Ando meio sem ideias pra postar. Mas algumas coisas têm me chamado atenção ultimamente e queria
compartilhar com meus leitores. Mas antes de nada, gostaria de dizer que não sou bom contador de
causos. Sou apenas um
blogueiro de fim de semana que escreve pra ninguém, mas que alguns leitores ficam com dó e resolvem fazer de conta que
leem. A esses agradeço. Voltando as coisas que me têm chamado atenção (viu? já fiz uma inversão
sintática! Isso é que é falta de ideias...) é a forma com que as pessoas lidam com a
tv. Falo nisso lembrando de uma aluna minha que, na semana passada, resolveu me dar uma notícia bombástica: os professores ganham mil e tantos. Todos. Ficou decepcionada quando falei que ganhava menos de
seiscentos pila (é, isso mesmo. Não existe plural pra expressões
giriáticas, portanto é grande idiotice dizer "
seiscentos pilas" ou "dois paus"). Não ficou decepcionada, evidentemente, com o salário que ganho pra dar aula pra ela, que aliás, é
beeeeem menor que o do pai dela (e digo isso sem saber se ela tem pai vivo). A decepção da aluna é em a
tv ter passado um
migué, dado um
caô, metido-lhe uma bola nas costas e por aí vai. Ficou triste em saber que a fonte das suas informações falhou e feio. Agora estou com medo de lhe falar sobre Papai
Noel e Coelhinho da Páscoa. Outro exemplo de coisas que têm me deixado
encafifado é a visão de um grande número de pessoas têm de que uma cidade não é uma cidade verdadeira quando não tem
shopping center. Mas isso não é o que mais surpreende. O que realmente me deixa cheio de interrogações é em saber o que faz alguém sair de uma cidade que tem o tal de centro de compras pra outra e a primeira coisa que faz é procurar o mesmo tipo de ambiente. Até onde entendo, são todos
iguaizinhos. Não consigo perceber diferenças entre um e outro. Tenho amigos que vão a cidades de grande porte e sempre fazem questão de dar uma
passadinha no mesmo
shopping. Sempre. Eu, sinceramente,
prefiro passear em pontos turísticos como boates, casas de massagem,
moteis, parques de diversão... Mas não tenho preconceitos. Os leitores podem ir aos
shoppings a hora que bem entenderem. É apenas uma implicância minha. Acho que
Jaguarão, por exemplo, tem muitos prédios históricos, uma biblioteca bem servida de boas obras e bastante gente legal pra
charlar. Mas tem gente que só vai pensando em atravessar a ponte pra ir aos
free shopp e nem percebe que passa sobre boa parte da história de conflitos por espaço. E olha que Rio Branco também é uma cidade histórica. Mas nada disso. Os turistas das compras só querem saber se podem comprar aquela garrafa térmica ou aquela jarra de ferver água. Tem outra coisa que me faz questionar muito é
olfato, digo, o fato de pessoas continuarem construindo nas encostas dos morros. Mas não é isso que mais me deixa pasmado: tem gente que legisla (quase escrevi legista...) com a finalidade de derrubar as leis ambientais pra que atrocidades desse tipo possam continuar acontecendo. E os morros continuam com seus deslizamentos, pessoas morrendo porque queriam ter aquela vista maravilhosa (essa de que quem
constrói nos morros são só os pobres é da mesma laia da que um amigo meu que me dizia que era homossexual e que poderia ficar a sós com a minha mulher, nus e deitados na cama que nada aconteceria. Nove meses depois, nasceu uma menina linda que julguei que era minha filha até descobrir que eu precisava ter
transado com a minha mulher pra ela engravidar e a
guria se desenvolver com a cara do meu amigo). E a pousada desabou, matando quantos mesmo? Mas antes que eu comece a emendar um assunto no outro, vou terminar este
post. Já estou exagerando pra quem
tava sem assunto.