quarta-feira, 3 de março de 2010

Rapidinhas nem tão rápidas assim.

Não sou dado a imitar jornais (até porque temos temerários jornais marrons). Prefiro tentar encontrar um estilo de escrita próprio. Aliás, meus leitores já perceberam. Fico inventando textos prolixos pra falar de pouca coisa, fazendo joguinhos de palavras e tudo mais. Tento ser algo como um cafetão do caos lexical. Eu disse tento? Claro que tento!
Pois bem. Embora não seja dado a imitar jornais (até porque temos temerários jornais ronsmar), desta vez, só desta vez, o farei. O prezado leitor (note que não uso sexismo. Pra mim, o gênero dos substantivos nada tem de relação com o sexo das pessoas, então, quando digo leitor, me refiro a leitores e leitoras, sem necessidade de explicar). Pois bem. O prezado leitor sabe que existem páginas em jornais, principalmente os mais ordinários, com notícias curtinhas. Sempre vem um título e uma notícia bem curtinha, cheia de efeitos e frases prontas. Então eu preparei algo nesse sentido. Por isso é que estou desenvolvendo este parágrafinho longo. Mas se já chegamos até aqui, não perca o que segue:

Janela$Window$
Fiquei sabendo que os EUA estão tentando barrar judicialmente o crescimento do softwere livre. Exigem medidas drásticas contra os governos dos países que resolveram adotar Sistemas Operacionais que não exigem pagamento de módicas quantias de aproximadamente R$800 por máquina instalada. Ou seja: querem que os governos paguem, mesmo que não tenham interesse por algo pago.

Criminalidade
Parece que em Porto Alegre inventaram o novo tipo de crime: assaltar, matar pra roubar sem roubar e sem declarar assalto. Quero crer que o caso do Secretário Eliseu Santos não tenha o mesmo fim do caso Daut, que foi um jornalista brutalmente assassinado nos anos 80 e nunca foi encontrado o culpado pela ação.

Acidentes acontecem...
Após o término do carnaval, em Pelotas/RS, um trabalhador que desmontava, junto com os colegas, o sistema de iluminação e sonorização da chamada "passarela do samba", mas que podemos denominar de "passarela do abate", morreu eletrocutado. Subiu em uma escada metálica para mexer em eletricidade. Lembrando que o trabalhador prestava serviços para uma empresa contratada pela prefeitura, ficam as perguntas (procure o leitor se informar e ficar estarrecido): quem deve ser responsabilizado? Quem matou mais esse trabalhador brasileiro?

3 comentários:

Mulher na Polícia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Profano disse...

Recentemente, em um programa de entrevistas, John "maddog" Hall fez uma espécie de comparação da distribuição de software livres com o embargo imposto a Cuba pelos EUA. Na verdade, a maior parte da população mundial (não só os Cubanos e EUAnos) não lembra mais do que exatamente se trata este embargo, mas a tentativa de barrar o software de código de fonte aberto não passa de uma tentativa de impor o modo corporativista e capitalista ao resto do mundo. Quer dizer, mais sonegação de informação e mais restrições quanto ao uso da tecnologia. Obviamente um tanto contraditória tal atitude, se considerarmos que advém de uma empresa que diz ter responsabilidade social, numa época em que a tendência de expressão e circulação de informação tende cada vez mais a se dar pelo meio virtual. Lamentável.

Mulher na Polícia disse...

Software livre deve ser considerado incluso nos direitos de estar informado, de ser educado, de exercer uma atividade profissional legal e de progredir rumo ao respeito do homem pelo homem.

O capitalismo sempre quer jogar areia na fogueira da gente quando falamos em direitos humanos.

Beijos!