sábado, 2 de janeiro de 2010

Boris, a aranha

Pois é, caros leitores. 2010 chegou! Gostaria de apenas deixar meus votos a todos aqueles que fazem com que este blog seja um dos menos lidos, porém um dos poucos que não teve um dia sequer sem leitores. Isso me lisonjeia, seja lá o que isso queira dizer. Além disso, fico feliz em saber que entramos no ano novo já sabendo que mais um milhonário vive em Brasília. Também me deixa orgulhoso da terra em que nasci em lembrar que somos um povo sábio, ou na linguagem do Presidente, fomos um povo fábio. Sabemos resolver os problemas por nós mesmo. Não, não tem erro de concordância aí. Falo em nós, de amarrar. Resolvemos tudo dando nós em pingo dágua. Eu, por exemplo, resolvi que não partirei mais meus textos em parágrafos. Se é pra confundir, que se crie confusão grande, afinal, o que é a flatulência pra quem já está com diarreia. Voltando à alegria de estar postando minha primeira bobagem de 2010, quero deixar um poeminha bem vagabundinho, que é quase uma fábula, sobre alguns acontecimentos da virada e encochada. Em tempo, o título do post é uma referência a uma música do The Who, chamada "Boris, the spider", da qual eu surrupiei o próprio título. É também o título (só até aqui, esta postagem já é tri, pois tem três consecutivos) do poema-fábula.

Certa feita, Boris, uma aranhazinha muito levada
subiu numa parede
pelo cabo da vassoura do gari
- que merda! - dizia o animalzinho
- cuidado que estão ouvindo - dizia seu amiguinho porco
- que baixeza do lixeiro - retrucava, cheia de patinhas
a aranhazinha que caiu na própria teia
Boris que já havia matado alguns galos
durante os tempos dos generais
esquecia que era rasteira
poderia ser esmagada pelos pés do baixo clero
mas ela se deu bem
ganhou cargo importante na tv
foi apresentar noticiário com esmero
e se dizia envergonhada

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa aí foi boa: caiu a máscara (alguém notou que ele usava uma???) do Bóris...!
Mas o emprego... garantido!
Tsi...! vai saber! Vai entender!
Bj, Tê!