sexta-feira, 6 de março de 2009

Ironia e intertextualidade

Ontem assisti uma reportagem do sbt sobre o que eles chamaram de "a pior rodovia federal do país". Isso me deu uma idéia de usar essa matéria pra quando for ensinar a ironia aos meus alunos. Nada mais irônico do que a pior rodovia federal ser tema de reportagem da pior rede de tv do país.

Depois de rir muito com as piadas do jornal do sbt, resolvi assistir um pouco de um programa de extrema cultura. Studio Pampa é o nome do programa que deveria passar na TV Futura, de tão instrutivo e cultural. Quem mora no estado da RBS sabe do teor da coisa. Em determinado momento, um cidadão que usa roupas femininas e usa uns balões de aniversários (bexiga pros paulitas), afirmou pras garotas do programa (eu escrevi DO programa?) que sabia cantar e que imitaria uma cantora muito famosa. Não gosto de imitação, mas resolvi pagar pra ver. A moçoila saiu quebrando todo o estúdio como quem tem um misto de ataque de Caetano Veloso, Renato Russo e Luana Piovani. Foi, então, que me dei conta que ele estava falando da Amy Winehouse. Daí tive a idéia de usar o vídeo pra ensinar a intertextualidade. Assim, posso falar que um texto, mesmo que ruim (biografia da Amy) pode se relacionar com outros (nesse caso, as biografias do Caetano, Renato e Luana) e ainda ser citado num programa de altíssima qualidade artístico-cultural. Mas não consegui ver mais do que essa cena.

Depois de assistir a pior estrada na pior emissora e a imitação da Amy (que mistura Caê, Rê e Lu) fiquei na dúvida: deveria fazer um plano de aula pra não esquecer a idéia, escrever aqui no blog ou ir dormir? Ganhou a última opção. Tanto que estou escrevendo com um dia de atraso.

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