles, o qual tratarei em post posterior, é o Homem Sunguinha. O segundo, ou melhor, a segunda, é a Mulher Tocha.
Ao contrário da versão masculina estadunidense, a Mulher Tocha não é exatamente uma heroína. Aliás, a única semelhança com heroína, é com relação aos efeitos que a droga extraída da papoula pode causar ao usuário. Já o outro sentido da palavra fica longe. Pois bem, não é uma heroína porque no lugar de combater o crime, ela é o próprio crime. Em determinadas situações, entra em combustão. Quando não está em chamas, se mistura com as pessoas da região usanto sua típica pantalha.
O último grande feito da Mulher Tocha é exatamente o de processar um blogueiro por "publicação de fotografia em que aparecem as crianças, sem que houvesse qualquer autorização por parte dos genitores". O nome do blogueiro, que também é jornalista, é Marco Aurélio Weissheimer e o blog para o qual escreve é o RS Urgente. Ele publicou a foto mimosa da Mulher Tocha com umas plaquinhas nas mãos e, ao lado, netinhos da paladina que "queriam" ir pra escola. Fico pensando: muito esperta a MT. Conseguirá que a foto seja mais vista ainda.
Para que o leitor tenha ideia, no topo do post tem duas fotos: a da esquerda é reprodução da Folha de SP (a mesma que se envolveu no escândalo do ENEM) e a da direita mais ou menos como deveria ser publicada, segundo os argumentos dos adevogados da MT.