terça-feira, 21 de abril de 2009

Feriado de quê, mesmo?

Depois de preparar o habitual chimarrão e comemorar a morte do Tiradentes, me deu uma vontade de falar um pouco de mim aqui no blog. Não queria ficar berrando porque a desgovernadora do estado da RBS vai conceder medalhas importantes e de alto custo a assessores diretos, incluindo a própria filha Tarcila (se fosse a do Amaral, ela não daria!), também não queria dizer aos leitores que tem nada menos que 40 órgãos do governo do estado da RBS com acesso às informações confidenciais da polícia. Não queria ficar resmungando que todo o dinheiro que os (des)governos do mundo inteiro estão direcionando para salvar grandes instituições privadas seria capaz de tornar toda a população mundial em milhonários. É isso que o leitor entendeu: o dinheiro que as grandes empresas recebem por conta da crise, seria capaz de enriquecer (e muito) toda a população mundial. Isso significa que não acabaria com a fome, porque não produzimos o suficientes (como vivem nos dizendo), mas tornaria até aquele mendigo que a gente vê caído nas esquinas em milhonário. Resolveria a crise. Mas eu não queria falar disso. Queria falar de mim. E é o que vou fazer.
Pois bem, depois de preparar o habitual chimarrão e comemorar a morte do Tiradentes, resolvi procurar algumas atividades de lazer. A primeira coisa, é jogar um pouco no computador. Ao abrir a maquininha, me deparei com uma lerdeza sem tamanho. O ruindows vista começou a travar de uma forma que eu me surpreendi. Na verdade, eu até sei que ele não queria que eu perdesse tempo com bobagens, então, fez greve. Mas como sou anti-greve (ou antigreve, ainda não cheguei nesse capítulo da reforma), resolvi demiti-lo. Depois de umas boas 3 horas de briga, instalei uma versão do ubuntu. Que sistema! Tudo que eu preciso está nele, inclusive joguinhos. Mas aí eu cansei de brincar de apanhar e já não tinha paciência pra jogar paciência. Larguei o pc um pouco e resolvi buscar outras atividades de lazer. Lembrei que havia um divertimento legal pra fazer. Peguei minha pasta e fui revisar as aulas que tenho ministrado ultimamente. Descobri que havia certo atraso em algumas atividades, dentre elas o registro das aulas no diário de classe. Isso porque recebi na semana passada os diários de uma das escolas. Fui me divertir relendo os conteúdos dados e passando a limpo no diário. Isso sim é que é lazer. Pescar? Cerveja com os amigos? Futebol no feriado? Que nada! Isso é que é lazer! Ironias a parte, acho que esse é o verdadeiro diário de um otário, porque as atividades são registradas de uma forma que só um otário pode perder tanto tempo precioso em ler algo de interessante pra levar aos alunos. Depois de 2 horas de trabalho em casa, no feriado de Tiradentes, resolvi enforcar o próprio trabalho por uns instantes e ler um pouco do Correio do Povo. Depois de algum tempo de leitura dinâmica, cansei de notícias agradáveis sobre o meu dinheirinho e fui tomar mais um mate. Depois terminei os registros dos diários de otários, digo, classe e já aproveitei e dediquei mais um tempinho pra preparar as aulas de amanhã. Ao terminar, resolvi contar isso aqui. Na verdade, era pra contar algo que eu estivesse sentindo, mas também não queria ficar demonstrando sentimentos privados num espaço público.

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