quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Poema anticapitalista

Enquanto o dia em que eu conseguirei botar as fofocas em dia não chega, enquanto o dia em que a vida não me dá sossego pra voltar a falar da minha vida e da alheia, enquanto minha prostituição social não termina, enquanto eu não chego no topo pra poder comentar as coisas durante a volta ao pé do monte, vou postando poemas aqui. Minha intenção ingênua é de poder publicar tudo em livro um dia. Por enquanto, vou treinando a escrita e mostrando. Hoje será algo que escrevi há um bom tempo e que estava meio que perdido nas pilhas de fotocópias da época di quandu fiz faculdadi.
Relaxem e me apedregem, se quiserem.


Ah! que saudade que eu não tenho
da Aurora, minha vida
a infâmia da infância
e bem que podia ser esquecida!

Levar porrada dos maiores
esporro dos velhos
cascudos, bofetadas, beliscões
e não conhecer orgasmo

Ser apanhado apanhando fruta do pé
cachorro mordendo do pé
ir na venda a pé - e era longe pra cacete!
e dar lugar pra ficar de pé

Por que ter saudade
da Aurora, minha vida?
se a infâmia da infância é a mesma
bem que podia ser esquecida!

2 comentários:

Magui disse...

Deve ser por ela
ser tão ruim,
que vc parou
nela mesma.
Hehehehe.

Mulher na Polícia disse...

Olha você!

Enveredando pelas vias poéticas.
: )

Divertidíssimo seu poema, Otário.
: D

Beijo, da sua amiga otária.